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18 de maio de 2024

Responsável: Constantino K. Riemma


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O tarô como recurso terapêutico
(uma via para o autoconhecimento)
Giancarlo Kind Schmid
  Há pouco mais de 20 anos surgiu um movimento nos EUA e Europa com o propósito de integrar o tarô às atividades psicoterapêuticas. Embora discreto inicialmente, essa tendência ganha grande força hoje e vários adeptos surgiram em nossa década, associando o oráculo a diversas vertentes terapêuticas, revelando que o tarô é muito mais do que um simples instrumento para previsões.
 
Na história, o tarô surge originalmente como jogo de cartas comum  com fins de entretenimento. Atravessou 04 séculos popularizado como atividade lúdica, e somente no século 18 ganhou status oracular, objetivando revelar o futuro e conexão com a magia. Em pouco mais de dois séculos, foi alçado a instrumento simbólico com foco terapêutico.

A pergunta que precisamos fazer é: "em que o tarô se transformará nos próximos anos?". Sim, os conceitos mudam, as tendências tornam-se outras, estamos deixando a "Era da Fé" (Peixes) para entrar na "Era do Pensamento" (Aquário) e, como esse oráculo tem seus fundamentos no simbolismo, natural que acompanhe a revolução inconsciente coletiva, onde o homem  "não quer apenas saber para onde vai, e sim, quem é e a que veio".

Nos idos dos anos 80, um grupo de psicólogos americanos resolveu experimentar o uso das imagens dos arcanos para trabalhar com seus pacientes. A idéia era estimular livre associações a partir de cada lâmina (carta) escolhida aleatória ou propositalmente. Seus registros e observações propunham estabelecer uma ponte entre o inconsciente de seus pacientes e as imagens arcanas, permitindo "dar voz" a conteúdos que teimavam em se manter reprimidos. A experiência, reservada por assim dizer (pois temiam que psicólogos mais ortodoxos viessem a atacar a prática), foi um sucesso, a ponto de conseguirem não só estimular uma relação mais direta com suas histórias pessoais íntimas, como também conhecer melhor o perfil daqueles internados.

Vinte anos se passaram e o tarô tornou-se uma espécie de "bússola para o autoconhecimento". Certamente, não o seria se não tivéssemos travado contato com as pesquisas do psicanalista suíço Carl Gustav Jung, percursor de algumas idéias que hoje estão relacionadas ao oráculo, como a compreensão do universo simbólico, as manifestações arquetípicas, a natureza do inconsciente e as tipologias psicológicas. Falar de tarô hoje sem citar termos como "arquétipos", "inconsciente coletivo", "sombra", "persona" e outros, é como excluir-se da modernidade alcançada por esse oráculo. Preocupante, porém, é a abordargem de tal tema desconhecendo tecnicamente tais termos (mas esse é um assunto para outra ocasião). Tudo que está em alta, infelizmente, vira modismo.

Existe ainda resistência ao aceitar tais fatos. Alguns sentem-se incomodados com a possibilidade de desviar o tarô do foco adivinhatório (termo esse caindo em desuso popularmente) para o foco terapêutico. Esquecem-se que o símbolo é plástico e pode ser aplicado (adaptado) a qualquer coisa. Daí a gama de correntes em torno do tarô, permitindo espaço para todos. Porém, a tendência do homem futuro é querer conhecer-se ainda mais, pois não há amanhã sem o agora. Apresentar o futuro sem capacitar o consulente, é o mesmo que enviar alguém a uma viagem sem mapa e destino.

O tarô é composto por 22 arcanos maiores e 56 arcanos menores. O primeiro grupo agrega um tipo de simbolismo, digamos, mais universalizado, a que chamamos de imagens arquetípicas. Tratam de temas comuns a todas civilizações (do nascimento à morte, do poder à ruína, do céu à terra, do bem ao mal, etc.). Plasmam 22 tendências humanas, 22 níveis de consciência, 22 formas de manifestação da vida. Devido à sua pluralidade simbólica, são perfeitamente úteis para descrever comportamentos humanos. Já o segundo grupo distribui-se em 04 naipes, cada qual podendo ser associado a um plano ou tipologia psicológica (Ouros=terra, sensorial; Espadas=ar, racional; Copas=água, sentimental; Paus=fogo, intuitivo). Estes, já são capazes de revelar nossa relação com o meio e as preocupações naturais de todos nós (ter um amor, uma carreira, recursos, saúde, família, sucesso, amigos, estudar, etc.). A combinação dos dois grupos insere o ser humano no seu contexto de vida.

Como o tarô pode ser aplicado terapeuticamente? Preferindo não complicar-me em explicações técnicas e tornar-me prolixo, pensemos que o símbolo é importante veículo de comunicação entre consciente e inconsciente. O que cada arcano realiza, é uma transferência de conteúdos psíquicos até então "invisíveis" à consciência, para a observação e interpretação objetiva. A qualidade desses conteúdos é revelada pela qualidade de cada lâmina, permitindo ao leitor, em sua sensibilidade e intuição, decodificá-los para o consulente na forma de orientações e sugestões. O processo do autoconhecimento ocorre no momento em que o consulente utiliza essas informações para si como  ferramentas para a transformação pessoal, permitindo a superação de suas limitações e crises.

Das práticas terapêuticas conhecidas (integradas ao tarô), destaco as mais populares que vem arrebatando estudantes e pesquisadores diversos:

1) Tarô e Psicologia - alguns psicólogos (principalmente junguianos) europeus e norte americanos  (e aqui mesmo do Brasil) vêm adotando o tarô como um plus psicoterapêutico. Tudo aquilo que não conseguem detectar na análise em consultório, o tarô consegue revelar e permitir uma maior abrangência no tratamento. Importante ressaltar que o tarô não invalida ou substitui a Psicologia tradicional, apenas soma, amplia a capacidade de entendimento do profissional. O Conselho de Psicologia não aceita a atividade, mas lá fora a resistência é bem menor.

2) Tarô e Florais - relacionando os arcanos às essências dos mais diversos repertórios, ou mesmo as combinações entre os arcanos, a prática começou a ganhar força nos anos 90. Valendo-se de métodos específicos (ou não) o tarólogo identifica o momento psicoemocional do consulente, sugerindo-lhe uma receita a ser ministrada durante um certo tempo. O tarô, nesse caso, substitui a entrevista anamnésica para levantamento biopsíquico do consulente.

3) Tarô e Meditação - na verdade, após o boom hippie e a divulgação maciça da filosofia oriental nos anos 70, alguns praticantes mais ousados passaram a usar o tarô para meditações diárias. Essa sugestão, mesmo que implícita, nasce com as correntes ocultistas oriundas de magistas como Crowley, C.C. Zain, Ouspensky e outros. Trata-se de uma prática onde o usuário das lâminas refletirá sobre o seu momento, um assunto qualquer, suas ações e decisões, visando alcançar uma clareza interior. Alguns praticantes usam apenas um arcano, outros trabalham com métodos, tratando-se de algo muito particular.

4) Tarô e Arteterapia - transformar as imagens do tarô em arte. Quando o ocultista Zain sugeriu que pintássemos nossos baralhos, essa prática tornou-se uma forma de arteterapia rudimentar. Hoje, a prática agrega várias  expressões como a dança, escultura, modelagem, pintura, poesia, música dentre outras. O objetivo é atenuar as tensões do praticante e permiti-lo relacionar-se de forma direta com as suas emoções mais profundas, "desbloqueando" a psique.

5) Tarô e Oniroterapia - usando os arcanos do tarô para compreender melhor os sonhos. Na verdade, a idéia é realizar uma ponte entre o conteúdo simbólico dos sonhos com o dos arcanos. A partir daí, criando-se uma associação entre os polos simbólicos, somos capazes de acessar conteúdos profundos que remetam ao momento psíquico do consulente.

Há outros tipos de práticas terapêuticas envolvendo o tarô, a citar a Cinesiologia, Programação Neurolinguística, Física Quântica, Teatroterapia,  Cristalterapia, dentre outras áreas ainda em fase de desenvolvimento e descobertas.

Creio que em mais vinte anos, será impossível desconciliar o tarô das vertentes terapêuticas. Urge, em nossa sociedade, o desejo de saciar o chamado íntimo que nos leva irremediavelmente ao caminho do autoconhecimento (lembrando que essa jornada iniciou-se na Grécia séculos antes de Cristo através do axioma "conhece-te a ti mesmo").


FONTES BIBLIOGRÁFICAS:


GILLES, Cynthia. O Tarô, uma história crítica – dos primórdios medievais à experiência quântica. Editora Pioneira. São Paulo, 1994.

JUNG, Carl Gustav. Os arquétipos e o inconsciente coletivo. Obras completas de C. G. Jung. Vol IX/1. 2. ed. Vozes. Petrópolis, 2002.

MARQUES, Ednamara Batista Vasconcelos e. O Tarô. Das correlações arquetípicas à função terapêutica. Editora Florais de Minas. Itaúna, 2004.

NICHOLS, Sallie. Jung e o Tarô. Uma jornada arquetípica. Editora Cultrix. São Paulo, 1997.

PRAMAD, Veet. Curso de Tarô e seu Uso Terapêutico. Editora Madras. São Paulo, 2004.

ROSENGARTEN, Arthur (Dr PhD). Tarot and Psychology. Spectrums of Possibility. Paragon House, St. Paul, Minnesota, 2000.
 
09/11/2009 23:20:34

Comentários

Elisa - 28/11/2009 19:37:34
Giancarlo,
estou escrevendo, na verdade, num impulso de simpatia e "desagravo". Não é o seu texto que me interessa (desculpe! não tenho muito conhecimento nem interesse em psicoterapia), mas a incompreensível "caçada" que está sofrendo do Jaime Cannes e de Jaqueline e Rodrigo - que parecem ter o mesmo DNA dele. Em alguns momentos eu até ri; por que tanta raiva nesses coraçõezinhos? Isso talvez mereça a atenção de um terapeuta... Por que eles acham que alguém que se dispõe a colocar seu ponto de vista - bem pensado e embasado, como você fez ver repetidamente - num fórum há de se curvar em humildade e culpa e agradecer/ homenagear alguém que traz de maneira arrogante uma opinião contrária?
Eu acho que você tem uma paciência de Jó com eles, respondendo exaustivamente...

Giancarlo Kind Schmid - 28/11/2009 22:25:41
Oi Elisa,
Obrigado pelo apoio em suas palavras.
Não é de hoje que sofro agressões em relação ao meu trabalho e/ou minha pessoa. Para falar a verdade, são cerca de 14 anos, desde que comecei a defender a proposta de um tarô terapêutico. Sempre há muita inveja, intolerância, desrespeito, desconsideração, enfim, sentimentos que se incompatibilizam com aqueles que se dignam orientar o próximo através dessa maravilhosa ferramenta que é o tarô. Constato que a sabedoria é apenas exercida textualmente, na prática deixam a desejar. Não conseguem compreender que vivemos num mundo de diferenças; incrível como em pleno século 21 ainda há tantos preconceitos e intransigência, como se alguns se considerassem "donos do tarô" a ponto de impor-nos o que "pode e o que não pode". Tornam-se uma espécie de "guardiões dos mistérios sagrados" atacando sem pudor tudo aquilo que não fizer parte de suas crenças. Eu tenho um nome para isso: medo. Medo de perderem seu "prestígio de magos (mestres) e detentores de verdades esotéricas", como se pudessem monopolizar o saber (algo impossível, pois hoje está tudo aberto, não há mais esoterismo, e sim, exoterismo). Estou me acostumando com esses ataques e aprendendo com eles, pois estão me dando força para prosseguir. Vem alguém aqui e escreve impropérios para mim, respondo e a seguir escrevo um artigo. É uma forma terapêutica de evitar que sentimentos negativos tomem conta de mim.
Infelizmente, Elisa, o meio tarológico é uma grande fogueira de vaidades, as pessoas aprendem um pouco aqui e ali e consideram-se referências para o restante do universo. Há muito capricho, hipocrisia, falsidade e extrema competitividade. Quem aqui vem para me atacar, no mínimo não se garante e não consegue confiar no seu próprio trabalho. O mercado está cheio de esquisotéricos.
A raiva existe neles porque não conseguem brilhar. Aí, precisam eclipsar o outro.
Enfim, continuarei por aqui, dando meus recados e promovendo a prática. Me amem ou me deixem.
Abraços!

Geraldo Ramos - 29/11/2009 14:56:27
Tudo evolui, até mesmo as pedras. Vivemos talvez num momento de transição intenso, e porisso temos a sensação de que as coisas estão misturadas e por vezes nos dando a impressão de estar desfigurada, descaracterizada. A informação viaja muito rápido mundo afora e na mesma velocidade provoca mudanças de paradigmas, não nos dando chances de acompanhar o racíocinio. Quando conseguimos experimentar uma teoria, parece que a mesma já ficou ultrapassada e temos que começar tudo novamente. Creio que o momento não seja para discussões intelectualmente estéreis, já que adentramos a era do pensamento.......O debate deve proporcionar a todos uma grande possibilidade de evolução, pois, ao compartilhar fragmentos percebidos isoladamente, teremos a visão global do objeto debatido, e cosequentemente beneficando a todos os envolvidos, consultores, estudantes e consulentes. É claro que ainda não nos livramos da vaidade, ou mesmo da idéia de reserva de mercado, porém, acredito que o tarot ira sobreviver, e mais até: evoluir. Seja como adivinhação, taroterapia, psicocybertarotterapia (ops). O que realmente sentimos é que não há nada de novo sob o sol (quase nada), e ainda temos muito o que descobrir. Parabéns Giancarlo pelo trabalho e pela coragem de provocar o debate.

Giancarlo Kind Schmid - 29/11/2009 22:04:49
Oi Geraldo,
Valeu pela sua elucidativa opinião!
O que colocou é exatamente o que penso. Como achar que o tarô não evolui, se ele é reflexo da simbólica coletiva? Ora, o grande erro está aí: alguns acharem que o tarô é um instrumento com autonomia e encerrado em significados e objetivos, quando somos nós, os usuários, que damos vida às alegorias através da história e extensa experiência psicossocial. Tudo evolui, se renova, se transforma, gera outras possibilidades. Há gente que parou no tempo e acha que o oráculo parou junto. Lamentável.
Não temo pelas divergências (afinal de contas, elas fazem parte, e são de grande valia quando apresentadas com solidez argumentativa); temo pelos preconceitos. São esses que impossibilitam o homem de avançar, de enxergar um outro lado da vida, de repensar o futuro. Me indigno com a "cruzada" criada por alguns, como se precisassem defender o tarô de uma possível "profanação". Aí, eu pergunto: "profanar o que?". Os segredos que ainda permaneciam séculos atrás protegidos pelas paredes dos templos inciáticos e seus símbolos destinados aos ritos, nem esses mantêm-se mais bem guardados. Para ter uma idéia, nós encontramos descrições detalhadas em sites, de ritos de várias ordens, antes denominadas esotéricas. As pessoas precisam se dar conta que "os véus caíram, se rasgaram" (acabou a Era de Peixes). Quem ainda ingenuamente acreditar deter alguma informação especial sobre o tarô, está enganado. Os próprios fóruns e listas lá fora nos trazem uma quantidade tão grande de informações, que alguns sequer imaginam. Agora, atacar algo novo representa receio de perder o posto de "pseudo erudito iniciado nos segredos do universo". Tem gente que precisa transcender os velhos cursos ou livros, e crescer com as novas tendências. É hora de revolucionar, de transcender. E deixar os dogmas de lado para acompanhar o que o futuro nos reserva. E, principalmente, não ter medo.
Adoro debater, é imprescindível. Provocar o pensar, mais ainda.

Mirta Herrera Camerini - 30/11/2009 13:40:23
Prezado Giancarlo:
que texto MARAVILHOSO! fiquei encantada. È tão importante que as pessoas entendam a riqueza do tarô muito além de considerá-lo um elemento de predição.
em que posso melhorar? como posso melhorar? São perguntas que dificilmente escutamos nas consultas. Mas que cabe a cada tarólogo estar colocando á disposição essas ferramentas. Concordo plenamente na frase " Apresentar o futuro sem capacitar o consulente é como enviar alguém a uma viagem sem mapa e destino"
Muitas vezes olhar diferente uma determinada situação, muda tudo! O tarô é um método terapêutico sim, já que sempre que fazemos consciente aquilo que necessitamos mudar , surge uma transformação interior e lógico cabe a cada pessoa estar escolhendo o seu caminho... Acontece muito nas leituras de borra de café que faço o seguinte: muitas pessoas chegam ansiosas esperando a previsão do futuro: casarei? terei filhos? etc. E não é por aí. Hoje também é o futuro e precisamos cuidar dele. Quero te agradecer este texto, ja que ajudou muito á elaboração de um texto que estou escrevendo sobre leitura da borra de café, onde fundamentalmente são analisados simbolos, e a riqueza apresentada pela borra de café, não deixa de ser também uma linguagem riquísima do Eu interior de cada consulente. Os oráculos todos ajudam a encontrar um caminho e a linguagem utilizada pelo oraculista em cada um deles também evolui, assim como a humanidade, como as ciências. Uma vez mais, obrigada e parabens!!
Um abraço
Mirta Herrera Camerini
www.olhosdehorus.com.br

Giancarlo Kind Schmid - 30/11/2009 17:58:55
Olá Mirta,
Agradeço sua visita e entusiasmado comentário.
Toda vez que leio o comentário de alguém que conseguiu captar a essência do meu texto, fico por demais satisfeito; esse sentimento dobra quando constato que a pessoa já vêm abraçando a causa, o que diminui a sensação de estar "na contramão" ideológica. Suas observações só vêm a confirmar que não é apenas o tarô o único oráculo a proporcionar meios para o autoconhecimento. Fiquei muito curioso em ler seu texto, assim que estiver pronto, me escreva (gianks@taroterapia.com.br) ou deixe algum comentário por aqui. Teremos o maior prazer em ler sua produção. Excelente comentário: "hoje também é o futuro e precisamos cuidar dele". Se prevemos algo para amanhã sem conscientizar o indivíduo do agora, estamos imprimindo na mente do consulente uma sensação de irresponsabilidade para com seu amanhã. O fluxo dos acontecimentos também é influenciado pela nossa vontade. Se não reconhecermos o que vai no íntimo do consulente, certamente estaremos fadados a falhar na observação do evento futuro. O ponto de partida somos nós, os agentes, não somos escravos do destino. Uma profecia (negativa) se cumpre porque não houve ação para modificá-la. O tarólogo (ou qualquer outro oraculista) deve educar o consulente na construção de uma vida melhor. Caso contrário, valendo-se das mesmas ações e posturas, os resultados serão sempre os mesmos. O problema do tarólogo focado apenas nas previsões é que ele apenas mira o efeito, nunca a causa, dando uma sensação para o consulente que ele é mero expectador da sua vida e nada pode fazer para mudar. O fatalismo é a parte mais pútrida da adivinhação. Há um nome no rosacrucianismo dado para isso: "envenenamento mental". Você crê no que vai acontecer, sente-se impotente e apenas aguarda o chegar da crise. É como um médico dizer ao seu paciente: "você tem uma doença incurável, de nada adianta fazermos exames mais profundos para tratar o problema". Ou seja, o cliente fica a "Deus dará". Abraços!

kaoana - 01/12/2009 08:57:00
adorei tudo sobre taro ameeeeeeeeeeeeeeeei

Giancarlo Kind Schmid - 01/12/2009 11:52:19
Oi Kaoana,
Sou suspeito de falar, pois sou apaixonado pelo assunto. Obrigado pela sua agradável visita.
Abraços!

Andréa Cesar - 09/12/2009 10:30:15
Tenho pavor de "babaovos", "puxasaquismo". Não vim aqui para endeusar o Gian, nem mto menos para criticá-lo, a verdade é que este homem é uma referência na área, é um estudioso, e tem uma qualidade louvável: sabe socializar o conhecimento, e o faz com propriedade, ponto.
Qual o problema com a questão terapeutica que o Gian pretende abordar?
A flexibilidade e o desengessamento é o que se deseja hoje, em qualquer área do conhecimento. Sou pedagoga, estudiosa do tarô e numerologia, e mto me orgulha me deparar com profissionais que estão dispostos a "ir além", lê-se o próprio Yung, não fosse sua "artimanha" que transcendeu alguns bons limites óbvios, hoje não teríamos recursos para discutirmos neste nível. Sou membro de comunidades do Gian, e parte do que aprendi sobre tarô, e venho aprendendo, é graças à sua disponibilidade em tecer ricos comentários sobre o que se propõe, sempre indicando livros e fontes seguras para nossas pesquisas. Não penso que pensamentos lineares sejam pertinentes. O saber é tão complexo quanto as mentes que o detêm, porém, pelo amor de Deus, entrar em um fórum deste nível, para simplesmente ser do contra, sem no entanto se propôr a fazer diferença com fundamentações da mesma ordem, me descupem, é querer criar inferno. Giancarlo Kind Smith, vc é um grande mestre, obrigada pelas contribuições e não perca a esperança de ver o tarô sendo inteiramente respeitado como uma via de autoconhecimento e terapia. Grande abraço a todos. Sem mais para o momento.

Andréa Cesar - 09/12/2009 10:45:34
"Metade dos autores que você sugere são psicólogos, e ainda diz que não está tentando legitimar com outro conhecimento, ou ciência, reconhecido a sua tese de tarô e terapia? E essa volumosa citação bibliográfica será mesmo necessária? "

Me desculpem, disse que não tinha nada mais para o momento, porém, não resisti deixar de tecer mais este comentário....

Caro Rodrigo, nada contra sua pessoa, do fundo de meu coração,mas, como ousa falar da não necessidade de bibliografias? O tarô não foi plasmado, não foi criado por osmose, não surgiu em mesa de boteco, nem mto menos na sala de sua casa. Faça-me o favor.
Pronto, falei, não ia dar conta de dormir com uma dessa.

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