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  | Ma Deva Padma, | 
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  | criadora do  Osho Zen Tarot  e do  Tao Oracle | 
  
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    | Apresentação de Jaime E. Cannes
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    | A entrevista que se segue é  reveladora. Mostra o pensamento criativo e devotado de Ma Deva Padma que desde  cedo demonstrou imenso entendimento natural e profundo respeito pelo jogo do  tarot. Criou um baralho cuja intenção era não apenas o de lançar mais um  baralho de tarot, mas o de criar um que espelhasse com perfeição os  ensinamentos do Zen-Budismo conforme a visão do guru indiano Osho e que  aprofundasse a exploração do si-mesmo, ou o autoconhecimento. | 
  
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          | A autora pintou  imagens que nos remetem a um salto para dentro, com paisagens belas e  inspiradoras. A simbologia dos desenhos do Osho Zen Tarot nos conduzem a uma  profunda reflexão interior, como aquela imagem do cavaleiro de copas que parece  saltar de um abismo que não mostra o fundo, mas apenas um lindo céu cor-de-rosa  de fim de tarde! Que salto é esse? Ele se salvará? É uma grande queda? E por  que seu ato parece mais uma afirmação da vida do que uma saída dela?  Mesmo que a palavra Trust (Confiança) não  estivesse ali, não há sinais de melancolia e a posição do corpo, ereta e  excitada, parece estar dizendo SIM!
 Essas e outras fortes impressões  plásticas (E acabo de compartilhar com os leitores uma das que tive quando vi  suas imagens) tornam esse um dos baralhos mais belos já criados. E o que o torna  ainda mais especial é que a autora já era uma buscadora amadurecida e uma  artista plástica consagrada quando o criou, havia passado por vários trabalhos  de autoconhecimento e desenvolvimento pessoal, como a tabela Árica de Oscar  Ichazzo e já havia realizado exposições de suas obras pelo mundo todo.
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                | Trust (Confiança) |  
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                | O Cavaleiro de Copas  
                  no Osho Zen Tarot |  |  |  | 
  
    | Outra peculiaridade é que quase  todos os conjuntos de cartas de tarot criados na atualidade são de um  ilustrador orientado por um ocultista experiente. No Osho Zen Tarot o próprio  ilustrador é o autor e não um iniciante ousado em nenhuma das duas coisas –  como ocorre no Motherpeace tarot, no qual as realizadoras desse trabalho, Karen Vogel e  Vicki Noble, eram ávidas pesquisadoras de ocultismo há muitos anos, mas não tinham experiência | 
  
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                | O Mestre |  
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                | Carta extra  no Osho Tarot |  |  | com artes plásticas quando decidiram iniciar a obra. Apesar de amar suas imagens e ele  estar entre os meus favoritos em consulta, não o considero um bom baralho para  um iniciante que não tenha se familiarizado com o tarot clássico. Como todos os  tarots de autores as imagens de seu simbolismo são distorcidas com relação ao  tradicional para enfatizar os significados mais considerados pela autora (Muito  embora o significado original dos arcanos não tenha sido adulterado, apenas a  sua representação artística).
 Outra peculiaridade é o 79º arcano chamado de  “O Mestre” com uma imagem do Osho. O significado atribuído por Ma Deva Padma é a  de um encontro com um guia ou guru inspirador, Como esses significados são  cabíveis ao arcano V. O Hierofante – que nesse baralho se chama “Não-materialidade” – o considero redundante e não o incluo nas leituras. Muitos discípulos do Osho  também não o incluem, e deixam-no à parte na mesa de atendimentos como uma  imagem inspiradora, que afinal é o significado que a autora deu a ele.
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    | Para quem já tem intimidade com  os arcanos, entretanto, eu só posso aconselhar uma experiência com suas  poderosas imagens símbolo que fornecem uma visão nova e transformadora no modo  como víamos as cartas do tarot. | 
  
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    | Entrevista com Ma Deva Padma | 
  
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    | Por  
            Percy Balemans | 
  
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                | Ma Deva Padma, a criadora do Tarot Zen  do Osho e do novo Oráculo do Tao, fala sobre o tarot em  geral e sobre os baralhos que criou. |  |  |  | 
  
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    | Como você se envolveu  com o Tarot? De onde surgiu esse seu interesse? | 
  
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    | Eu tinha 12 ou 13 anos  de idade quando eu vi e joguei o Tarot pela primeira vez. As imagens coloridas do baralho me intrigaram e de certa forma eram  familiares para mim mas eu não tinha informação  sobre o que elas eram até alguns anos mais tarde.Esta idade foi uma época apaixonante, explosiva para mim, coincidindo com o início  da puberdade, questionando o sentido da vida e sendo exposta à arte que  representava antigas filosofias religiosas/esotéricas ocidentais e orientais tão diferentes do meu mundo conhecido. Desde  o início, eu sabia que eu seria uma artista.  Eu também sabia que um dia eu criaria minhas próprias cartas. Isto não foi  vislumbrado para ser um Tarot  assim como tal. Melhor, "Meu Tarot" devia ser preenchido com imagens fabulosas que poderiam "falar" para qualquer um  não importando de onde vieram. | 
  
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              | O fato de eu ser uma apaixonada artista Aquariana com um impulso de criar  algo de valor para a humanidade me deu  suporte para manter viva aquela visão por muitos anos até eu ser mais tarde  "formalmente" introduzida  ao Tarot. Mas para remontar às sementes iniciais do que são hoje meus baralhos  Zen e do Tao, com 13 anos de idade eu assistia aulas de arte  no sábado e ficava pesquisando por horas a extensa coleção  de antiguidades nas imensas salas do Museu de Belas-Artes de Boston. Haviam  três áreas (do Museu) às quais eu retornava com freqüência, a Egípcia, a Europa  Medieval e a Chinesa/Tibetana. Nestas áreas eu me sentia tão  familiarizada e de maneira misteriosa com certas imagens e símbolos. Eu fui particularmente atraída  para os antigos manuscritos Cristãos ilustrados com  iluminuras e também fui igualmente fascinada por pictogramas e hieróglifos dos  antigos mundos do Egito, Suméria e China. 
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              | Como  você aprendeu mais sobre o Tarot? |  
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              | Minha primeira  experiência real com o significado do Tarot veio no início dos anos 70 enquanto  eu estava em um curso de  treinamento avançado no instituto Arica em Nova York. Oscar Ichazo, o fundador  e inspirador da eclética/esotérica escola de Arica, foi um homem extraordinário  e uma presença carismática.  Seu conhecimento sobre ensinamentos e métodos esotéricos de uma extensa variedade de culturas foi sintetizado no que era  então o Projeto de Arica. Tudo começou com um treinamento de 40 dias e progrediu para um avançado  de 3 semanas. Durante este curso avançado  nós tivemos uma série  de  palestras  sobre |  |  | 
              
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                | Susan Morgan Ostapkowicz, ou Ma Deva Padma,
 nasceu em 1947, nas
 proximidades de Boston
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                | www.thetaooracle.com |  |  |  | 
  
    | Ichazo que eram associadas a visualizações, trabalhos em grupo e meditações, alguns  deles focados no Tarot. A simbologia do Tarot e sua  interpretação refinada de todos os aspectos de nossa natureza humana, eram como comida para meu psiquismo faminto. Peças  de quebra-cabeça foram tomando forma  em minha mente. Eu descobri que poderia acessar percepções e orientação quando  fosse necessário, através do  uso das cartas. Eu não era fixada em métodos particulares ou jogadas tradicionais, nem estava interessada em discernir o  futuro. Ao invés disto, eu cada vez mais vivenciei as cartas como um velho e sábio amigo que  estava disponível quando meus questionamentos  sobre o agora era sincero. Era como segurar um espelho à frente e ter um ser  superior falando comigo através dele.
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                | Criatividade |  
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                | Carta do Osho Tarot de Ma Deva Padma |  |  | Através dos tempos eu criei inúmeras  maneiras de usar o Tarot.  Naqueles dias eu me irritava quando eu testemunhava o Tarot sendo usado como um  jogo ou como uma diversão. Eu  ficava pessoalmente ofendida e desgastada diante da irresponsabilidade do que eu percebia como uma falta  grosseira de entendimento e respeito! Eu gritava interiormente que as pessoas não percebiam que  benção era ter este tipo de instrumento de sabedoria ainda disponível. Porque  eles não enxergavam isto!!! Por volta dos meus vinte e poucos anos eu tive certeza que havia um modo de imbuir  um baralho com a essência consagrada do Tarot como o Livro da Vida, da vida de todos, que poderia  ser prontamente utilizado sem o conhecimento  médio ou imediato dos símbolos esotéricos, e que eu poderia ser aquela a  fazê-lo 
        de um modo com que os  outros pudessem ser atraídos mesmo que não tivessem nenhum interesse sobre o Tarot. Realmente uma grande visão. Não  foi antes de eu ter ido à Índia em 1975 e ter me tornado discípula do Osho que eu percebi que tudo  é possível dando a correta atenção, no  tempo certo e com um coração aberto. Eu sentia que um dia o "meu"  baralho estaria de alguma forma  em conjunção com
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    | o modo do Osho. Seu "estilo" muitas vezes usava de  humor para amenizar a  ventania que por outro lado seriam lições muito duras que poderiam criar  resistência ao invés de  assimilação. Osho era mestre em cortar completamente nosso papo furado e em imbuir-nos com a essência de seus ensinamentos apesar de  nosso egoísmo espiritual. Tudo isto levou  cada um de nós a um profundo questionamento para dentro da verdade e  entendimento de nossa natureza interior. | 
  
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    | Você leu livros, fez  cursos, ou aprendeu por si mesma? | 
  
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    | A  vida foi meu mestre e Osho foi o guia que ajudou-me a acreditar que a vida é um  mestre infinitamente sábio e compassivo e que  em tempo, a vida vivida totalmente com emoção, convicção e consciência seria o suficiente. | 
  
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    | Qual foi o seu  primeiro baralho? | 
  
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    | O Tarot de Rider-Waite. | 
  
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    | Você tem muitos baralhos? | 
  
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    | Somente três: meus baralhos  Zen e do Tao e as cartas de Cura por  Jamie Sams, David Carson e Ângela  Werneke. | 
  
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    | Qual deles é o seu baralho favorito (não considerando os  seus próprios)? | 
  
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    | Nenhum outro. | 
  
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    | Sobre o Tarot Zen  do Osho | 
  
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    | Bhagwan Shree Rajneesh  participou na criação desde baralho? | 
  
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    | É impossível separá-lo  da criação deste baralho. Eu vivi por muitos anos em sua comunidade, minhas  salas eram em sua casa. Sua presença durante o tempo de criação permeou a  confecção do baralho | 
  
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    | Ele deu o seu selo  de aprovação? | 
  
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    | Sim. Ele ainda estava  vivo quando uma leitora maravilhosa de tarot e discípula alemã, Ma Jivan Upasika, perguntou ao Osho sobre a criação de um baralho  de tarot. Ele disse que ela deveria fazê-lo  e então ela veio até mim. Então eu enviei alguns esboços para Osho analisar | 
  
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          | e  sua resposta foi que eu deveria  criar as cartas.     Pouco eu sabia que dentre mais ou menos um ano Upasika deixaria a comunidade e eu eventualmente iria  conduzir a maior parte deste projeto (por 5 anos no total). Então a criação do que nós temos hoje como  o Tarot Zen do Osho, todas as pinturas,  incluindo o desenho das cartas, os comentários para o livro e finalmente a  seleção das citações dos discursos  Zen do Osho foi um trabalho contínuo que eu mantive firmemente enquanto outros projetos e atividades da comunidade  também eram dirigidos. Meu estúdio era na casa onde o Mestre viveu por muitos  anos. Sua presença nunca partiu, mesmo depois da morte de seu corpo. Com freqüência eu sentia-o sorrindo como se estivesse no quarto  comigo ou enquanto eu  pintava até tarde da noite. Enquanto ele estava vivo  ele sempre apoiou minha expressão criativa e criar o baralho Zen do Osho foi  uma transformação pessoal e um trabalho profundo entre mestre e discípula  devotada. Por muitos anos eu  literalmente rezei no início de meu disciplinado que minhas habilidades criativas fossem um dia fortalecer seus ensinamentos.
 Não  demorou muito durante o projeto para eu ter certeza que o meu trabalho seria  realmente este. Estava bem claro para mim antes que qualquer um realmente visse  o que eu estava fazendo que isto
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                | Celebração |  
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                | Carta do Osho Tarot de Ma Deva Padma |  |  |  | 
  
    | seria usado, amado e respeitado por centenas  de milhares de pessoas pelo mundo afora. Ele  tinha tudo para acontecer. E se  eu não estou enganada ele é  o título mais popular do Osho no presente e está em 14 ou 15 traduções estrangeiras. | 
  
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    | Quais foram os pontos de  vista dele sobre o Tarot, caso tenha tido algum? | 
  
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    | Como eu me recordo, ele  nunca deu muita importância a segredos ou práticas esotéricas, seu caminho foi descobrir os mistérios para que a humanidade  pudesse evoluir para uma nova espécie  com maior presença, responsabilidade e inteligência, o que ele se referia como  O Novo Homem. Visão  Aquariana ao máximo! | 
  
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    | Você foi ou é uma discípula do Osho e  viveu em sua comunidade em Oregon? | 
  
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    | Eu vivi lá desde o seu  início até o seu colapso. | 
  
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    | O que fez você decidir adicionar a carta do Mestre aos Arcanos Maiores? | 
  
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    | Isto não foi minha  decisão. Eu não posso dizer se foi idéia de Ma Jivan Upasika ou se no início da  atividade Osho solicitou  que ela o incluísse no baralho. Eu nunca questionei isto como fez total sentido  para mim que a carta para O Mestre deveria estar lá. | 
  
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    | Você está planejando um  novo baralho de Tarot? | 
  
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    | Eu criei o Oráculo do Tao  (também publicado pela Editora St. Martins) que foi somente recentemente, em Outubro de 2002, lançado no Canadá/US.  Este foi outro enorme compromisso que  consumiu 7 anos em sua criação. Ele é uma abordagem totalmente nova para o I  Ching a qual fiz como um  baralho (com uma qualidade particular de arte que eu designei para ilustrar as  64 mensagens essenciais do I  Ching. | 
  
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    | Sobre o Oráculo do Tao | 
  
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    | O que fez com que você  decidisse criar este novo baralho? | 
  
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    | Eu senti nos meus ossos,  antes de completar o Tarot Zen do Osho, que eu tinha outro baralho esperando  surgir. Primeiramente eu pensei que era a respeito das runas, mas depois de uma  série de momentos extraordinários de entendimentos eu "descobri" que  era para ser sobre o I Ching. Então  ficou tão claro que carmicamente eu tinha que trabalhar para colocar os dois  pilares de conhecimento  juntos: o leste e o oeste. | 
  
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    | Quais são as principais diferenças entre o Tarot Zen do Osho e o Oráculo do Tao? | 
  
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                | Conclusão |  
                |  |  
                | Tao Oracle de Ma Deva Padma
 |  |  | Depois de completar o  Oráculo do Tao eu percebi que ressoava em uma freqüência diferente do Tarot Zen. Eu vejo o Tarot Zen como um pedaço do sol:  brilhante, vibrante, cativante com sua limpidez colorida. Puramente de uma experiência palpável o  baralho Zen surgiu, é fácil de lidar. Ele funciona como uma varinha Zen direto sobre a cabeça,  criando uma luz de entendimento que então  penetra sobre as coisas da mente e pode criar consciência elevada e grande  entendimento. É essencialmente  assim que ele pode facilitar a auto-transformação. Por outro lado, o baralho do  Tao é como a lua: ele  chama você para ir bem fundo, sua qualidade das cartas e imagens são velhas, mais antigas em aparência e sentimento. Em muitas  das cartas as pinturas são perfeitamente  detalhadas e foram originalmente criadas como quadros pintados à óleo. O  baralho Tao ressoa como um  profundo hum, ele sente-se muito antigo realmente, ainda que tenha entrado no agora de um modo que nós podemos nos  relacionar com ele, mas uma vez que se trabalha com ele você irá retornar à ele com freqüência  como o sábio criterioso como ele sempre foi.
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    | No meu entendimento,  juntos estes dois baralhos abrangem uma completa cosmologia e são uma poderosa ferramenta para transformação. | 
  
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    | Qual é a sua ilustração favorita do Tarot Zen do Osho e do Oráculo do Tao? | 
  
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    | Eu não tenho  preferidas, cada qual, em sua própria criação, ampliou minha mente, todas as  143... | 
  
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    | abril.09 | 
  
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