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  | Tarô Osho Zen | 
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    | Resenha de Carolina Roxo
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                      | “O 
                  esplendor de uma pessoa que descobriu tudo o que se passa dentro 
                  dela é extraordinário porque, ao se tornar consciente, 
                  tudo o que é falso desaparece e tudo o que é real 
                  desabrocha. Exceto isso, não existe qualquer transformação 
                  radical possível. Nenhuma religião pode lhe dar 
                  isso, nenhum messias pode lhe dar isso. É um presente 
                  que você tem que se dar”. |  
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                      | Osho em O Livro 
                        da Transformação |  |  |  | 
         
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          | Costumo dizer que o Tarô 
            Zen, inspirado nos ensinamentos de Osho, vai muito além 
            da função premonitória de um oráculo. 
            Por ser todo baseado na filosofia zen, trata-se de um jogo que privilegia 
            o momento presente e incita a meditação e o uso da intuição 
            como instrumentos para se atingir o equilíbrio e a integridade 
            pessoal. É um tarô contemporâneo que foi criado 
            a partir dos ensinamentos deixados pelo líder espiritual indiano 
            Osho Rajneesh. | 
        
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          | 0.  O Bobo (Louco); VI. Os Amantes (Namorados) e XVI. Relâmpago (Torre)Um jogo com 79 cartas, acrescido de um arcano maior, além 
            dos 22 habituais.
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          | Para ver ampliações e percorrer a Galeria clique sobre as cartas. | 
        
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          | Vale aqui uma breve apresentação 
            de quem foi Osho e de sua importância a fim de melhor compreender 
            os fundamentos deste baralho. | 
        
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                      | O Mestre O retrato de Rajneesh ilustra o trunfo extra.
 |  |  | Osho 
                  Rajneesh (1931-1990), nasceu na Índia, 
                  formou-se em filosofia e lecionou nesta área, tornando-se 
                  conhecido mundialmente pelos seus ensinamentos espirituais que 
                  desafiavam diversas ideologias tradicionais e doutrinas vigentes 
                  na sociedade. Durante 
                  sua vida, na Índia e também nos Estados Unidos, 
                  pregou com fervor a arte da meditação ativa – 
                  também conhecida como “dinâmica” – 
                  como meio para conquistar a liberdade pessoal e atingir a verdade 
                  e a compaixão. Ainda hoje existem centros de meditação 
                  baseados na sua visão, como o centro de meditação 
                  e auto-conhecimento que o próprio Osho fundou em 1974 
                  em Puna, na Índia. É considerado por muitos como 
                  um dos maiores mestres espirituais do século XX, embora 
                  seus ensinamentos tenham gerado bastante polêmica na época.
 O Tarô Zen, por estar ancorado nesta 
            filosofia de vida, que prima pelo desenvolvimento da consciência 
            humana e pela libertação do indivíduo, oferece 
            ao consulente, em cada uma de suas cartas, uma nova visão do 
            ser, na qual o instante presente é a chave para a construção 
            de um futuro melhor e onde o mental deve ser suprimido em função 
            da intuição e do espiritual.
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          | O conjunto das imagens contemporâneas retratadas nas cartas 
            do Tarô Zen substituem os elementos medievais presentes nos 
            tarôs tradicionais, como o de Marselha, e permitem ao leitor 
            um direta conexão com a filosofia transcendental do Zen. Tratam-se 
            de desenhos que contém uma rica simbologia cujo significado 
            pode ser facilmente identificado após as primeiras experiências 
            com o baralho. | 
        
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          | O Criador (Rei de Fogo), Florescimento (Rainha de Arco-íris), Amizade (Dois de Água) | 
        
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          | Para ver ampliações e percorrer a Galeria clique sobre as cartas. | 
        
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          | São recorrentes, nas 
            cartas, referências visuais que remetem a Buda, retratado como 
            um ser iluminado; a indivíduos em postura de meditação; 
            ao símbolo do equilíbrio do princípio feminino 
            e masculino, yin-yang; à perfeição da flor de 
            lótus; aos sete chakras; às forças da natureza 
            (à Lua, ao Sol, aos animais) e aos 4 elementos, entre outras 
            tantas. | 
         
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          | A estrutura do 
              baralho Zen | 
        
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          | O Baralho Zen, baseado no legado de Osho, 
            segue a estrutura do tarô tradicional, porém adiciona 
            uma carta às 22 denominadas arcanos maiores: a carta O 
            Mestre (sem número), que simboliza a transcendência 
            do individuo após ter trilhado todo o caminho da viagem iniciática, 
            marcando a dissolução final do “eu” no oceano 
            da consciência cósmica. Cada 
            uma das 23 cartas dos arcanos maiores recebeu uma releitura baseada 
            na filosofia zen do Osho e, portanto, apresenta denominações 
            diferentes das tradicionais, com exceção das cartas 
            O Bobo e Os 
            Amantes. As demais lâminas apresentam, tanto 
            na ilustração quanto no título, uma tradução 
            que sintetiza o pensamento zen e trabalha sobre a idéia da 
            união do corpo, da mente e da alma. Seguem alguns exemplos.
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                |  |  |  | A carta I - O Mago 
                  é traduzida neste baralho como Existência, 
                  representada por uma mulher nua, sentada sobre uma flor de lótus, 
                  a contemplar o universo. Ela representa 
                  a base do pensamento zen, segundo a qual o indivíduo 
                  é parte integrante de um todo e o seu crescimento interior 
                  (jornada do herói) é resultado de uma atitude 
                  de contemplação e de aceitação do 
                  que a vida lhe oferece.
 A carta III - A Imperatriz, 
            é denominada A Criatividade e representa o potencial criativo do indivíduo quando este 
            consegue se desprender do seu “ego” e participar da
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          | existência 
            de uma maneira fluida e desprendida. | 
        
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          | Para ver ampliações e percorrer a Galeria clique sobre as cartas. | 
        
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          | A carta IV - O Imperador, 
                  é chamada de O Rebelde e mostra um homem que é mestre de seu próprio 
                  destino. | 
         
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                |  |  |  | Sobre o seu ombro direito podemos 
                  ver o emblema do Sol, representando a energia criativa masculina. 
                  A corrente partida aos seus pés denota uma pessoa que 
                  conseguiu romper os condicionamentos sociais e viver de acordo 
                  com sua verdade interior. A carta XIII - A Morte (ou “sem nome”) é traduzida como A 
            Transformação e, ao contrário 
            da assustadora imagem da caveira com a foice nas mãos presente 
            no tarô de Marselha, é representada no Tarô Osho 
            Zen por uma harmoniosa imagem de um ser em posição de 
            lótus que mantém nas mãos os instrumentos para 
            a auto-transformação: a
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          | espada que corta a ilusão; 
            a serpente que renasce ao abandonar a pele envelhecida; a corrente quebrada que elimina qualquer poder limitador; o símbolo yin-yang 
            que representa a superação da dualidade. | 
         
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          | Os arcanos menores | 
         
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          | Nos arcanos menores (56 cartas) os naipes de Paus, 
            Copas, Espadas 
            e Ouros foram traduzidos no Tarô 
            Osho Zen por Fogo, Água, 
            Nuvens e Arco-Íris, 
            respectivamente. Estes são representados nas cartas por diamantes 
            de cores diferenciadas: as cartas do elemento fogo possuem um diamante 
            na cor vermelha, as de água um diamante azul, as de nuvens 
            um diamante cinza e as de arco-íris um diamante multicolorido. 
            Embora esta configuração se diferencie com relação 
            a dos tarôs tradicionais, ela igualmente representa os 4 aspectos 
            que devem ser trabalhados pelo indivíduo. | 
         
           |  | 
         
           | Fogo (Paus): representa a esfera da ação, 
             do movimento, da energia vital que nos move e nos permite ser criativos. | 
         
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          | 3. Experiência, 5. Totalidade e Valete - Brincalhão Exemplos do naipe de Fogo (Paus)
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          | Para ver ampliações e percorrer a Galeria clique sobre as cartas. | 
        
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          | Água (Copas): corresponde à esfera 
            das emoções, de um tipo de energia mais receptiva e 
            mais feminina (Yin) do que a do fogo (Yang). Diz respeito igualmente 
            à intuição e à voz do coração. | 
         
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          | 3. Celebração, 
            6. Sonho e Rainha - Receptividade Exemplos do naipe de Água (Copas)
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          | Nuvens (Espadas): simboliza o mental, o pensamento, 
            a capacidade de comunicação e de compreensão. 
            É representado pelas “nuvens” uma vez que, na visão 
            zen, o mental muitas vezes pode vir a obscurecer a luz, a tornar nebulosa 
            uma situação que deveria ser resolvida a partir do coração 
            e não apenas com a razão. | 
         
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          | 4. Adiamento, 7. Política 
            e Cavaleiro - Luta Exemplos do naipe de Nuvens (Espadas)
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          | Para ver ampliações e percorrer a Galeria clique sobre as cartas. | 
        
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          | Arco-Íris (Ouros): corresponde ao elemento terra 
            e evoca os aspectos prático e material da vida. Por estar embasado 
            na filosofia zen, também evoca a união da terra com 
            o céu – representada pelo arco-íris –, a 
            integração do corpo com a alma e o equilíbrio 
            dos opostos. | 
         
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          | Ás. Maturidade, 6. Compromisso e Rei - Abundância Exemplos do naipe de Arco-Íris (Ouros)
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          | O jogo | 
         
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          | Não 
              é proposta uma regra específica para jogar o Tarô 
              Osho Zen. Podem ser utilizadas diversas técnicas e modelos 
              de tiragens a serem escolhidos de acordo com as questões 
              que se apresentam no momento da consulta. Tampouco existe um ritual 
              associado à tiragem das cartas, ficando à critério 
              do consulente a maneira mais adequada de “interagir” 
              com o baralho e a escolha dos elementos que devem estar presentes 
              ou serem evocados durante a consulta. O importante é que 
              cada um encontre a maneira mais autêntica e que tenha maior 
              sintonia com suas crenças e motivações. A 
            própria forma de interpretação das cartas pode 
            ser feita de maneira intuitiva, a partir das primeiras sensações 
            evocadas pelas imagens. É claro que ter em mente o significado 
            das simbologias contidas nas cartas e conhecer a sua estruturação 
            – os passos que compõe a viagem iniciática nos 
            arcanos maiores, bem como os elementos representados em cada um dos 
            naipes dos arcanos menores – facilita e enriquece significativamente 
            o jogo.
 Independente da técnica ou do instrumento 
              interpretativo utilizados, o jogo do Tarô Osho Zen, pode ser 
              visto como um apelo para o despertar, para sintonizar-se com a sensibilidade 
              e a intuição, incitando a coragem e a individualidade.
 E a mensagem final que resta, seja qual 
              for a tiragem, é a de que a vida deve ser vivida aqui e agora, 
              como uma grande aventura ou como uma dança para ser dançada 
              com o coração, com a leveza, espontaneidade e alegria 
              de uma criança – aliada à experiência 
              e à maturidade de um adulto. Esse é o caminho para 
              nos tornarmos seres mais íntegros e luminosos.
 Boa leitura!
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    | março.09 | 
  
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            | Referências: |  
            |  |  
            | Ma Deva Padma (Osho), O Espírito Zen no Tarô, 
            de Osho: o Jogo da Vida. SP, Cultrix, 2001. |  
            |  |  
            | Osho, O Livro da Transformação: 
            Histórias e Parábolas das Grandes Tradições 
            Espirituais para Iluminar a sua Vida. Rio de Janeiro, Ed. Sextante, 
            2003. |  
            |  |  
            | Osho, Mistérios da Vida: uma Introdução 
            aos Ensinamentos. São Paulo, Ícone Ed., 2004. 
 |  
            |  |  
            | As ilustrações deste texto foram obtidas no site oficial: www.osho.com |  |  |  | 
  
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        |  | 
          
            | Susan Morgan Ostapkowicz, conhecida por 
Ma Deva Padma, trabalhou vários anos na elaboração de seu tarô. O projeto começou a tomar forma a partir de 1975, na primeira viagem da Autora à Índia, para participar dos programas de cursos com Rajneesh-Osho. A primeira impressão do Tarot Osho, em 1994, foi feito pela editora belga AGMuller. Sites com suas criações:  www.thetaooracle.com e www.embraceart.com 
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            |  |  
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            |  |  
            | Sobre a autora e seu trabalho veja a resenha de Jaime E. Cannes: Ma Deva Padma |  |  |  | 
         
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    | Atualizado: setembro.12 | 
  
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