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18 de abril de 2024

Responsável: Constantino K. Riemma


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O tarô como recurso terapêutico
(uma via para o autoconhecimento)
Giancarlo Kind Schmid
  Há pouco mais de 20 anos surgiu um movimento nos EUA e Europa com o propósito de integrar o tarô às atividades psicoterapêuticas. Embora discreto inicialmente, essa tendência ganha grande força hoje e vários adeptos surgiram em nossa década, associando o oráculo a diversas vertentes terapêuticas, revelando que o tarô é muito mais do que um simples instrumento para previsões.
 
Na história, o tarô surge originalmente como jogo de cartas comum  com fins de entretenimento. Atravessou 04 séculos popularizado como atividade lúdica, e somente no século 18 ganhou status oracular, objetivando revelar o futuro e conexão com a magia. Em pouco mais de dois séculos, foi alçado a instrumento simbólico com foco terapêutico.

A pergunta que precisamos fazer é: "em que o tarô se transformará nos próximos anos?". Sim, os conceitos mudam, as tendências tornam-se outras, estamos deixando a "Era da Fé" (Peixes) para entrar na "Era do Pensamento" (Aquário) e, como esse oráculo tem seus fundamentos no simbolismo, natural que acompanhe a revolução inconsciente coletiva, onde o homem  "não quer apenas saber para onde vai, e sim, quem é e a que veio".

Nos idos dos anos 80, um grupo de psicólogos americanos resolveu experimentar o uso das imagens dos arcanos para trabalhar com seus pacientes. A idéia era estimular livre associações a partir de cada lâmina (carta) escolhida aleatória ou propositalmente. Seus registros e observações propunham estabelecer uma ponte entre o inconsciente de seus pacientes e as imagens arcanas, permitindo "dar voz" a conteúdos que teimavam em se manter reprimidos. A experiência, reservada por assim dizer (pois temiam que psicólogos mais ortodoxos viessem a atacar a prática), foi um sucesso, a ponto de conseguirem não só estimular uma relação mais direta com suas histórias pessoais íntimas, como também conhecer melhor o perfil daqueles internados.

Vinte anos se passaram e o tarô tornou-se uma espécie de "bússola para o autoconhecimento". Certamente, não o seria se não tivéssemos travado contato com as pesquisas do psicanalista suíço Carl Gustav Jung, percursor de algumas idéias que hoje estão relacionadas ao oráculo, como a compreensão do universo simbólico, as manifestações arquetípicas, a natureza do inconsciente e as tipologias psicológicas. Falar de tarô hoje sem citar termos como "arquétipos", "inconsciente coletivo", "sombra", "persona" e outros, é como excluir-se da modernidade alcançada por esse oráculo. Preocupante, porém, é a abordargem de tal tema desconhecendo tecnicamente tais termos (mas esse é um assunto para outra ocasião). Tudo que está em alta, infelizmente, vira modismo.

Existe ainda resistência ao aceitar tais fatos. Alguns sentem-se incomodados com a possibilidade de desviar o tarô do foco adivinhatório (termo esse caindo em desuso popularmente) para o foco terapêutico. Esquecem-se que o símbolo é plástico e pode ser aplicado (adaptado) a qualquer coisa. Daí a gama de correntes em torno do tarô, permitindo espaço para todos. Porém, a tendência do homem futuro é querer conhecer-se ainda mais, pois não há amanhã sem o agora. Apresentar o futuro sem capacitar o consulente, é o mesmo que enviar alguém a uma viagem sem mapa e destino.

O tarô é composto por 22 arcanos maiores e 56 arcanos menores. O primeiro grupo agrega um tipo de simbolismo, digamos, mais universalizado, a que chamamos de imagens arquetípicas. Tratam de temas comuns a todas civilizações (do nascimento à morte, do poder à ruína, do céu à terra, do bem ao mal, etc.). Plasmam 22 tendências humanas, 22 níveis de consciência, 22 formas de manifestação da vida. Devido à sua pluralidade simbólica, são perfeitamente úteis para descrever comportamentos humanos. Já o segundo grupo distribui-se em 04 naipes, cada qual podendo ser associado a um plano ou tipologia psicológica (Ouros=terra, sensorial; Espadas=ar, racional; Copas=água, sentimental; Paus=fogo, intuitivo). Estes, já são capazes de revelar nossa relação com o meio e as preocupações naturais de todos nós (ter um amor, uma carreira, recursos, saúde, família, sucesso, amigos, estudar, etc.). A combinação dos dois grupos insere o ser humano no seu contexto de vida.

Como o tarô pode ser aplicado terapeuticamente? Preferindo não complicar-me em explicações técnicas e tornar-me prolixo, pensemos que o símbolo é importante veículo de comunicação entre consciente e inconsciente. O que cada arcano realiza, é uma transferência de conteúdos psíquicos até então "invisíveis" à consciência, para a observação e interpretação objetiva. A qualidade desses conteúdos é revelada pela qualidade de cada lâmina, permitindo ao leitor, em sua sensibilidade e intuição, decodificá-los para o consulente na forma de orientações e sugestões. O processo do autoconhecimento ocorre no momento em que o consulente utiliza essas informações para si como  ferramentas para a transformação pessoal, permitindo a superação de suas limitações e crises.

Das práticas terapêuticas conhecidas (integradas ao tarô), destaco as mais populares que vem arrebatando estudantes e pesquisadores diversos:

1) Tarô e Psicologia - alguns psicólogos (principalmente junguianos) europeus e norte americanos  (e aqui mesmo do Brasil) vêm adotando o tarô como um plus psicoterapêutico. Tudo aquilo que não conseguem detectar na análise em consultório, o tarô consegue revelar e permitir uma maior abrangência no tratamento. Importante ressaltar que o tarô não invalida ou substitui a Psicologia tradicional, apenas soma, amplia a capacidade de entendimento do profissional. O Conselho de Psicologia não aceita a atividade, mas lá fora a resistência é bem menor.

2) Tarô e Florais - relacionando os arcanos às essências dos mais diversos repertórios, ou mesmo as combinações entre os arcanos, a prática começou a ganhar força nos anos 90. Valendo-se de métodos específicos (ou não) o tarólogo identifica o momento psicoemocional do consulente, sugerindo-lhe uma receita a ser ministrada durante um certo tempo. O tarô, nesse caso, substitui a entrevista anamnésica para levantamento biopsíquico do consulente.

3) Tarô e Meditação - na verdade, após o boom hippie e a divulgação maciça da filosofia oriental nos anos 70, alguns praticantes mais ousados passaram a usar o tarô para meditações diárias. Essa sugestão, mesmo que implícita, nasce com as correntes ocultistas oriundas de magistas como Crowley, C.C. Zain, Ouspensky e outros. Trata-se de uma prática onde o usuário das lâminas refletirá sobre o seu momento, um assunto qualquer, suas ações e decisões, visando alcançar uma clareza interior. Alguns praticantes usam apenas um arcano, outros trabalham com métodos, tratando-se de algo muito particular.

4) Tarô e Arteterapia - transformar as imagens do tarô em arte. Quando o ocultista Zain sugeriu que pintássemos nossos baralhos, essa prática tornou-se uma forma de arteterapia rudimentar. Hoje, a prática agrega várias  expressões como a dança, escultura, modelagem, pintura, poesia, música dentre outras. O objetivo é atenuar as tensões do praticante e permiti-lo relacionar-se de forma direta com as suas emoções mais profundas, "desbloqueando" a psique.

5) Tarô e Oniroterapia - usando os arcanos do tarô para compreender melhor os sonhos. Na verdade, a idéia é realizar uma ponte entre o conteúdo simbólico dos sonhos com o dos arcanos. A partir daí, criando-se uma associação entre os polos simbólicos, somos capazes de acessar conteúdos profundos que remetam ao momento psíquico do consulente.

Há outros tipos de práticas terapêuticas envolvendo o tarô, a citar a Cinesiologia, Programação Neurolinguística, Física Quântica, Teatroterapia,  Cristalterapia, dentre outras áreas ainda em fase de desenvolvimento e descobertas.

Creio que em mais vinte anos, será impossível desconciliar o tarô das vertentes terapêuticas. Urge, em nossa sociedade, o desejo de saciar o chamado íntimo que nos leva irremediavelmente ao caminho do autoconhecimento (lembrando que essa jornada iniciou-se na Grécia séculos antes de Cristo através do axioma "conhece-te a ti mesmo").


FONTES BIBLIOGRÁFICAS:


GILLES, Cynthia. O Tarô, uma história crítica – dos primórdios medievais à experiência quântica. Editora Pioneira. São Paulo, 1994.

JUNG, Carl Gustav. Os arquétipos e o inconsciente coletivo. Obras completas de C. G. Jung. Vol IX/1. 2. ed. Vozes. Petrópolis, 2002.

MARQUES, Ednamara Batista Vasconcelos e. O Tarô. Das correlações arquetípicas à função terapêutica. Editora Florais de Minas. Itaúna, 2004.

NICHOLS, Sallie. Jung e o Tarô. Uma jornada arquetípica. Editora Cultrix. São Paulo, 1997.

PRAMAD, Veet. Curso de Tarô e seu Uso Terapêutico. Editora Madras. São Paulo, 2004.

ROSENGARTEN, Arthur (Dr PhD). Tarot and Psychology. Spectrums of Possibility. Paragon House, St. Paul, Minnesota, 2000.
 
09/11/2009 23:20:34

Comentários

Alessandra Fonseca - 10/11/2009 10:51:04
Excelente texto, Gian!
Realmente, o uso do Tarô como instrumento de investigação terapêutica é muito eficaz. Principalmente, porque nem sempre o cliente tem clareza daquilo que o causa desconforto e, além disso, muitas das vezes se depara com dificuldades de verbalizar tais desconfortos.
O Tarô nos oferece, a nós terapeutas, tanto as origens das questões dos clientes quanto o direcionamento a ser tomado. No entanto, não é possível separar os desconfortos dos condicionamentos e posicionamentos individuais frente às situações da vida e estes, por sua vez, tornam-se padrões rígidos automáticos que, sem o suporte pós-atendimento, dificilmente chegam à consciência para que possam ser modificados e, consequentemente, modificar a realidade do cliente. Por isso, seja qual for a técnica terapeutica complementar, é importante que ela exista para que o Tarô se torne terapia.
No mais, sua colocação a respeito da "Era da Fé" e a transição para a "Era do Pensamento" foi muito oportuna. Nesta Nova Era a linha divisória entre Tarô divinatório e Tarô terapêutico torna-se praticamente invisível, uma vez que o Destino passa a ser constituído pelas atitudes e pensamentos diários de cada um de nós. O caminho se constitui a partir de cada pequeno passo que damos.

Excelente!
Ale Fonseca

Giancarlo Kind Schmid - 10/11/2009 12:45:09
Oi Alessandra,
Obrigado pela sua gentil visita e comentários.
Importante ressaltar que a função terapêutica não invalida, em si, as previsões. Essas últimas devem se abordadas não como eventos externos "soltos", os quais parecem surgir para nós como um destino imutável e fatalista (na leitura oracular), quando o papel que nos propomos desempenhar é o de ensinar o consulente a caminhar com as suas próprias pernas, decidindo e optando por si mesmo e escrevendo sua própria história. Já foi o tempo em que o oráculo escravizava o indivíduo à informação, fazendo com que este esperasse apenas o cumprir dos fatos, colocando-se como sujeito passivo sem qualquer direito de escolha ou mudança. O tarô hoje é pensado, mesmo que em essência mantenha-se como recurso intuitivo, e naturalmente tem a capacidade de ser ao mesmo tempo terapêutico, pedagógico, oracular e filosófico. Os elementos não se separam, fazem parte de um mesmo contexto. Por isso, apenas venho ressaltando ao longo desses últimos anos que o tarô se transformará num veículo para o autoconhecimento por excelência, e as previsões perderão seu caráter "fortuito", quando em descoberta, o homem perceberá que são suas ações e reações os elementos responsáveis pela construção de seu próprio futuro. Não há nada mágico ou extraordinário nisso. Ao longo dos séculos viemos acreditando que a cura, a transformação e a melhoria partiria apenas de uma entidade superior, quando a nossa parcela de responsabilidade em melhorar-se sempre definiu nosso grau de merecimento espiritual. Nós, terapeutas, acreditamos que a cura é um processo de dentro para fora e não o contrário. Se a pessoa não quiser curar-se, não há cura. Se não quiser mudar, não há mudança. Essa é a grande "sacada" da Era de Aquário: a (re)descoberta da força de nossos pensamentos para transcendência pessoal. Afinal de contas, se somos "a imagem e semelhança Dele" (como é apregoado), então somos "pequenos deuses em ação".
Um fraternal abraço!

Jaime E. Cannes - 11/11/2009 18:14:27
Considero particularmente perigosa essa afirmação de que a psicologia se utiliza do tarot mas que ele não a substitui... É bem verdade, porque ele a supera! Não há como deixar de notar um certo orgulho na sua narrativa sobre o fato de psicólogos americanos e europeus estarem se utilizado do tarot como prova de que ele não é apenas um instrumento de adivinhação (Esse termo está mesmo em desuso?... Quem disse?...). Desculpe mas isso é conversa de quem se envergonha de ser visto como um cartomante, que vê nisso um constrangimento. Vale lembrar, porém, que foi justamente como um instrumento de cartomancia e adivinhação que o tarot chamou a atenção de ocultistas, psicólogos e artistas. A tarologia tem muito mais a oferecer a psicologia do que o inverso! Os conceitos junguianos são maravilhosos vindos de um psiquiatra racionalista!... Seus conceitos, entretanto, encerram todos os eventos transcendentes na mente humana e afastam o homem da interação tanto com a natureza quanto com o divino, tranformando-os em "manifestações arquetípicas do inconsciente coletivo".


Jaime E. Cannes - 11/11/2009 18:18:09
[continuação]:
Numa coisa você está certo, os símbolos são plásticos, não são totalmente compreendidos dentro da ordem vigente. As teorias junguianas são apenas isso: Teorias, que tentam explicar o que a investigação oficial não conseguiu, mas que nunca foram totalmente aceitas justamente porque não houve como comprová-las dentro de incursões mais científicas, como a das probabilidades estatísticas, por exemplo. Essa brecha de tolerância que a psicologia de Jung abriu é bem interessante para auxiliar ao público leigo a entender de um modo mais mental o que em termos empíricos ficaria difícil, mas de modo algum dá credibilidade à tarologia, pelo contrário a diminui, tornando-a um mero instrumento de especulação intelectual. Seu grande mérito foi o de ter auxiliado a certos tarólogos a se esconderem sob o epíteto de investigadores da psique, já que a palavra cartomante parece ofender violentamente certos egos.

A prática tarológica em si tem muitos benefícios a serem citados sem envolver uma consideração generosa de psicólogos americanas ou europeus.

antonieta bonfim andrade - 11/11/2009 19:22:00
tudo que li me fassinou como gostaria de fazer um curso de aprofundamento que pena e como lamento aqui em são luis do maranhão não exirtir cursos assim.




Giancarlo Kind Schmid - 11/11/2009 20:56:41

Caro Jaime,
Obrigado pela sua visita e comentários.
Já tive oportunidade de ler um ou dois textos seus, reconheço que também me oponho à sua forma de abordar o assunto, mas já diz o ditado: "a unanimidade é burra", não é verdade?
No fórum que me propus administrar não intenciono convencer ninguém das minhas pesquisas e/ou pontos de vista. Já enfrentei alguns debates acalorados por isso, e por constatação, percebi que cada qual continua (e continuará) defendendo sua ótica.
Vou te contar uma breve história: "há coisa de quase 15 anos atrás, no surgimento da internet, passei a participar de algumas listas e fóruns, muitos destes de tarô. À época, já defendia a interdisciplinaridade envolvendo o tarô e outras práticas (florais, psicologia, etc.), e a grande maioria me acusava de ser alguém fora da realidade, profanador do tarô, que era impossível a integração da espiritualidade com a ciência, entre outras coisas. Nunca duvidei que eram caminhos possíveis, porém, reconhecia as dificuldades e pacientemente aguardei o caminhar dos fatos. Hoje, vemos uma grande gama de tarólogos integrando o tarô a várias terapias, mesmo que alguns resultados sejam incipientes, já começam a ganhar importância e destaque dentro dos estudos tarológicos". Baseado nisso, apenas deixarei a encargo do tempo a contatação de algumas observações que fiz.
Normalmente, para chegar a algumas afirmações, eu pesquiso, levanto dados e faço estatísticas, ou seja, não repasso uma informação sem a devida avaliação. É o caso do termo "adivinhatório" - quantos tarólogos, dos anos 90 para cá, se autodenominam adivinhos, ou afirmam praticar a adivinhação? Tive a oportunidade de conversar com tarólogos do Brasil e lá de fora, e a grande maioria vêm deixando o termo fora de seu vocabulário usual (os contatos que realizei foram através do Guia de Tarô www.sobresites.com/taro e fóruns da rede).

Giancarlo Kind Schmid - 11/11/2009 20:57:38
Veja bem, isso não fere a proposta oracular do tarô: realizar previsões. Porém, o termo está caindo em desuso, pois não mais atende o seu sentido original (divinare - intermediar os deuses para ver o futuro). Esse assunto já me custou amizades, mas se eu ficar concordando com tudo que há só para manter amizades, serei "Maria Vai Com as Outras" ao invés de lutar pelo que acredito.
Devo ressaltar que não sou ocultista. Um dia, já fui. Se decidir debater o assunto pela via simbólica, sou "todo ouvidos". Já pela via ocultista, prefiro isentar-me, pois não é a "minha praia".
Você interpretou-me mal quando disse que eu queria tornar o tarô mais ou menos importante frente à Psicologia. Ora, ele tem o seu papel, a Psicologia o seu, são temas que se tangem e podem perfeitamente se integrar, sem conflitos. O problema está no preconceito de cada um, logo, esse é um caso a ser resolvido intimamente. Não vejo perigo nisso e nem substituição de um ou de outro. O tarô não perderá sua importância frente ao fato que consegue mesclar-se a outras práticas. Isso é discurso de quem se sente potencialmente ameaçado na sua condição de tarólogo oracular. Aliás, penso que a integração "oráculo e terapia" podem ser perfeitamente compatíveis, porém, o primeiro não mais dita o futuro, apenas coopera para a compreensão da realidade e construção do futuro.
Tenho orgulho sim que alguns psicólogos estejam alçando o tarô a outros patamares (como também me orgulho de outros terapeutas que buscam essa integração com suas práticas). Isso significa novos tempos, revolução, novidades, mudanças! Agora, o que verdadeiramente denigre o tarô é o sincretismo no qual é inserido, misturando-se religião com a prática, e nos chegando propagandas do tipo: "trago seu amor em 03 dias - búzios e tarô". O ataque que a nossa classe sofre é devido à mistura religiosa e não à proposta terapêutica.

Giancarlo Kind Schmid - 11/11/2009 20:58:29
Quanto à Psicologia basear-se em teorias: o universo anímico é deveras complexo para assertivas e a disciplina é nova comparada a outras ciências. O ocultismo é assertivo? Não se baseia também em teorias ou postulações? Quantas correntes o tarô agrega em torno do tema? Complicado, né?

Jaime, não tenho vergonha de ser tarólogo. Mas, admito-me terapeuta E tarólogo. Cartomante... talvez um dia me enverede mais a fundo em outros tipos de baralhos (como o Petit Lenormand). O que apenas faço é defender uma outra proposta tarológica. Uso esse espaço para divulgar a(s) prática(s) e não gostaria de ser atacado em meu espaço por divergir de mim (assim como não o fiz em seu espaço). Acho que há espaço para todos: você sempre terá o seu público, eu o meu, e fim de papo.
Espero conhecê-lo um dia pessoalmente, você escreve muito bem.
Abraço!

Giancarlo Kind Schmid - 11/11/2009 20:59:09
Oi Antonieta,
Obrigado pela sua visita.
Cursos existem, mesmo que à distância, caso tenha interesse é só solicitar-me por email: gianks@taroterapia.com.br ou através do meu site: www.taroterapia.com.br .
Obrigado!

Jaime E. Cannes - 11/11/2009 21:01:11
Giancarlo, não entendi a sua colocação de que eu sempre terei o meu público e vc o seu... era disso que se tratava?... Eu estava debatendo uma colocação sua com a qual não concordei, e não tive a intenção de atacá-lo como vc colocou, penso que a coisa saiu do debate racional e virou mesmo pessoal da sua parte.
Vamos esclarecer as coisas, tem havido uma exessiva psicologização da tarologia tanto quanto de outras áreas do conhecimento oculto, e eu acho isso interessante e rico sim, mas demasiado na maioria dos casos. É sobre isso que eu me posicionei. A tarologia é um refinamento da antiga arte das mâncias, um ramo que cresceu, por assim dizer, mas qua ainda pertence a essa arte. O termo adivinho foi de fato impregando de preconceitos e talvez por isso a maioria dos tarólogos fuja do termo adivinho. Mas daí a apoiar-se em termos psicológicos para fugir do preconceito é covarida ( Mas veja que falo em termos gerais, e não de vc). Dificilmente vc encontrará o tarot dentro de outra classificação que não seja a de uma arte ou técnica adivinhatória. Oponha-se à vontade aos meus pensamentos e colocações, afinal é da pluralidade que nasce a evolução. Vc só escreve se acha que vai ser apoiado ou elogiado? Debates flexibilizam pontos de vista que aí podem virar grandes ideias. Pontos de vista petrificados viram preconceito. Será um prazer conhecê-lo pessoalmente, talvez se desfaça essa impressão entre nós. Um grande abç.


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