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04 de maio de 2024

Responsável: Constantino K. Riemma


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Atendimento à distância
Constantino K. Riemma

Alex Pedron - 19/10/2010 11:36:34
"Gostaria de saber a opinião do senhor sobre a validade das leituras de tarô feitas a distância".

Alex, coloquei sua questão num fórum, pois me pareceu muito oportuna para ser compartilhada. Poderemos, assim, conhecer melhor o que pensam tanto os profissionais que atendem à distância, quanto às pessoas que se utilizam dos recursos da Internet e da telefonia para realizar suas consultas.

Acredito que hoje o maior volume de atendimento seja praticado à distância, via Internet (Skype, MSN, e-mails) e por telefone. Basta constatar a quantidade de empresas que atualmente fazem anúncios para atendimento virtual. Outra constatação que tenho de boa parte dos profissionais mais velhos é que, para eles, o atendimento presencial diminuiu sensivelmente nos últimos dez anos. Portanto, a partir dos fatos, podemos concluir que as consultas à distância satisfazem perfeitamente à demanda dos interessados e, por isso, vem crescendo.

A sua questão, porém, evoca outro aspecto importante que se refere ao objetivo das consultas. Os temas habituais da cartomancia, ligados aos amores, dinheiro e trabalho profissional, são quase sempre formulados assim: "vai dar certo?", "ele (ou ela) gosta mesmo de mim?", "vou ter problema no trabalho?" São questões em que o consulente quer resposta "sim ou não", longe de manifestar qualquer interesse em trabalhar a si próprio ou em modificar sua atitude. Aliás, pelos anúncios, se comprova a existência de uma vertente interessada apenas em modificar aos outros e não a si mesma, como fica evidente pelas práticas de "amarrações" e "serviços".

No entanto, se estivermos pensando em autoconhecimento, em trabalho individual sobre as disposições emocionais, no esclarecimento de condições complexas que envolvem níveis mais profundos do ser, o contato pessoal pode se tornar uma condição indispensável. É por exemplo o que ocorre com um bom médico ao examinar seu paciente, ou com um psicólogo que atende algum cliente com dificuldades emocionais. Existem certas qualidades que apenas se transmitem ao vivo, seja o sentido subjacente das queixas do consulente, seja o influxo terapêutico do profissional. Trata-se de energias sutis que precisam ser vividas diretamente e são difíceis de serem traduzidas por palavras.

 
20/10/2010 15:57:05

Comentários

Constantino K. Riemma - 12/11/2011 11:19:46
Genival,
compreendo perfeitamente o que você relata. Mas já ouvi comentários na linha oposta; muitos tarólogos e cartomantes preferem o atendimento à distância porque se envolvem menos e gastam menos energia...
Ou seja, cada um de nós, dentro de sua própria condição de tipo, escolherá o padrão, que lhe é próprio e mais espontâneo. A maturidade percorre esse caminho: ficar cada vez mais próximo à realidade pessoal, sem se aprisionar às regras genéricas. No caso do trabalho com as cartas, essa atitude me parece fundamental.
Abraços

Genival - 02/12/2011 00:08:34
Constantino,
estou com uma duvida, que ha muito tempo me intriga! Já faz algum tempo, que alguns dos meus consulentes, me relataram que ficaram numa espécie de transe durante o atendimento. Já li muitos livros e fiz muitas pesquisas sobre o assunto, mas não encontrei nenhuma explicação sensata. É possível ficar em transe e por quê?
Um forte abraço


Constantino K. Riemma - 03/12/2011 15:07:36
[continuação]

Outro ângulo interessante se volta para nós próprios que damos o atendimento. Qual é o perfil mais frequente das pessoas que me procuram? Ou seja, que tipo psíquico eu tendo a atrair? E o que isso significa? Teria eu que admitir que existe aí um desafio para me compreender melhor e me trabalhar mais a fundo para crescer interiormente? Ou teria eu que aceitar que talvez me corresponda a tarefa de atender certo tipo de problemas? Seria minha “especialidade”? Neste caso, em que pé se encontra meu nível de preparo para dar conta do recado? Ou devo ainda buscar ajuda de quem tem mais experiência e ampliar meus conhecimentos?
Quanto á sua última questão – se é possível ficar em transe? – eu responderia com outra pergunta: e por quê não?! Seja o que for entendido por transe, ele ocorre nas mais diferentes situações de vida, em momentos próprios ou impróprios, em situações desejadas e indesejáveis. Portanto...

Constantino K. Riemma - 03/12/2011 15:08:01
Genival,
não sou especialista em paranormalidade (mediunidade, sensitividade, transes), mas pelo que estudei e experimentei no correr da vida posso dizer que esses dons se manifestam de formas muito diversas e com diferentes coloridos psíquicos. Antes de tentar emitir uma opinião é muito importante obter a descrição mais clara possível do fato mencionado. Por exemplo, o que é se passa nessa “espécie de transe durante o atendimento” que você relata? O que de fato as pessoas viveram? Impressões de claridade, leveza? Ou de peso e obscuridade? De adormecimento? Sensações desconfortáveis ou agradáveis?
É muito importante reconhecer a proveniência, o nível do qual essas impressões vêm. Podem ser repressões psíquicas que permaneciam ocultas, de certo modo envenenando a pessoa; nesse caso, encontrar ajuda terapêutica ou psicológica para trabalhar as emoções difíceis pode ser uma ótima indicação.
Se os relatos falarem de espaço, de alívio, de libertação, significarão possivelmente momentos em que a troca estabelecida entre profissional e consulente favoreceram a descontração e a aproximação do lado luminoso do ser.
Do ponto de vista evolutivo, as duas situações representam oportunidades de ajuda e de trabalho de auto-transformação. O importante é que o profissional que faz atendimento reconheça o que de fato acontece e dê uma contribuição na medida do seu próprio conhecimento, indicando ao cliente outras fontes específicas de ajuda. Para cuidar a fundo de problemas físicos existem os médicos, para os problemas psíquicos contamos com os psicólogos e psiquiatras, para os problemas de natureza religiosa existem sacerdotes e orientadores.

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