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     | Astrologia e Individuação |  
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         | Denise Fernandes Marsiglia |  |  |  
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     | Uma cliente minha, que é psicóloga, fez uma pergunta sobre seu mapa que  é também uma pergunta geral, e achei que seria mais útil escrever um texto  sobre o assunto que pode interessar a todos, psicólogos ou não. A pergunta dela  se refere a qual a relação da astrologia com o processo de individuação como  descrito por Jung, e também a que a astrologia se refere quando fala dos pontos  fracos de saúde: é de energia que a astrologia fala? |  
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     | O assunto de que fala a astrologia é um dos mais misteriosos que ainda existe aqui na Terra. Até agora a ciência não se debruçou para analisar o conhecimento astrológico. A  astronomia estuda entre outras coisas os astros, mas nunca se debruçou sobre o  conhecimento astrológico. Na teoria produzida pelo assunto por inúmeros  astrólogos, dizemos que são energias. Mas também no mapa astral os planetas  representam órgãos específicos, e algumas vezes até alguns problemas de saúdes  bem específicos. Então, além de energias, o que o mapa representa são realidades,  que são feitas de energia. Como? Não sei. Como é essa influência que está  expressa no mapa, como ela se dá em termos de energia: não sei, não há uma explicação nem uma investigação científica sobre o assunto na atualidade. |  
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     | Carl Gustav Jung e sua versatilidade. À esquerda, explica a mandala para um cliente. |  
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     | A astrologia existe como  um conhecimento tradicional usado pela humanidade desde a Antiguidade. Para  alguns, seu conhecimento se formou nos primórdios da nossa pré-História. Antes  de conhecermos a Terra, suas dimensões e milhares de espécies, aprendemos a  ler as estrelas, e através delas nos locomovemos e nos organizamos; nós  entendemos a Natureza começando das estrelas. Antes de começar a plantar, o  homem percebeu e entendeu as fases da Lua, como relacionada a ele e seu  ambiente. Através do movimento da Lua , o homem percebeu o movimento na Terra,  seus ciclos, suas marés. |  
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     | Desde a Antiguidade, já temos estabelecida a relação dos signos e  planetas com órgãos e partes do corpo, com as doenças relacionadas podendo ser  expressas no mapa astral. Como cuidar desses ciclos previsíveis e pontos fracos  de saúde tem sido uma questão que me parece que não parou de incomodar médicos  e astrólogos. Já tive o retorno de clientes que me disseram que deveriam ter  procurado médicos para discutir e examinar o que o conhecimento astrológico  diz. A reflexão sobre o conhecimento da astrologia pode ser muito produtiva,  por isso que ela persiste como um conhecimento que é escolha entre pessoas  percebidas como inteligentes, que param para refletir sobre a vida. Exemplo  disso, é que Fernando Pessoa foi astrólogo. Estudou seu mapa, e chegou a atuar  na Europa profissionalmente como astrólogo. |  
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     | Quanto à relação da  astrologia com o processo de individuação, ela é intensa. O processo de  individuação, segundo Jung, fala do processo de realização do si-mesmo. O  si-mesmo, seu "self" , é você, mas é mais além de você também. É o  que você percebe de você mesmo, mas também aquilo que te transcende, mas também  é você mesmo. O mapa astral de nascimento é bem uma expressão do nosso  "self" ou si-mesmo. Ele é você, e além de você, seus relacionamentos,  seus trabalhos, suas viagens, seu potencial. Essa expressão do si-mesmo que  encontramos no mapa astral pode ajudar muito na realização do nosso potencial  como um todo, auxiliar no processo de individuação. O mapa do ano (calculado  para o momento do aniversário e que indica o potencial para o período de um  aniversário a outro) também oferece uma expressão da realização daquele  potencial durante aquele período. |  
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     | O mapa astral nos  restringe numa determinada configuração planetária presente no momento de nossa  primeira inspiração. Mas nos limitando, ele nos liberta. Dizendo seu potencial  é esse existente no seu mapa, nos restrigindo assim, ele nos conecta ao  infinito Macrocosmo existente, as forças transcendentes que estão em jogo em cada  história humana. |  
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     | Sem retirar a força do  livre-arbítrio humano, antes lembrando-a e sendo um instrumento dela, quem  consulta a astrologia se pergunta de possíveis caminhos, e por isso um mapa com  suas localizações nas casas, nos aspectos entre os planetas; são direções que  as estrelas no Universo nos colocam. |  
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     | Uma coisa louca, que no  faz refletir sobre o que é o mapa astral de nascimento. Após nossa morte, o  nosso mapa continua a agir. Assim, trânsitos planetários pós-morte marcam  períodos de publicação de textos escritos em vida, crescimento ou dificuldades  para a pessoa, que pode ser expressa por dificuldades para seus descendentes ou  para algo que a pessoa tenha criado. Assim, continuamos a viver sempre através  da expressão da nossa essência que se desenha num mapa astral, ensina a  astrologia. |  
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