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08 de maio de 2024

Responsável: Constantino K. Riemma


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O movimento acelerado retorna
Rui Sá Silva Barros

Eclipse solar anular perto da região das Plêiades (20/05), conjunção inferior de Vênus ao Sol, Júpiter em Gêmeos, quadratura a Netuno, primeira de uma série de quadraturas Urano/Plutão, Saturno fica direto no final de Libra; tudo em junho.

E aqui embaixo a confusão já retornou à União Europeia, que começou em 1948 com seis países (Alemanha, França, Itália, Bélgica, Holanda e Luxemburgo) construindo devagar uma pequena comunidade econômica. Trinta anos depois começaram a admitir outros membros e depois dos ataques especulativos contra suas moedas deram um passo ambicioso em Maastricht, lançando as bases da organização, instituições e legislação da UE; sete anos depois veio o euro que se tornou moeda corrente em 2002. Tudo isto aconteceu enquanto a Alemanha Federal absorvia sua parte oriental com considerável custo. Os alemães embarcaram num processo de austeridade com controle do orçamento, dívida pública e massa salarial, quando o euro chegou estavam em boa posição, e desde então acumularam um superávit de um trilhão de euros na balança comercial, metade dele por conta de exportações para os parceiros europeus.

A partir do tratado de 1992 a UE expandiu-se velozmente e abarca hoje 27 países, sendo que 17 integram a eurozona. Os critérios de admissão foram relaxados e nações em mau estado econômico foram admitidas, até mesmo Alemanha e França não cumpriam as metas acordadas para os limites de déficit orçamentário e dívida pública. Tudo isto foi encoberto nos anos de euforia louca (2002/7) quando os bancos jogavam dinheiro pela janela e ajudavam países capengas a maquiar as contas nacionais. Quando a crise estourou em 2008, as dívidas privadas eram bem maiores que as públicas, mas os programas de salvamento reverteram a situação rapidamente. Para salvar os bancos, fundos de investimento e pensão, os estados se endividaram violentamente e agora passam a conta ao povo com cortes nos salários, benefícios e seguridade social.
 


Mendigos norte-americanos

Era perfeitamente previsível que esta política draconiana de ajuste resultaria em depressão, como Krugman, Stglitz, Rogoff, Roubini e outros tantos avisaram. Previsível também que os eleitores votassem contra a reeleição dos governos de todo o matiz. A vitória dos socialistas na França e a impossibilidade de formação de coalizão na Grécia fazem eco às reclamações de espanhóis, italianos, portugueses e irlandeses. A teimosia dos alemães e a demanda dos financistas para receber toda a dívida levaram a uma situação explosiva.  Agora ficou claro, na Espanha, que todos os testes bancários de resistência ao estresse eram peças de ficção, o sistema financeiro do país está bichado e com rumores de corrida bancária, o que já começou na Grécia. A saída deste país da eurozona não será o fim da moeda europeia, mas haverá um belo tumulto se isto ocorrer abrupta e desordenadamente.

Muitas sugestões foram dadas: deixar o BCE comprar dívidas públicas, tolerar um pouco de inflação para desvalorizar as dívidas e incentivar o investimento, aumentar os salários dos alemães para ativar o consumo e promover importação dos parceiros, desvalorizar o euro etc. São boas medidas, mas paliativas: o tratado criou um BC, a moeda e uma taxa de juros, mas deixou o orçamento, os impostos, leis trabalhistas e previdenciárias a cargo de cada nação, cada uma com seu perfil industrial e sua produtividade muito variada. O resultado foi superávit para o Norte e déficit para os demais e isto não pode ser remediado com planos de austeridade, ou se faz um esforço de convergência destes fatores ou a União viverá em tumulto permanente. A saída mais sensata atualmente é renegociar as dívidas (públicas e privadas), alongando prazos e cobrando juros modestos, com toda a chiadeira que os financistas farão.

Os alemães já convulsionaram a Europa duas vezes belicamente e agora economicamente. A monarquia acabou em 1918, mas a mentalidade dos junkers prussianos continua a todo vapor. Já conseguiram uma grande proeza: agora há partidos xenófobos em toda a Europa e alguns nos parlamentos, o da Holanda provocou a queda do governo recentemente, o da Hungria criou um grande embaraço ao patrocinar uma democracia de partido único e eliminação de ciganos, o antissemitismo e a islamofobia estão em alta, as intervenções nos governos da Grécia e Itália não prenunciam nada de bom para a democracia, bem como as comissões dirigentes da União, cujos dirigentes são indicados e não eleitos. Os alemães vivem recordando os efeitos perniciosos da hiperinflação dos anos 1920, deveriam lembrar-se também do “direita, volver”, e se tiverem um lampejo de sanidade lembrariam que o deus Wotan (o Júpiter deles) se pendurou numa árvore por 9 dias para obter o conhecimento das runas.


                                     Mapa da assinatura do Tratado da União Europeia (TUE)
                           ou Tratado de Maastricht, assinado em 7 de Fevereiro de 1992, 17h27

O mapa astrológico da União foi publicado e analisado na crônica A Europa é um museu?” que está no fórum 43 deste site: http://www.clubedotaro.com.br/site/forum/topico.asp?topico=43. Nele vemos um grande stellium em Capricórnio e Aquário sob o domínio de Saturno, uma Lua solitária em Áries, uma quadratura do Sol a Plutão, Júpiter retrógrado em quincúncio a Saturno. São configurações tensas e mais: o Sol progredido em Peixes move-se pela casa 8 (crises e mortes), Plutão em trânsito começará a ativar o stellium em Capricórnio no ano que vem. É dar muita chance ao azar se não agirem rapidamente. Vênus representa os dirigentes e está espremida entre Urano e Netuno, o MC em Touro não recebe nenhum aspecto maior.

DO OUTRO LADO DO ATLÂNTICO, Obama acende velas a todos os santos para esconjurar qualquer problema mais sério na Europa e as loucuras de Bibi em Israel, que podem atrapalhar sua reeleição. O futuro do país é nebuloso e os dois candidatos se dão ao trabalho de discutir o casamento gay, problema que é da alçada dos Estados, são votos e doadores em jogo. O maior problema de Obama foi ter confiado no bom-senso dos republicanos e convocado uma união nacional em 2009, quando a crise estava braba. Ignorou a profunda divisão que acompanha a história americana e que toma um matiz violento com muita facilidade. Poderia ter ajudado os proprietários de imóveis prestes a serem desalojados, aos estudantes universitários afogados em dívidas, aos milhões de trabalhadores precários, mas nada fez. Quanto aos bancos, vão bem, obrigado; e já voltaram às antigas práticas deletérias, como o JP Morgan recentemente.  A suada reforma do sistema de saúde está na Suprema Corte aguardo julgamento de sua constitucionalidade. Já os republicanos, se colocarem em prática metade do programa econômico que alardeiam (enriquecer os ricos, dar dinheiro para a segurança e cortar benefícios populares), eles vão incendiar o país. As pesquisas indicam um empate técnico e a situação só ficará clara a partir do equinócio do outono. Júpiter em Gêmeos promete emoções fortes nos EUA e pinotes nos mercados de câmbio.

NO ORIENTE MÉDIO os dirigentes iranianos, apertados com as sanções econômicas, iniciaram nova rodada de negociações sobre o programa nuclear, desarmando temporariamente os ímpetos belicistas do governo israelense que conseguiu um acordo com o Kadima e tem folgada base parlamentar. Quando Marte se aproximar de Saturno, em agosto, ficará claro quais as intenções reais do governo. Na Síria, grupos armados promovem atentados e a situação ruma para uma guerra civil já com reflexos no Líbano. No Egito, eleições a vista e propostas para rever o acordo de paz com Israel, o fornecimento de gás já foi cortado e Moussa, ex-secretário da Liga Árabe, é o favorito nas pesquisas.

A DESACELERAÇÃO CHINESA já é um fato e provoca especulações aqui no Ocidente, as importações de minérios caíram, mas as dos cereais continuam em alta. A tensão de Urano e Plutão ao sol da carta natal do país está no auge e é hora de mudar de rota, pois a estagnação na Europa debilita a máquina exportadora chinesa.
O governo chinês tem um trabalho gigantesco pela frente: incorporar 700 milhões de pessoas a um mínimo de consumo, sistemas de educação e saúde. A pirâmide demográfica está desequilibrada com a política de filho único, daqui a pouco a população de idosos será um problema econômico sério.
O governo anda embaraçado com a ação de ativistas que conseguem atrair atenção mundial e a embaixada americana de lá quase cria um incidente ao abrigar um deles, um advogado cego que luta pelo direito das mulheres. Uma política naval mais agressiva nas águas costeiras começa a incomodar os vizinhos, Vietnam e Filipinas. Na Índia também a desaceleração bateu forte e o governo se debate com corrupção e burocracia e gasta horrores com armas como se uma guerra estivesse iminente. Saturno em Libra aflige a Lua natal e em Escorpião afligirá uma penca de planetas em Leão na carta natal do país.

EM PINDORAMA a CPI do Cachoeira desvenda a simbiose do crime organizado com os três poderes da República e com a imprensa. Provavelmente decapitará Demóstenes e absolverá os demais políticos e burocratas de alto coturno. O governo conseguiu pôr de pé a Comissão da Verdade e a política da transparência dos atos públicos, o que já deve ter de gente bolando contabilidade criativa! E a economia encalhou, para desespero de Dilma e Mantega. A baixa dos juros chegou numa hora em que as pessoas estão segurando as dívidas depois da exuberância de 2010. A alta do dólar que o governo e exportadores tanto queriam chega numa hora em que os preços e volumes das matérias-primas caem. Em suma, como disse o filósofo Garrincha, faltou combinar com os gringos; e uma parada nos investimentos diretos do exterior é um mau negócio agora. O problema fundamental é o baixo nível de poupança, o que nos deixa totalmente vulneráveis aos humores da economia mundial e baixar IPI para promover venda de carros não vai resolver o problema.

A impressão final é que o modelo político (grandes coligações para governar) e o econômico (um monte de puxadinhos e gambiarras) montado a partir da redemocratização está se esgotando e será necessário um novo ciclo e um novo modelo. Tive notícias recentes de debates entre o pessoal da Unicamp, é muito pouco. Saturno em Escorpião a partir de outubro colocará o governo em tensão e embora existam cabeças pensantes em Brasília, que certamente sabem muito bem dos impasses presentes, ainda se agarram a pequenas manobras. Chegou a hora de pensar grande, mas dona Dilma foi à reunião de prefeitos e anunciou que a receita do pré-sal não pode ser fragmentada por 5000 municípios, foi vaiada. É um retrato cruel de nosso atraso político e administrativo: a reunião é absurda, eles vão anualmente a Brasília mendigar trocados ao invés de exigir uma nova política tributária com distribuição justa de recursos, e mais absurdo ainda é pegar uma receita extraordinária e finita e dar um bocadinho para cada um.  Além da baixa poupança parece que o ímpeto econômico gerado pelo recente aumento da massa salarial está se esgotando e mal mexeu na péssima distribuição de renda. O pré-sal é realmente um ponto de inflexão, mas não significa que aproveitaremos a oportunidade e pelo andar da carruagem o imediatismo e oportunismo de políticos e burocratas podem pôr tudo a perder. Um choque cultural seria muito bem-vindo, a ideia que o problema é complicado e que o povo não entenderia é apenas mais uma faceta dos Nhonhôs que nos dirigem até hoje. É só começar a falar em português claro e correto, portanto não chamem o Vacarezza. Um país que tem Aquário no Ascendente e Urano e Netuno no setor 11 só pode ir em frente com uma sociedade civil forte, o que nunca tivemos.

Fiz um levantamento dos trânsitos de Saturno sobre o Sol da carta natal do país, foram sete até hoje e um deles me intrigou, o de 1920. Minha memória começou a me desesperar, eu me lembrava de muitas coisas em 21 e 22, mas nada de 20, e penso que estender muito as orbes planetárias é patrocinar a imprecisão. Fui aos livros e nada relevante até que encontrei algo: o início das atividades do bando de Lampião. Minha primeira reação foi de surpresa, tal fenômeno não teria tal status astrológico. Mas com um pouco de reflexão cheguei ao seguinte: dentre os grandes romances brasileiros do século vinte, “Grande sertão, veredas”  tem proeminência e dentre os filmes “Deus e o diabo na terra do sol”, ambos ambientados no semiárido e colocando os jagunços em destaque. Isto é um lembrete de nossa modernização fracassada e inconclusa. A ascensão da literatura nordestina, nas décadas de 1930 e 40, foi na mesma direção, a região abandonada durante a República Velha lembrava insistentemente o que era o país de fato, foi infinitamente mais subversiva que qualquer movimento político na era Vargas.

E apesar dos dirigentes que tivemos (Sol trino Saturno, devagar e sempre) há motivos para esperança. Basta lembrar que na Abolição os escravos foram deixados ao deus-dará, sem nenhuma ajuda e poucos anos depois estavam criando uma música de excepcional vitalidade que se aperfeiçoou e diversificou ao longo do século XX.


Clementina de Jesus cantando “Caxangá” e Milton Nascimento cantando “Morro Velho” resumem séculos de experiência dos negros escravizados, aliás, ele foi de longe o compositor popular mais sintonizado com nosso passado colonial: as toadas, folias de reis, o cantochão católico, tudo presente numa música paradoxalmente moderna e esplendorosa. E como se fosse pouco ele e Caetano Veloso foram os músicos brasileiros mais sintonizados com a música da América espanhola.

A diretoria do Sinarj e nossa querida Titi Vidal, que vocês conhecem do site, fizeram algo muito bom para a Astrologia, conseguiram encaixar um seminário na programação do Rio+20. E em boa hora, pois a seca no Nordeste e a cheia do Rio Negro clamam aos céus por providências. As safras no cone Sul foram prejudicadas pela seca novamente. E alguns cientistas nos garantem que no passa nada, é tudo alucinação nossa. No céu está se configurando um grande trígono nos signos de água o ano que vem, é uma oportunidade excepcional para tomarmos algumas providências, mesmo com os governos numa imensa pindaíba, mas se reservaram alguns trilhões para salvar seus banqueiros não podem destinar alguns bilhões para limpar os mares infestados de plásticos e outras porcarias? Quanto a nós poderíamos começar a colaborar deixando de emporcalhar nossas ruas e bueiros e separando o lixo, parece muito pouco diante da poluição do planeta, mas é preciso começar pelo acessível e criar uma grande corrente ou, senão, em 2030 estaremos a ver navios. De resto fé em Deus que não criou estes belos Mundos para nós destruirmos, a desordem reinante hoje é só a objetivação de nosso caos psíquico.

           Estreitas são as naus, estreito nosso leito
           Imensa a extensão das águas, mais vasto nosso império
           Nas câmaras fechadas do desejo. 
                                                                                            Saint- John Perse, 
                                                                                            Amers (marcas marinhas), 1957.

Um belo poema sobre o mar que nos habita.

 
21/05/2012 18:37:20

Comentários

dulcio lenzi - 09/06/2012 11:01:10
O ciclo Marte-Saturno em agosto 2012 é o ciclo dos grandes acontecimentos mundiais, das guerras, golpes e ameaças a democracia e dos desastres naturais. Em que países e regiões do globo, vai estar apontado o Meio-do-Céu e o Fundo-do-Céu. Aí irão acontecer as principais ocorrências deste ciclo, voce sabe onde vai acontecer.

Rui Sá Silva Barros - 09/06/2012 12:19:28
Olá Dulcio:
O ciclo de Marte Saturno é de 2 anos e pouco, e desta vez Marte estará veloz, a conjunção vai durar pouco, mas pode ter um grande impacto. No mapa dos EUA estará em quadratura à oposição Mercúrio/Plutão natais, no de Israel em quadratura ao eixo vertical. Sua pergunta incidde sobre um aspecto da astrocartografia que não domino, mas o pessoal da Constelar sim, pergunte lá. A conjunção não fará nenhum aspecto maior no céu. A próxima entrada de Júpiter em Gêmeos ativará Urano no mapa dos EUA, muitas emoções à vista. Abs, rui.

VOLTAIRE VIANNA - 13/06/2012 18:36:49
Parabéns Rui por mais um artigo excelente. E Pindorama, política e economicamente, como fica até o final de 2012?
Abraços.
Voltaire

Rui Sá Silva Barros - 14/06/2012 11:16:35
Olá Voltaire:
Como vai? Há bastante material nos comentários anteriores: há um aperto geral na economia com as exportações em baixa por conta da estagnação geral, atrasos e paralisias em obras por conta do orçamento apertado e apesar do rebaixamento de juros a procura por crédito diminuiu, o endividamento recente inibe novas expansões. Na política vemos o descalabro de sempre. Quando é que teremos uma República de verdade, e não este simulacro que temos até hoje? Se nada for feito o governo estará em apuros quando Saturno ingressar em Escorpião.
De uma maneira geral as coisas andam desalentadores, os dirigentes mundiais entregam-se a ilegalidade e brutalidade sem cerimônias: Obama e seus drones, russos e chineses defendo o Assad, os europeus mentindo descaradamente sobre o sistema bancário e o Vaticano como nuvens negras e o papa idoso e abatido. É uma conjuntura braba. Abs, rui

VOLTAIRE VIANNA - 14/06/2012 18:27:34
Pois é caro Rui a situação está ficando cada vez pior. Parece que a CPMI está indo para o brejo. Sem que ninguém seja punido. Acho até que o Senador Óstenes escapa ( ele saiu do DEM- vela o site da constelar, tem uma matéria sobre ele em Maio). E Saturno em Escorpião pode acarretar inflação e fazer com que o partido do governo perca as eleições municipais?

André - 16/06/2012 15:41:56
Olá, Rui,
estive pesquisando astrólogos que falassem sobre a terra Brasilis e encontrei suas crônicas, era exatamente o que procurava! Suas análises são ótimas e você consegue fazer a ponte entre conhecimento econômico e astrologia de uma forma inscrível.

Sobre a marte sobre o saturno fiquei preocupado, mas também tenho esperanças pois o governo mexeu em coisas até antes "intocáveis", o plano da previdência pública saiu, a poupança foi modificada e a pressão nos spreads dos bancos foi uma boa novidade, além disso, o tesouro tem conseguido mudar o perfil da dívida pública para taxas pré-fixadas e não mais atreladas a inflação. A Dilma tem falado que os impostos são realmente um problema, não sei o que ela planeja, mas vejo que a questão dos tributos depende demais dos governadores, grandes impostos são estaduais...

Você disse em outras crônicas que o tom do executivo mudou com a entrada em gêmeos, é algo bem perceptível no governo Dilma, o que causa alguns problemas para ela também.. O que indicaria a conjunção do MC com júpiter, o que esse júpiter que dizer? O fato de estar em detrimento atrapalha?

Em outra crônica você fala da vênus em leão colada na casa 7 e solitária. Para mim ela representa, entre outras coisas, nossa diplomacia, o Itamaraty é uma das instituições mais constantes do país (Rio Branco) e é sempre bastante elogiada, muitos escritores também foram diplomatas por aqui.


Rui Sá Silva Barros - 17/06/2012 11:19:15
Olá Voltaire:
A absolvição de pares é a regra em estados patrimonialistas, às vezes com a condenação de um bode expiratório. Não creio que a inflação suba com a economia estagnada, a grande dor de cabeça do governo. As eleições municipais podem ter um imnpacto em 2014, mas neste caso devemos olhar para as cidades com mais de 200 mil habitantes, é o conjunto que pesa, não somente as capitais. Aqui em SP o PT terá que fazer um grande esforço pois Haddad é pouco conhecido e a adesão do Maluf já provocou rachas. Vamos acompanhando. Abs, rui.

Rui Sá Silva Barros - 17/06/2012 11:35:05
Olá André:
Fico contente que você tenha sido estimulado pelas crônicas. As medidas tomadas pelo governo estão corretas, mas infelizmente houve um descompasso: o câmbio está favorável aos exportadores, mas o cenário internacional não ajuda com os preços em queda e os volumes também. A queda dos juros encontrou os trabalhadores já endividados com o ciclo anterior e sem apetite por mais crédito e dívidas, no que estão certos. A mudança no perfil da dívida pública é ótima, mas será preciso tomar coragem e enfrentar o gargalo da carga tributária e sua distribuição, é uma tarefa hercúlea, mas precisa ser enfrentada paulatinamente. E finalmente a questão dos investimentos públicos, não há dinheiro no Orçamento? Certo, mas e o BNDES e fundos estatais?
O Júpiter do mapa natal é um problema, poucos dias depois ele ficou retrógrado. O MC progredido passando por ele estimula a emergência no cenário internacional e apesar da queda em Gêmeos dá mais flexibilidade que em Touro. A Vênus representa a diplomacia, como você bem notou, mas também outras coisas: o Oeste geográfico muito rico em grãos e minérios, a balança comercial, o câmbio (pela regência da casa 9), a imagem que o país projeta no exterior e muito mais. E pela regência da casa 4: a pré-história colonial que ainda está presente, a agricultura para exportação. Por aí se vê como a coisa é complexa, tão complexa que estou arregimentando colegas para escrevermos uma história do país vista astrologicamente. Muito obrigado pelos comentários gentis e estimulantes. As polêmicas civilizadas são bem-vindas, não se acanhe na hora de apontar omissões para levar o conhecimento adiante. Abraço fraterno, rui.

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