| Esquemas de Tiragens – Alberoni  | 
  
  
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    | Associação com a Árvore da Vida  | 
  
  
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        Gostaria  de detalhar com vocês a minha maneira pessoal de interpretação e a associação  presuntiva que faço com a árvore da vida da cabala. Há uma certa (em verdade  muita) presunção, pois a relação é meramente gráfica, em sua origem. Não sei do  tema o suficiente para se chegar perto de um comentário superficial. De qualquer  modo, como já me disseram que tem algo a ver, vou descrever de uma maneira um  tanto detalhada, começando dos fundamentos básicos para esta  interpretação, e em seguida a técnica de interpretação propriamente dita. A  seguir, darei alguns exemplos.  
          Considero o indivíduo como uma árvore e peço para ele tirar  três arcanos básicos. O da raiz (A), o do caule (B) e o da copa (C). A soma  total nos dá a letra D.
        
          Assim temos A (valores inconscientes); B (valores  conscientes – ego), C (valores supraconscientes) e D = Self. Peço para tirar  mais uma carta (E, que corresponde à persona do interessado. Eu próprio tiro  uma que indica tanto a  conduta que devo dar tanto à minha interpretação quanto  a  energia de estímulo ao consulente para ele se ajudar. Chamaremos de  protetor e daremos letra F.Gosto  particularmente deste arcano e o chamo – quanto à posição – de arcano 8,  independente se este sai ou não, pois uma característica do Arcano Justiça é  nos fornecer uma atitude perante a vida.  | 
  
  
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              O quadro ao lado traz as associações possíveis entre os arcanos.  
                  J representa uma energia adicional de estímulo do  mestre Interior. | 
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          A + B = Id – letra G   
              B + C = Superego – letra H   
              G + H = Sombra – letra I   
              D + A = Benfeitor –  letra J | 
         
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               Existe mais uma associação – que  não faz parte da mandala – e é muito importante: a energia de cura  que indica o que a pessoa deve buscar para sair do estado de conflito em que  está. Seria a soma do Self com a Sombra, ou D + I – chamemos de K.  | 
         
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    |     Temos, portanto, mais dois valores. Em   verdade, três. O primeiro é a soma da primeira coluna:  E + I + J. Chamaremos D1. O segundo é a soma da terceira coluna, chamaremos D2. E os colocaremos em   itálico pois são valores auxiliares na interpretação, como tentarei dizer mais   tarde. Interessante observar que na coluna da esquerda, apenas um elemento é de   soma (D+A e os outros são tiragens diretas.. | 
  
  
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                | D1 | 
                D  | 
                D2  | 
               
              
                F  | 
                C  | 
                H  | 
               
              
                E  | 
                B  | 
                I  | 
               
              
                J  | 
                A  | 
                G  | 
               
              
              
                 | 
                L  | 
                 | 
               
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               Os  elementos da coluna da direita, são reduções. Notadamente o central,  correspondente à sombra, que notavelmente – por experiência – descreve os  sintomas básicos para se individualizar um paciente numa consulta de  homeopatia. O terceiro valor corresponde a soma de todas as casas (L.  Inclusive os D1 e D2. Corresponde ao indivíduo completo, no nível do mental  abstrato. Talvez seja ousadia afirmar que corresponde à energia da alma.  | 
         
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        Evidentemente se colocam os nomes  que se quiserem, bem como as posições que quiserem. Depende de cada um. Estou  aguardando sugestões para os nomes das colunas, bem como aos de Id, Self, etc,  que são nomeações arranjadas pelos amigos psicólogos. 
          Observem que  que temos uma coluna D1 e D2, além da central. A primeira corresponde a valores assumidos pelo indivíduo e a segunda a valores impostos por ele mesmo. Essa diferencíação é importante na interpretação. 
          Agora, se colocarmos os Arcanos nos  locais, a meu ver, apenas serão colocados arcanos nos locais e não iremos a lugar  algum. | 
  
  
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    | Relações | 
  
  
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    |     É importante reconhecer 4 tipos básicos  de relações entre os arcanos. A primeira e fundamental é a  relação  binária, veiculada por Oswald Wirth: | 
  
  
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        O  arcano zero, o Louco, eu prefiro chamar de 22. 
          Essa  oposição binária no entanto, a meu ver, é muito agressiva ao indivíduo. Prefiro as  associações como a da linha  mística:  | 
  
  
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    | ou como a da linha ocultista:      | 
  
  
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    |     A quarta associação é a ternária: | 
  
  
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          Ativo (Rajas)  | 
          1  | 
          4  | 
          7  | 
          10  | 
          13  | 
          16  | 
          19  | 
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          Fixa (Tamas)  | 
          2  | 
          5  | 
          8  | 
          11  | 
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          20  | 
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          Ligação (Sattwa)  | 
          3  | 
          6  | 
          9  | 
          12  | 
          15  | 
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          21  | 
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    |     Antes de se pensar em qualquer  interpretação é mister  colocar os arcanos nas casas da mandala acima e  observarmos o resultado. De duas maneiras básicas podemos descobrir se uma  pessoa tem uma predominância mística ou ocultista: pela carta que o consultor  tira ou pela soma algébrica das cartas da mandala. Não me recordo de nenhuma  vez de ter errado nisso, pela interpretação que a pessoa dá de si mesmo | 
  
  
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    |     Nota. Para Alice Bailey, é  importante a distinção entre uma pessoa ocultista da mística, pois, inclusive,  orienta o interessado na técnica de meditação. O místico vai direto à essência  das coisas. O ocultista chega lá após um preparo da forma. Pode-se dar ao  ocultista a série masculina de Wirth (1 a 11) e ao místico a série seguinte. | 
  
  
    abr.07  | 
  
  
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    | Dois exemplos de aplicação da Árvore | 
  
  
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    |     Vejamos dois exemplos de tiragem que seguem o esquema inspirado na Árvore d Vida, como acabamos de apresentar. E, por  serem dois primos, o interesse é maior. | 
  
  
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              Ele, B.P, tem cerca de 22 anos e é  viciado em drogas. Drogas pesadas. Mãe e Pai alcoólotras. Seu símbolo é o de um  peregrino estacionado no tempo. O cajado apoiado no chão contempla as coisas  acontecerem e não consegue (ou não quer) participar.     
            Arcanos 17, 1 e 22; 
            Persona 15 (inv.) e 
            Protetor 19 | 
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            | 
          
              
                10  | 
                4  | 
                10  | 
               
              
                19  | 
                22  | 
                5  | 
               
              
                15  | 
                1  | 
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                21  | 
                17  | 
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                12  | 
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              Ela,  M.K., tem cerca de 18 anos. Tendência a suicídio, anoréxica. Tentou suicido  há cerca de 1 semana. (novamente). Seu símbolo é uma caverna. (Não uma pessoa  dentro de uma caverna, mas a própria). Muito escuro, com uma luz apenas indo  para leste.     
            Arcanos 3, 20 e 11; 
            Persona 6 (inv.) e 
            Protetor 14 | 
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            | 
          
              
                3  | 
                7  | 
                18  | 
               
              
                14  | 
                11  | 
                4  | 
               
              
                6  | 
                20  | 
                9  | 
               
              
                10  | 
                3  | 
                5  | 
               
              
                 | 
                2  | 
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        Há um paralelo  evidente entre eles em termos de equilíbrio entre os Arcanos. 
      Mas, descrever demandaria muito tempo. Observa-se no entanto duas coisas. No primeiro  caso o fator cura – relacionado com o toque da sua essência – é o arcano 12,  o  primeiro da série jônica. E no segundo o arcano 2, que representa este mesmo  aspecto na série dórica. Ambos possuem um self muito forte (4 e 7). Observa-se  no primeiro um desinteresse no que existe à sua volta, por ter uma energia  intrínseca exageradamente Yang. Ele se satisfaz. 
          No segundo caso a expressão dessa mesma energia se equilibra (tamas e sattwa iguais).  Nele existe um grande desespero. No primeiro caso há um certo cinismo. 
            No primeiro caso o protetor tem de agir de maneira quase marcial, agressiva  (19), para romper a rotina exagerada do nativo. No segundo caso o protetor tem  de estimular uma circulação de energia, pois a própria nativa busca uma luz no  fim do túnel. 
          Ambos necessitam de um aporte místico considerável, sem o qual, nada feito.  Principalmente o primeiro caso. 
          Outra coisia mais interessante, é que afastados os problemas da personalidade,  temos arcanos de pessoas bastante evoluídas. | 
  
  
    abr.07  | 
  
  
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