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15 de outubro de 2024

Responsável: Constantino K. Riemma


 
O Tarô e as terapias médicas
 
Relatos de
Flávio Alberoni
 
 
Nota do Editor. Para compreender o princípio dos pares de arcanos que o Autor menciona nos textos a seguir, consulte Oswald Wirth: Indícios Reveladores
 
O Yin e o Yang nos arcanos maiores
    Estudando acupuntura e particularmente a Teoria do Yin e Yang em pelo menos 3 de suas propriedades, tais como oposição (a), interdependência (b) e consumo mútuo (c), não resisto levar essas características ao tarô, na alusão despertada por Osvaldo Wirth, onde a série de 22 Arcanos Maiores estão dispostos em uma roda, na qual ocupam uma relação fixa e totalmente interdependente.
    Assim a série contínua de 1 a 11, corresponderia à contraparte masculina, dórica, ou Yang e a série contínua de 12 a 22, à contraparte feminina, jônica ou Yin. A sequência, bem conhecida, é ilustrada abaixo:
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11
22 21 20 19 18 17 16 15 14 13 12
    Dando um exemplo de fácil ilustração, fiquemos na dupla 5 e 18.
    Numa interpretação pequena, o arcano 18. A Lua representaria o policial e o arcano 5. O Papa, o professor.
    Pode-se considerar uma oposição, pelas suas caracteristicas, entre o que veicula a luz (5) e aquele que a colima ou reprime (18). Mas há que haver, além de uma oposição (a), uma interdependência (b). Pois ensinar (5) sem disciplicina (18), não leva a resultado algum (b). Há, assim, a necessidade de um incorporar a energia do outro para que o resultado seja consequente (c).
 
 
18. A Lua, no Trot de Oswald Wirth
 
    Isso se observa em cada um dos arcanos, na relação binária, magicamente ensinada por Wirth. E a relaçào explicada acima - via Yin/Yang - é notavelmente importante, pois prova-se que ao tirarmos (ou conseguirmos) um arcano para alguém determinado, estaremos inevitavelmente evocando as características assinaladas de seu oposto. E já não falaríamos em oposto e, sim, complementar. O que é imensamente mais adequado.
S.P, agosto.08
Medicação - 2

    Um amigo – médico homeopata – me ligou sobre um seu cliente. Havia dado uma medicação (o cliente tem um tumor) e a resposta não foi eficaz, embore ele ache que a medicação está correta. Pediu ajuda ao tarô.
    Fiz a consulta: saiu o arcano 5. O Papa, invertido. Veio-me logo a imagem do cliente como uma árvore com raízes bem implantadas, com uma boa, mas incompleta movimentação de energia. Haviam nós na árvore que dificultavam o movimento. Ou seja, a energia é boa mas, insuficiente para provocar uma modificação na árvore, que o seu arcano oposto – 18. A Lua – exigiria.

 
 
X
 
X
=>
 
  As oposições citadas neste texto, entre os arcanos 5. Papa x 18. Lua e entre
8. Justiça x 15. Diabo, são resultantes das posições relativas que as cartas ocupam na roda proposta por Owald Wirth. Tratam-se de relações entre os arcanos que ajudam a reconhecer ressonâncias específicas.
 
    Tirei em seguida arcano 8. A Justiça. Este pela sua oposição – 15. O Diabo – indica que o paciente tem hábitos arraigados, que necessitam ser avaliados por ele com certo distanciamento (8) e bom senso.
    Imaginei uma ação profunda do medicamento indicado: a árvore cresceu e os nós desapareceram. Como a soma do 5 (Papa) com o 8 (Justiça) dá o arcano 13, isso indica que seu malefício é cármico e bem destrutivo. Ou seja, provavelmente (melhor dizendo: certamente) a energia irá circular melhor e o paciente terá uma melhora cabal. No entanto, sem mudar o padrão de pensamento "neca de pitibiriba".
    A maior potencialização do medicamento, poderá atacar o padrão mental para melhor (13 = 1 + 3 => 4). No entanto, o paciente tem de aceitar o processo de readaptação – influência do 4. O Imperador e confiar no destino – pois a oposição do 13 é feita pelo arcano 10, a Roda da Fortuna). Só com o remédio, nada feito. E pela característica do 13 é importante que se faça um estímulo do chakra básico e emocional, para que a modificação do plano mental seja efetiva (ação do 8 é sobre o chakra Vishuda).
S.P, 20.out.06
Medicação - 1
     Um médico de minhas relações estava com um cliente que queria informações a respeito de seu amigo que chamaremos Gabriel. O que eu poderia ver dele, simbolicamente?
    Vi um homem escuro e perguntei se ele era negro. Não era. Mas continuei a ver um homem escuro meio cabeludo, envergado pelo peso de uma lança enorme que ele deveria acertar num alvo que ele via muito bem. No entanto, ao invés de lançar a arma era obrigado acarregá-la até o alvo, pois seu peso era exagerado. Fazia isso com enorme dificuldade e com a sensação de que desmaiaria na tentativa.
        Tirei a primeira carta e saiu o 13 invertido, representando uma pessoa que passava por um momento de transformação excessiva.
    Por ser orgulhosa (saiu o 7. Carro, na carta seguinte que retirei), não partillhava com as pessoas seus sucessos, insucessos, temores, bloqueios. Armazenava tudo para si.
    Ao que tudo indicava, já não havia muito jeito de correção pois seus hábitos eram por demais arraigados.
   
    Sugeri uma medicação que atacasse o mais próximo possível sua essência e que se esquecesse a personalidade, pois esta "já era". Fui, então, informado que Gabriel, o personagem central da consulta, tinha câncer, com metástase pelo corpo todo. Diante disso aconselhei também que o paciente tivesse cuidado pois facilmente Gabriel dividiria seus problemas com ele, mas de um tal modo que poderia ocorrer seqüelas, uma espécie de vampirismo.
S.P. 21.dez.06
    A esse relato, posso agora acrescentar que Gabriel, poucos dias após a consulta, veio a falecer. E – como descreveu seu amigo – logo após nossa avaliação Gabriel entrou num processo em que sua agitação foi cedendo. Sentiu-se melhor logo após. Como explicar tudo isso?  Tenho cá minhas idéias, mas são tão loucas que não ouso colocá-las no papel.
S.P. 9.fev.07
Exemplo na área odontológica
Por
Flávio Alberoni
 
    A cliente T.C., de 24 anos, veio ao consultório por dor de dente, que não tem causa aparente e não responde a tratamento algum.
    Pedi um arcano. Saiu o 16. A Casa de Deus.
    – Você se sente depressiva e autodestrutiva?
    – Sim

    Pedi mais 2 arcanos e vieram o 15. O Diabo e o 12. O Pendurado. A soma dos três arcanos dá 7. O Carro (16 + 15 + 12 = 43 >  4 + 3 = 7)
 
 

    – Você necessita de meta (7) bem clara para se sentir bem, se não se desorienta. Não aceita as transformações (16) que o caminho lhe impõe, nem aceita o desapego (15) conseqüente e necessário para se chegar à meta, pois é apegada a tudo – aos seus sentimentos, à você mesma, à sua família, às suas doenças (15).
    A cliente tem dificuldade de se tratar ou de se posicionar, pois se sente influenciada exageradamente pelo ambiente e pelo que lhe falam (12), provocando uma dissociação contínua de si mesa (12). Suas reações conseqüentes são: agressividade consigo mesma e com os outros (16), choro exagerado e sem causa aparente e pena de si (12). E gosta de chorar, pois o choro parece que a deixa tranquila (12). Mostra-se muitas vezes insistente, agressiva, autoritária (7).

 
 
    Ela não consegue dominar a energias que envolvem o chakra manipura (12 e 15), por isso fiz uma ativação deste chakra, ajudado pela cor amarela.
    Eu a mediquei homeopaticamente e espero retorno. Mas, achei interessante os arcanos que ela escolheu.
São Paulo, 28/06/2006
Contato com o autor
Flávio Alberoni alberoni@uol.com.br
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