Home page

18 de abril de 2024

Responsável: Constantino K. Riemma


Em qual Brasil viveremo$ em 2019?
Vera Vilanova
Tendo como premissa que o Tarot não é o instrumento mais adequado para fazer previsões políticas, me arvoro a usá-lo com essa intenção no Clube do Tarô, menos com o intuito de “acertar” tais previsões do que desafiar-me com algo novo e diferente do meu estilo de atuação.
Para entender as energias reservadas para o Brasil em 2019, nas várias esferas políticas, fiz um jogo com a técnica da Mandala, usando um Arcano Maior e um Menor conjuntamente, contendo: as 12 casas tradicionais, uma casa central resumindo o tom básico do próximo ano e, finalmente, uma casa com as cartas de “corte”, simbolizando o provável sentimento dos brasileiros ao finalizar 2019.
Em qual Brasil viveremo$em 2019?
Para conhecer essa técnica tiragem das cartas, veja: Mandala Astrológica
Como é do conhecimento geral dos profissionais de Astrologia e de Tarot, cada casa de uma Mandala envolve vários significados e cada carta do Tarot contém diversas interpretações. Como a solicitação do Clube do Tarô foi que os participantes efetuassem um prognóstico geral do Cenário Político Brasileiro para o Ano de 2019, dei ênfase nas casas e arcanos do ponto de vista político e econômico.
Na Casa 1, representando como o novo Presidente do Brasil pretende ser nacional e internacionalmente reconhecido, encontramos A Justiça e o Ás de Paus. Estas duas cartas juntas informam que ele quer se projetar, fora e dentro do Brasil, como um governante determinado a combater a corrupção instalada no País, utilizando transparência e retidão. Todavia, essas cartas juntas envolvem uma grande responsabilidade que precisa ser honrada, sob pena de gerar fracasso e descrédito na imagem do novo governo, externa e internamente. Isso, aliás, já vem sendo precipitado por situações relativas à sua equipe, amigos e alguns por membros de sua família, conforme fatos divulgados pela mídia e ainda não esclarecidos.
Cenario brasileiro 2019 - Em-qual-Brasil-viveremo$ - 1 a 3
As cartas para as casas 1, 2 e 3.
Imagens do Rider-Waite Tarot
A Casa 2, representando as finanças brasileiras, é preocupante, pois A Lua e o Cavaleiro de Copas juntos formam um par muito suspeito e bastante crível de situações sombrias, de incertezas e temores relativos à atmosfera econômica do País. O quadro já vinha ruim e foi agravado com as despesas autorizadas no final do governo que está se despedindo. A equipe do novo governo ainda não deve ter uma imagem clara sobre o assunto e teme algum acontecimento inesperado.
Com a combinação dessas duas cartas, provavelmente existem fatos não revelados nem detectados durante o período de transição, que poderão no futuro levar o Presidente a tomar decisões importantes e/ou precipitadas e depois ter que voltar atrás por absoluta falta de recursos, não cumprindo assim algumas expectativas do mercado nem de seus eleitores. Isso poderá ser bastante desgastante e uma forte fonte de insegurança para mercado financeiro, conduzindo a oscilações frequentes na Bolsa de Valores e na cotação do dólar. Não podemos esquecer que, além de tudo isso, é público e notório que o Brasil está totalmente endividado, nos níveis estaduais, empresariais e de pessoas físicas, com uma probabilidade muito remota de recuperação da economia em curto prazo.
Na casa 3, encontramos A Roda da Fortuna e o Ás de Ouros, apontando para nossa comunicação e situação atual com nossos vizinhos, no caso os Países da América Latina. Por um longo período, vimos construindo uma base sólida de relacionamento e de exportação/importação com esses países, tendo o Brasil nos últimos anos despontado como um líder natural na região. Todavia, mesmo se considerarmos o Ás de Ouros como a maior “carta de sorte” dos Arcanos Menores, esta sorte não se manifesta naturalmente, ela exige uma busca árdua, a qual quando atingida leva a um sólido e duradouro resultado. Por outro lado, a Roda da Fortuna representa os altos e baixos da vida, muitas vezes forçados pelo destino. E, pelo andar da carruagem, parece que a Esfinge da Roda da Fortuna do Brasil tende a descer, seja por “desconvites”, seja pela desimportância que está sendo atribuída aos Países Latino-Americanos pelo nosso novo Presidente e sua equipe. É possível que, quando tais políticos se derem conta desse equívoco, talvez seja tarde para retomar o momento de sorte que o destino nos ofertou, depois de anos de um trabalho difícil construído obstinadamente pelos governos passados.
Na casa 4, que representa o povo do Brasil, aparecem O Imperador e o Cavaleiro de Paus. O Imperador indica o que os brasileiros estão esperando que o novo governo ofereça à sua população, ou seja: estabilidade, certeza e continuidade. Além disso, a realização de desejos, propósitos e planos há muito almejados, muitos dos quais foram objetos de promessas na campanha eleitoral, tais como: redução ampla e definitiva do nível de criminalidade no País, continuação do combate à corrupção, aumento da taxa de emprego, maior poder aquisitivo, baixa das taxas dos juros bancários, mais moradia e melhores escolas, assistência médica de qualidade, transporte urbano mais eficiente etc...
Quanto ao Cavaleiro de Paus, ele indica que o povo está impaciente, agressivo, impulsivo e exagerado de forma incomum, isto é, “quer tudo e pra já”. Mas não podemos esquecer que embora O Imperador seja disciplinado, persistente, responsável e pragmático, ele também tem um lado rígido, perfeccionista, tirânico e autoritário. Dentro dessa visão, a combinação do Imperador com o Cavaleiro de Paus, depois que passar o período da lua de mel do novo governo com seus cidadãos, pode se tornar explosiva e de difícil conciliação em alguns episódios.
Cenario brasileiro 2019 - Em-qual-Brasil-viveremo$ - 4 a 6
As cartas para as casas 4, 5 e 6
A casa 5, como todas as demais casas engloba muitos temas, mas aqui abordaremos apenas dois deles, quais sejam: as creches e o ensino fundamental e também o lazer que o brasileiro poderá desfrutar durante o ano de 2019. Nela encontramos O Louco e o 9 de Paus. O Louco, do ponto de vista de ampliação e melhoria de creches, assim como da criação e/ou manutenção de melhores escolas para o ensino fundamental, leva a crer que os cidadãos estão “pagando para ver”, nem acreditam, nem desacreditam – acham que é uma questão de prioridade do novo governo e ele é quem irá decidir.
Mas, quando se analisa o Louco em conjunto com o 9 de Paus, observa-se uma tendência ao ceticismo. Parece que as pessoas se fecham e se recusam a dar passos importantes para conseguir aquilo de que precisam e valorizam nesse âmbito de ação governamental. Isso talvez ocorra seja pela lembrança de erros e/ou fracassos antigos, seja pela inutilidade dos esforços que empreenderam anteriormente para atingir resultados positivos nessa área, e que não deram em nada. Quanto ao lazer, ele será simples e econômico: privilegiando os esportes gratuitos (futebol na praia/academias em espaços públicos, pedalar etc...), praia (onde houver) e parques, com consumo de comidas e bebidas trazidas de casa, e desfrutar de pequenos prazeres que a criança interior de cada um aprecia e dá valor, desde que não envolva muita despesa (como tomar sorvete com os filhos, beber uma cervejinha com os amigos em casa ou num bar simples, por exemplo).
Na casa 6, encontramos uma das mais temidas cartas dos Arcanos Maiores, qual seja, A Torre, acompanhada do 4 de Ouros. A Torre em si, na maioria das vezes, nos surpreende e/ou decepciona com acontecimentos não previstos, inesperados e normalmente indesejados, provocando um terremoto de grandes proporções em nossa vida. O 4 de Ouros é normalmente identificado com a dificuldade que temos de nos desapegar principalmente de bens materiais e dinheiro, mas também de situações e direitos adquiridos durante o nosso processo de maturidade e de envelhecimento.
A combinação dessas duas cartas na casa 6 pode indicar constantes crises no cotidiano, algumas delas gerando tumultos por ameaçarem as conquistas dos brasileiros, que podem ser deterioradas, usurpadas ou alteradas a contragosto da população. Aqui, para a compreensão e extensão da necessidade de tais mudanças, o novo governo precisa abrir um debate amplo, profundo e sincero com os vários setores da sociedade, buscando o entendimento da maioria. Caso contrário só restará aos governantes partir para o enfrentamento físico das manifestações que são indicadas pela carta da Torre e o 4 de Ouros, gerando um caos total no País, só controlável com uso de repressão objetiva.
Na casa 7, que mostra a tendência do Presidente nos relacionamentos com seus parceiros e também com seus adversários declarados, aparece uma das cartas mais positivas do Tarot que é A Estrela, em combinação o com o 7 de Ouros, outra carta muito auspiciosa. No âmbito das relações pessoais A Estrela mostra relacionamentos significativos e ligações promissoras. Conhecida como uma carta de proteção indica esperança no futuro, sabedoria e percepção aguçada. Em projeto de longo alcance ela revela que se houver planejamento eficiente um resultado positivo será alcançado. Os planos, as negociações e o desenvolvimento de negócios quando regidos pela Estrela geralmente são promissores, desde que não tenham bases utópicas.
Quanto ao 7 de Ouros, outra carta bastante positiva, fala de paciência, serenidade e desenvolvimento vagaroso mas seguro, constante e duradouro. Em situação que seja esperado resolução súbita e rápida certamente haverá desapontamento, pois essa carta não combina com impaciência, a qual se utilizada provavelmente levará ao fracasso de qualquer fato promissor. Embora as duas cartas conjuntamente mostrem um cenário muito favorável para iniciar novas relações o mesmo também parece quase ilusório, por exemplo, quando se observa a provável e esperada parceria brasileira com Presidente dos Estados Unidos, conhecido por seu temperamento impaciente, explosivo, instável, belicoso e por suas declarações polêmicas.
Cenario brasileiro 2019 - Em-qual-Brasil-viveremo$ - 07 a 09
As cartas para as casas 7, 8 e 9
A casa 8, uma casa muito importante do ponto de vista administrativo do Brasil neste momento, já que abrange a capacidade de arrecadação de impostos e o pagamento de despesas executivas obrigatórias, em especial previdenciárias, apresenta um ambiente muito restritivo formado pelo Enforcado e o 10 de Copas. Isso exigirá do novo governo, numa situação bastante adversa, a capacidade de harmonizar suas necessidades financeiras com os interesses econômicos do povo brasileiro, dos empresários etc. efetuando reformas que foram rejeitadas reiteradamente pela população.
O 10 de Copas recomenda que isso seja feito de modo sensível para que os brasileiros não se sintam mais inseguros, desprotegidos e enganados do que já estão se sentindo. Vale ressaltar que carta do Enforcado indica estagnação, grande atraso e talvez obstáculos na aprovação dessas reformas. Se por um lado ela significa aparentemente uma dificuldade insuperável, por outro lado ela exige que o novo governo se debruce sobre ela com firmeza, seriedade e empatia pela situação de seu povo.
Na casa 9, que representa o Judiciário, encontra-se A Imperatriz acompanhada da Rainha de Paus, duas cartas extremamente positivas e compatíveis. A Imperatriz contribui com a criatividade em qualquer atividade profissional que ela desenvolva. Seu poder sobre as outras pessoas é firme, mas amoroso. Já a Rainha de Paus é uma mulher impetuosa, não costuma sujeitar-se ao convencional e seu espírito rebelde pode levá-la a ser pioneira no seu campo de atuação. Juntas, a Imperatriz e a Rainha de Paus formam uma dupla quase imbatível, no que diz respeito à produtividade, idealismo, maturidade e combatividade. Com duas cartas de mulheres tão fortes e atuantes representando O Judiciário no ano de 2019 é provável que as mulheres desenvolvam um papel de mais inovação e liderança nesta área.
A casa 10, por sua vez, reforça o brilho dos Três Poderes em 2019. Aqui, representando o Executivo e em especial a imagem do novo Presidente, aparece O Sol e o Rei de Ouros. Como o Sol representa o centro da energia vital, pode-se prever uma possibilidade total de recuperação da saúde do Presidente, após sua próxima operação ou sua liberação kármica.
O Presidente quer ser visto como um governante totalmente dedicado à sua carreira e conquistas profissionais. Como um Rei de Ouros ele se empenhará em ser visto emanando poder, força e autoridade. Demonstrará também sua preocupação com segurança, estabilidade econômica, escolaridade e saúde da população. Em comparação ao Cavaleiro de Ouros, que sempre cumpre o que diz que vai fazer, por responsabilidade, o Rei, ao contrário, o realiza em benefício próprio.
Cenario brasileiro 2019 - Em-qual-Brasil-viveremo$ - 10 a 12
As cartas para as casas 10, 11 e 12
Na casa 11, que representa O Legislativo, temos O Mago e o Cavaleiro de Ouros, duas cartas que se complementam com habilidades diversas. Juntas, essas cartas parecem indicar que tanto a Câmara quanto o Senado serão conduzidos por pessoas jovens, porém já experientes na política. O Mago representa vontade, domínio, capacidade de organização, inteligência, talento criativo, manipulativo e um propósito de vida ativa. Além disso, ele tem a capacidade de assumir o poder lá de cima e dirigi-lo para baixo até alcançar resultados positivos. Já o Cavaleiro de Ouros personifica a disposição de construir valores visíveis e duradouros utilizando-se da sua perseverança inesgotável, determinação e constância. Esse Cavaleiro representa a solidez, seriedade e durabilidade e também é visto como um trabalhador dedicado, um servidor leal e uma pessoa confiável.
Vale lembrar que, como o Mago é também relacionado a mercúrio, o planeta da comunicação e muitas vezes da manipulação e intrigas ele representa adequadamente as Casas do Legislativo, onde muitos dos resultados das votações lá realizadas dependem de amizades, relacionamento de grupos, troca de favores e outras articulações e tramoias.
A casa 12, que representa hospitais, prisões, moradores de rua, dependentes químicos crianças abandonadas, velhos órfãos etc. nos trás as cartas da Temperança e o 9 de Ouros, o que é uma ironia do destino, já que são duas cartas tão boas e interessantes. A Temperança tida como o equilíbrio nos vários aspectos da vida de uma pessoa e o 9 de Ouros (para mim a melhor carta dos Arcanos Menores) vista como uma pessoa que trabalha com o que gosta e é bem remunerada, mas aqui, neste jogo e nesta posição (na casa 12), não é nada disso não! A interpretação que se pode fazer é que todos os problemas vividos pelos grupos socialmente excluídos continuarão exatamente como estão, pelo menos, nos próximos 6 meses e a desculpa será a falta de verbas/orçamentos, para não explicitar a falta de propósito político e compaixão.
Finalmente, vamos chegando ao fim do jogo, resumindo o “tom” básico do ano de 2019 e as cartas de “corte”, simbolizando o provável sentimento dos brasileiros na passagem de 2019 para 2020.
Tom Básico do Ano de 2019
Imaginei o tom básico do ano como sendo aquele tipo de energia no qual devemos investir para que as dificuldades vividas em 2018 se tornem mais amenas e, se possível, se transformem em fatores positivos. Sob este aspecto encontrei com A Força, que significa obstinação, perseverança, continuidade para enfrentar a vida com doçura e firmeza, já que é com caráter firme e habilidade que podemos controlar as emoções que nos desequilibram e manter-nos superiores a elas. Quanto ao 7 de Paus, que faz par com a Força, nos fala não apenas do valor, mas também do medo. Aqui vemos um homem que defende seu território contra seus inimigos armados como ele e o defenderá até o final. Sem dúvida que é normal sentir medo numa batalha ante seus oponentes, mas o mais importante aspecto do 7 de Paus é que ele nos confere o poder de sentir o nosso medo e, por isto, de vencê-lo.
Cenario brasileiro 2019 - Em-qual-Brasil-viveremo$ - tom do ano e cartas de corte
O tom básico do ano e as cartas de corte
As cartas de “corte”, simbolizando o provável sentimento dos brasileiros ao finalizar 2019, não está muito animadora. Nessa casa saiu O Diabo e o 5 de Copas. O conjunto de experiências que o Diabo expressa situa-se no âmbito da dependência, da submissão, do fracasso das boas intenções e inclui atitudes contrárias às nossas convicções O Diabo corresponde ao lado sombrio de muitas cartas do Tarot e por isso nos coloca também em contato com o nosso lado mais sombrio. Por seu lado, o 5 de Copas é uma carta de amargura, de dor, de tristeza e de melancolia. Essa carta indica que não estamos sozinhos em nossa dor e que podemos contar com o apoio empático de amigos e grupos. Essa carta é normalmente indício de nossa leviandade e/ou ignorância, que nos fez subestimar e destruir algo muito valioso. Mas ela nos mostra também que existe uma saída e nos convida a não ficar por tempo longo demais nesse lugar escuro. Na verdade, muito se perdeu, mas ainda existe um raio de esperança porque algumas taças estão cheias e em pé: basta tirar a capa do luto, se virar e enxergar as novas perspectivas favoráveis para o futuro.
Agradecimento
Quero fazer um agradecimento especial a Fernando Fernandse, Editor do Site Constelar, pelo artigo “Como analisar mapas de posse”, publicado em 06/01/2017, que tomei como base para aprender e me referenciar aos assuntos contidos em cada casa astrológica quando fiz a minha análise de prognósticos para o Cenário Político do Brasil em 2019.
Esse artigo está em www.constelar.com.br/tecnica-astrologica/bases/mapas-de-posse
Vera Vilanova
Taróloga e Astróloga
veravilanova@gmail.com
Outros trabalhos seus no Clube do Tarô: Autores
Edição: CKR – 31/12/2018
  Baralho Cigano
  Tarô Egípcio
  Quatro pilares
  Orientação
  O Momento
  I Ching
Publicidade Google
 
Todos os direitos reservados © 2005-2020 por Constantino K. Riemma  -  São Paulo, Brasil