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28 de março de 2024

Responsável: Constantino K. Riemma


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Irã, a encruzilhada no Oriente Médio
Rui Sá Silva Barros

Os persas, um povo do tronco indo-europeu, têm três mil anos de história. Por volta de 550 AC começaram a deixar documentos escritos, quando Ciro unificou os povos no planalto iraniano e iniciou um grande império multinacional, do Egito ao Afeganistão. Libertaram os judeus cativos na Babilônia e não reprimiram as religiões dos súditos. O mazdeismo tomou então um grande impulso e influenciou o judaísmo e os monoteísmos posteriores: a dualidade cósmica, a ressurreição dos corpos, a angeologia. Derrotados por Alexandre em 331 AC, os persas reconstituíram seu reino em 250 AC, através da dinastia arsácida e depois a sassânida.


           Ruinas de Persépolis

O Império Romano tentou conquistá-los sem êxito. Neste tempo a cosmologia experimentou desenvolvimentos notáveis. Em 641 a dinastia terminou com a chegada do Islão, o povo foi convertido, mas, ao contrário de outros, preservou sua própria língua. Os persas forneceram quadros administrativos ao califado abássida de Bagdá e promoveram um renascimento literário com Fidursi, Avicena, Hafiz, Attar, Saadi, Rumi e Khayyam, para citar os mais notáveis. Com as invasões mongólicas, os persas mergulharam num período de 250 anos de guerras e dinastias frágeis.

Somente em 1501 conseguiram reorganizar o reino, agora com a dinastia safávida que governou por 230 anos e conseguiu reerguer a economia e cultura, converter o povo ao xiismo e a iluminura persa atingiu um acabamento notável. [Veja, abaixo, um exemplo]
Conviveu com a proximidade dos europeus cobiçosos, ingleses e russos disputavam para transformar o reino numa colônia desde o século XVIII. Finda a dinastia em 1736, os persas experimentaram meio século de confusão até que os qadjares conseguissem o poder, sob crescente pressão das potências coloniais. No início do século XX foi descoberta a riqueza petrolífera do país, o que selou a sorte da dinastia. Em 1921 teve início o período da monarquia constitucional com Reza Pahlevi, com a exploração do óleo pela British Petroleum e a adoção do novo nome do país, Irã. Em 1941, o xá, tido como titubeante pelos aliados na Segunda Guerra, foi convidado a renunciar em favor do filho homônimo. Teerã sediou uma conferência de Roosevelt, Churchill e Stalin. Em 1953 o povo teve a péssima ideia de eleger Mossadegh como primeiro-ministro, o qual nacionalizou o petróleo, para grande escândalo dos ingleses e americanos. Estes promoveram um golpe de Estado que depôs o premiê e restaurou a boa ordem das coisas. Sem este estorvo, o xá iniciou o povo persa nas modernidades ocidentais: estradas, automóveis, vestuário, Hollywood, boates, corrupção, reforma agrária empresarial e polícia política. Tudo isto para escândalo do povo ainda fortemente religioso. A oposição teve início com os líderes religiosos, os aiatolás, alguns deles exilados, como Khomeini, na França. Com a segunda reserva mundial de petróleo, Pahlevi promoveu uma festa ininterrupta para os conhecidos que culminou num grande banquete nas ruínas de Persepólis, para comemorar 2500 anos do império persa. Como a maioria do povo não participou da festa e, além disso, sentia-se ofendida com as modernidades, ela começou a manifestar desagrado nas ruas, enfrentando a polícia que disparava sem piedade. Em janeiro de 1979 o xá teve que deixar o país às pressas, amaldiçoando os gênios da secretaria de Estado e da CIA, seus mentores. A ironia disso tudo é evidente, qualquer comentário seria supérfluo.

O mapa da República Islâmica do Irã foi estabelecido para o momento da carreata do aiatolá Khomeini, e reflete os acontecimentos da época. A multidão que tomou Teerã para recebê-lo está simbolizada pela Lua no horizonte leste no signo de Áries, a mudança de regime foi fruto de uma insurreição popular liderada pelos religiosos.

                                    Mapa do Irã - Teerã, 1º de fevereiro de 1979, 9h 40 min


Os EUA foram denunciados como o grande Satã, Plutão em Libra no setor 7, aliados e inimigos declarados, sua embaixada foi invadida e seus funcionários detidos como reféns, o que deixou um rancor persistente. Marte, o regente do Ascendente, está conjunto ao Sol e em quincúncio a Saturno em Virgem que rege os setores 10 (executivo) e 11 (legislativo) da carta natal. Esta complexa configuração exprime a inovadora arquitetura da República: com o legislativo e executivo eleitos, ela integra um faqih (aiatolá) eleito pela Assembléia dos Peritos, responsável pela segurança, sistema judiciário e comunicações públicas. Isto é assinalado por Netuno e Vênus no setor 9. Além das forças armadas regulares, a República criou a Guarda Revolucionária (Pasdaran) para zelar pelo cumprimento das leis islâmicas. Esta Guarda cresceu muito e é atualmente o sustentáculo do regime. No mapa está simbolizada por Urano no setor 8. Para não deixar dúvida sobre o caráter guerreiro da carta natal, a jovem República foi atacada por Saddam Hussein, do Iraque, este genocida amigo, secular e pró-ocidental apoiado com dinheiro e armas de americanos e europeus. A guerra durou oito anos, com muitas mortes e enormes prejuízos econômicos. Júpiter em Leão no setor 5 tem relação com a fama internacional do cinema iraniano e suas dificuldades internas (oposição a Mercúrio).

O Irã é um planalto com cadeias de montanhas ao Norte (Elbruz) e Oeste (Zagros), dois desertos (Kavir e Lut) e pouca terra arável, 20% do território. A população duplicou nos últimos 30 anos, portanto é predominantemente jovem e desempregada. Os persas formam a maioria, mas convivem com azeris, curdos, baluches e gilakis, e nômades. Os xiitas são maioria, mas a minoria sunita protesta e, ultimamente, enfrenta o regime. Ainda há comunidades judias no país e sinagogas, apesar de todos os discursos contra Israel. Os cristãos são tolerados e vigiados de perto, e a religião Bahai, nascida no século XIX, foi banida e tem seu templo central em Haifa (Israel), pois é, os caminhos do Senhor são insondáveis.

A economia é a fraqueza central do regime. A agricultura ainda emprega 25% da mão de obra e produz 11% do PIB. Frutas secas são exportadas, enquanto cereais são importados. A indústria, quase totalmente estatizada, emprega 31% e produz 44% do PIB. O petróleo responde por 80% das exportações e metade da receita do orçamento. O óleo é exportado cru e o país tem que importar refinado, uma situação vexatória e fragilizante diante de sanções internacionais. A linha da pobreza abarca 18% da população e o desemprego aberto alcança 14%. A Guarda Revolucionária foi autorizada a constituir empresas para autofinanciamento e cresceu bastante sua participação na economia, além de controlar todo o comércio ilegal. A China é o principal parceiro comercial, mas o Irã exporta também para o Japão, Turquia e Índia; e importa dos Emirados, Alemanha, França e Rússia (armas e equipamentos nucleares). As recentes descobertas de enormes jazidas de gás assanham companhias americanas e europeias, e podem contribuir para a dependência iraniana das exportações. Vênus, regente do setor 2 (recursos naturais), no setor 9 em Sagitário (exportações), ilustra o resumo oferecido; e Saturno no setor 6 (indústria e trabalhadores) ilustra as dificuldades apontadas. Apesar de tudo os maravilhosos tapetes continuam a ser produzidos e exportados. Mesmo sem ameaças externas o cenário interno não é confortável: com uma grande população jovem, com poucas perspectivas e libertária por índole etária, o regime só pode sobreviver com uma grande transformação. A dissonância Saturno-conjunção Sol e Marte sinaliza isto, o que ficou patente no retorno de Saturno em 2008/9.


           Qom, considerada uma cidade sagrada do Xiismo por ser o local do santuário de Fatimah,
           é o maior centro de ensino xiita do mundo e um importante local de peregrinação.

Depois da guerra contra o Iraque, o governo reconstruiu a indústria petrolífera bastante avariada. O governo de Khatami tentou uma reforma e acenou um relaxamento na tensão com os EUA, mas fracassou na economia, com forte inflação e desemprego. Os atentados de 11/9 nos EUA trouxeram as tensões de volta, apesar de ser público e notório que o governo iraniano nunca apoiou governos sunitas, como o Taleban ou organizações como a Al-Qaida. Passou a constar do Eixo do Mal deste paladino e louco de Deus que foi G. W. Bush. Em 2003, o governo do Irã se viu sitiado ao Leste, no Afeganistão, e ao Oeste no Iraque, e agora sabemos que planos de guerra contra seu território já estavam prontos na ocasião: a meta americana era reformular toda a geopolítica no Oriente Médio e entregar o controle a Israel e à família saudita, proprietária da Arábia. Além disso, tinha o Paquistão e Israel como vizinhos armados nuclearmente. Que fazer? A população elegeu Ahmadinejad em 2005, um engenheiro, filho de um ferreiro. Isto aconteceu enquanto Netuno transitava a conjunção Sol-Marte.

Diante das ameaças externas e da confusão interna, o presidente subsidiou alimentos e gasolina e elevou o tom da retórica contra os americanos e israelenses, apoiando ostensivamente o Hamas e o Hizbollah. Para complicar as coisas o governo resolveu acelerar o programa nuclear, ora permitindo, ora bloqueando as inspeções da AIE. A população preocupada dividiu-se na eleição de 2009 e reagiu quando o governo apressadamente declarou a vitória da situação. De lá para cá o Irã vive sob uma ditadura miliciana, garantida pela Guarda Revolucionária. Prisões e julgamentos sumários, controle da mídia, vigilância cerrada dos líderes da oposição, repressão feroz de manifestações públicas e uma radicalização retórica seguiram-se e a oposição refluiu. Os EUA costuraram pacientemente um acordo para aumentar as sanções econômicas na ONU com o voto de russos e chineses, que têm enormes investimentos e interesses no Irã. Agora os americanos estão exasperados com os turcos, até então amistosos com Israel, e que se aproximaram mais do Irã.

Nos últimos meses os americanos venderam uma boa quantidade de armas e equipamentos bélicos para a Arábia e Israel, e acumularam outro tanto na base de Diego Garcia, no Índico. Um ataque não está descartado, no entanto há muitos problemas pela frente: a decisão teria de ser unilateral, chineses e russos não a aprovariam no CS da ONU, um desembarque de tropas é algo remoto dadas as condições econômicas dos EUA, o ataque pode unir a população ao governo e pode convulsionar todo o Oriente Médio, do Líbano ao Paquistão. Diante de tudo isso Israel pode se encarregar de fazer a experiência e ver o que acontece. Em qualquer hipótese o preço do petróleo irá à Lua.

No ano passado, no Iraque, 150 mulheres foram mortas por apedrejamento, nenhuma notícia. Agora o caso de Sakineh, no Irã, frequenta o noticiário internacional! Não matarás, ponto. Quando governos se servem de motivos religiosos para iniquidades é o fim da linha, quando os próprios religiosos promovem tais eventos é pior ainda, os imãs que se entendam com Allah, o misericordioso. A pena de morte desclassifica a justiça divina, tais conflitos estão assinalados na carta natal do Irã pela quadratura de Netuno aos nós lunares. Os males da modernidade não cedem com coerções e castigos exemplares.

O Futuro

Já começou a pressão sobre os ângulos e a Lua da carta natal. Em setembro Saturno cruza o Descendente em Libra e faz oposição à Lua. No início de 2011 é a vez de Júpiter cruzá-la em Áries, enquanto Plutão de Capricórnio faz uma quadratura. Tudo isto incita a rebeldia popular e, ainda assim, há uma saída para a liderança religiosa: Khamenei pode destituir o presidente constitucionalmente. Se o trânsito de Saturno contra a Lua não resultar num ataque, isto pode acontecer em 2011 quando este planeta cruzar com o Plutão natal da carta. Já o trânsito de Plutão pelo MC sinaliza que o executivo não vai negociar, apostará na repressão e no desenvolvimento das armas nucleares.


                                 Mapa da Progressão Secundária para o Irã em agosto de 2010

O mapa progredido não exibe tal tensão. As oposições Sol-Saturno e Vênus-Júpiter estão se dissolvendo e mais alguns meses a quadratura Lua-Marte também. Outro relaxamento é indicado pelo MC progredido em conjunção a Mercúrio natal, uma clara inclinação ao diálogo, amplificado pelas recentes passagens de Lua e Vênus para signos de ar, em aspectos harmônicos com o Mercúrio progredido. Este mapa é um derivado do mapa natal, calculado para o início da carreata triunfal com 2 milhões de pessoas nas ruas. O mapa proposto para a chegada do avião, às 9 da manhã, com o Ascendente em Peixes, não faz muito sentido. Na realidade a situação política só se decidiu alguns dias depois, mas não consegui apurar com exatidão. Outra data a pesquisar é 24/10/1979, quando foi aprovada a nova Constituição, porém não consegui apurar o horário.

O mais intrigante da carta natal é o stellium em Aquário no setor 11, o Parlamento, os sindicatos e as associações civis deveriam ter um grande papel na vida do país, até agora brilham pela ausência. Enquanto tal preponderância não se afirmar a República Islâmica continuará a tatear no escuro. A próxima conjunção Sol-Marte no céu ocorrerá novamente em fevereiro, Aquário, na mesma região de 32 anos atrás. Talvez seja o tempo exato para reformulações.

Minimamente organizado, o Irã seria um destino turístico excepcional, sua geografia extremamente variada, suas maravilhas arquitetônicas em Qom, Isfahan e Shiraz, artesanato notável, bazares onde bardos cantam proezas de Alexandre, tudo isto é uma lufada de vida. O valoroso povo persa sobreviverá a mais um contratempo.

NOTAS SOBRE A GRANDE TRIANGULAÇÃO E O CENÁRIO MUNDIAL

Ela está se desfazendo, Vênus, Marte e Saturno andam em Libra afastando-se, Júpiter e Urano voltam a Peixes em movimento retrógrado. No período de formação da grande triangulação que foi de 26/06 até 07/08, alguns eventos ocorreram e terão consequências.

ECONOMIA – Os planos de ajustes orçamentários europeus se impuseram quase que sem resistência popular ou sindical, anunciando o esfacelamento do Estado de bem-estar social.  Nos EUA, municípios cortam iluminação pública, professores, médicos, policiais, bombeiros e soltam presos, por falta de verbas. O impacto dos pacotes de estímulos se esvai e deixa um cenário de estagnação à vista. A China comemora sua passagem para o segundo PIB mundial, preocupada com bolhas imobiliárias e acionárias, com suas imensas reservas em dólares e com ameaças inflacionárias. Enquanto isso a oligopolização prossegue em marcha acelerada, qualquer dia destes a humanidade será dirigida por 200 empresas.

GEOPOLÍTICA – A escandalosa entrevista do Gal. McChrystall a uma revista, o vazamento de dados de material militar para um site, a anunciada saída do secretário de Defesa e o agravamento das insurgências no Iraque e Afeganistão, denotam o tenso clima entre o Pentágono e o executivo americano. Os militares estão irritados com os malabarismos políticos da Casa Branca que impedem uma retirada vitoriosa dos teatros de guerra. O corte no orçamento militar e a grita contra a atuação de mercenários aumentam a tensão. Os EUA se arriscam a sair do Afeganistão deixando campo aberto ao dinheiro chinês para exploração de petróleo e minérios, o que seria uma grande ironia. A saída de tropas no Iraque deixa um país devastado e desorganizado. Esta tensão terá desdobramentos no futuro e pode provocar uma reviravolta estranha num país republicano.

DESORDEM CLIMÁTICA – Calor insuportável na Europa; calor, seca e incêndios na Rússia; inundações na China, Índia e Paquistão. Mudanças de temperaturas bruscas na América do Sul, com secas em algumas regiões e inundações em outras. Em todos os lugares quebras nas colheitas de cereais e altas nos preços, além de mortos, desalojados e infectados. E os governos totalmente despreparados para lidar com a situação que tende a se agravar com a entrada de Netuno em Peixes no ano que vem.

Legalização de casamentos gays e governos tentando restringir o uso de comunicação eletrônica também foram eventos presentes e tendem a crescer. O ingresso do Sol nos signos cardinais vai atualizar a grande triangulação e desdobrará seus efeitos. 

Vamos acompanhando.


[As postagens anteriores das Crônicas da Torre de Babel podem ser acessadas em:
http://www.clubedotaro.com.br/site/forum/tema.asp?tema=8
As crônicas do ano passados estão em: http://www.clubedotaro.com.br/site/r63_4_RuiSSBarros.asp]

 
20/08/2010 17:16:02

Comentários

Rodrigo Araês C. Farias - 24/08/2010 22:41:13
Rui, salve.
Uma aula de história, astrologia mundial e bom humor. Parabéns. O ruim é que me sinto no dever de ler as outras crônicas, que pelo modelo desta devem ser notáveis.
Obrigado pelo belo texto!

Rui Sá Silva Barros - 25/08/2010 11:10:07
Olá Mestre Rodrigo:
Grato pelo estímulo. Um pouco de humor nesta loucura toda é necessário. Agora que o sr, merecidamente, dispõe de tempo, que tal começar a escrever sobre temas de seu interesse? Espaço não faltará.
Aproveito o espaço para atualizar a crônica: não é que o Parlamento resolveu se manifestar cobrando alterações na política econômica? Deu discussão pública e Khamenei teve que chamá-los para dizer que nestas alturas uma divisão no bloco dirigente é o última coisa de que precisam. O líder sabe perfeitamente que o perfil econômico e demográfico do país mina as bases do regime. Os gastos militares não contribuem em nada para melhorar a situação, e no fundo são inúteis diante de um eventual bombardeio avassalador.
Um fotógrafo silencioso flagrou-nos conversando na Astrológica, saiu uma bela foto: o senhor está lá de braços abertos, receptivo e bem-humorado como sempre.
Aceite um abraço fraterno, rui.

Ozanam Teixeira - 25/08/2010 18:04:27
Parabéns Rui,

Suas análises nos brindam com realidade e ao mesmo tempo bom humor, estive assistindo um filme sobre o escândalo da Enron em 2001 e já naquela época havia a política do vale tudo, no fornecimento de energia, pobres, asilos, creches todos dançaram com sua política.
Com relação ao Irã seria interessante uma mudança de regime, até pque o fato deles serem uma Teocracia, não os torna mais "puros" que os outros. As reportagens sobre a juventude do Irã, tem demonstrado mudanças (uso de bebidas, roupas, festas e até sexo - tudo é claro as escondidas do governo).
Me pergunto até quando conseguirão segurar o rojão destes jovens.

Att

Ozanam Teixeira

Rui Sá Silva Barros - 25/08/2010 20:24:07
Olá Ozanam:
Sua última pergunta está no centro da avaliação do regime. e advinhe quem são os jovens que estão no embalo? Filhos dos dirigentes do regime, por aí é possível ter uma ideia da encrenca futura. A fronteira com o Afeganistão é pouco povoada e um volume de tráfico de heroína segue por ali, além disto a Guarda Revolucionária controla as atividdes ilegais e sustenta o regime. Assim se pasaran las cosas, como diz um bolero antigo. Na realidade o Ocidente não precisa disparar um tiro, basta esperar um pouco para ver a conversão deste valoroso povo à práticas deletérias. Abraços, rui.

Flavio Alberoni - 26/08/2010 15:13:24
Um belo texto, escrito de um jeito atual e muito leve, sem encerrar o assunto. E pelo que percebi a magistral movimentação diplomática de nosso presidente Lula com relação o Irã, não mereceu leitura astrológica! Que pena. Melhor não contarmos para ele.

Parabéns, Prof. Rui.

Rui Sá Silva Barros - 27/08/2010 12:33:45
Olá Flávio:
O acordo da troca de urânio foi um passo para o governo iraniano, no balé que ele executa na questão nuclear. Para turcos e brasileiros foi uma estreia ingênua, vez que um acordo sobre novas sanções já estava pronto e foi anunciado no dia seguinte pelos americanos. Se o governo brasileiro consultasse um astrólogo, ele diria: espere um pouco! Dia 17/05 Marte em Leão cruzava Vênus natal entrando no setor 7 (acordos e parceiros internacionais). Para o Irã, como se vê na carta natal, Marte terminava uma oposição ao stellium em Aquário.
De qualquer forma o governo iraniano ainda tem controle sobre a questão nuclear, mas recentemente viu com desprazer um caso judicial se tornar assunto internacional, o caso Sakineh. Se executarem serão abominados mais ainda, se recuarem transmitem à população o recado que pressões externas funcionam, com desdobramentos futuros. É a Lua pressionada na carta natal.
Como já escrevi antes, o Brasil ainda não tem cacife para o complicado jogo no Oriente Médio, mas a tendência é ascender internacionalmente, já os turcos precisam intervir mesmo, pois os europeus embargam sua entrada na UE. Durma-se com um barulho desses! Grato pelo comentário, abraços, rui.

dulcio lenzi - 23/10/2010 12:04:54
Se o trânsito de Saturno contra a Lua não resultar num ataque, isto pode acontecer em 2011 quando este planeta cruzar com o Plutão natal da carta.
quando, em que dia , mes , ano estes dois eventos.
obrigado.

Rui Sá Silva Barros - 23/10/2010 15:30:48
Olá Dulcio:
Saturno cruzou a Lua em oposição no final de setembro, cruza Plutão natal em out/11. No segundo semestre de 2011, Urano cruza a Lua Natal enquanto Plutão faz quadratura. Lembre-se que a Lua sinaliza o povo pela regência do setor IV, o que pode significar também agitação popular. Nestes dois últimos meses o nível de provocação do governo iraniano subiu muito (intervenção na ONU, visita ao Líbano, interferência na composição do governo no Iraque.)Estão aproveitando a enrascada americana e israelita na Palestina. Abs. rui

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