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28 de março de 2024

Responsável: Constantino K. Riemma


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A saúde e as cartas

 
Os textos de quinze tarólogos podem ser percorridos em dois grupos:
Aplicações - com estudos sobre signficados das cartas quando aplicadas ao tema da saúde;
Posturas - com comentários sobre o níveis de abordagem, precauções e técnicas de leitura.
 
As cartas do Tarot e a Saúde Humana
  Kimon  
Se falarmos das cartas de tarot no contexto da saúde humana, temos de estar cientes de que, implicitamente, aceitamos duas premissas básicas. A primeira é que quando lidamos com um instrumento simbólico e espiritual como as cartas encontramo-nos automaticamente numa realidade analógica e mágica, e qualquer tentativa de negar ou contornar isso terá de falhar.
Quer isto dizer que não deveremos utilizar o tarot para verificar, por exemplo, se um tratamento puramente alopático ou até mecânico faz sentido ou não, nem deveremos utilizar as cartas para fazer diagnósticos unicamente físicos, sem incluir a psique, a emoção, o espírito ou a alma. Obviamente que é possível utilizar o tarot no sentido mencionado, e por isso eu disse que não “deveremos”, em vez de “não podemos”. Sendo possível, então, considero-o ser errado, pois utilizaríamos um instrumento impróprio e nesse sentido adulterado. Podemos beber água por uma colher de sopa – funciona mas não deveria ser.
O segundo elemento que temos de aceitar completamente se lidarmos com as cartas de tarot na área da saúde é que toda a matéria é uma concentração e condensação de energia, que o espírito não somente domina mas também cria. Nesse mundo físico, portanto, não é o corpo que tem uma alma, mas antes é a alma que tem um corpo. Isso igualmente implica que não existe lógica nenhuma na distinção categórica entre doenças físicas e psíquicas.
Não esquecendo assim onde estamos e por onde vamos quando falamos do mundo do tarot, temos como primeira distinção geral e básica aquilo que chamamos de microcosmos e macrocosmos. O microcosmos é o mundo do ser humano, dos quatro elementos, da energia que se mostra como matéria, dos desequilíbrios energéticos que se mostram como doenças. O macrocosmos é o mundo divino, das três forças universais, das energias por detrás da matéria, dos mecanismos cármicos que provocam realidades físicas.
Falemos, então, primeiro do macrocosmos, das tríades divinas, daquilo que cria, preserva e destrói, da força que mantém o universo e nós nele, que chamamos de vida.
Trindade da Vida
3. Imperatriz,   6. Amantes,   9. Eremita,   12. Pendurado,   15. Diabo,   18. Lua  e  21. Mundo
Cartas do Tarot Rider-Waite
Essa trindade da vida atravessa os trunfos do tarot em passos de três, iniciando na Imperatriz, passando pelos Amantes, pelo Eremita, pelo Dependurado e o Diabo, depois acabando na Lua e no Mundo. Há muito a dizer acerca dessa quente e evolutiva Corrente do Golfo dentro dos trunfos, mas não é esse o tema deste artigo. No contexto da saúde basta relembrar que essas sete cartas estão ligadas ao crescimento, seja ele saudável ou doente, ascendente ou descendente. Não estamos ainda, no entanto, a falar do corpo físico humano, mas da sua alma, das suas condições cármicas. Essas obviamente se manifestam no nosso corpo, mas as razões e raízes estão fora daquilo que nós podemos realmente compreender, e muito menos influenciar diretamente.
O macrocosmos divide-se em duas forças ativas e uma passiva; uma força ativa é positiva e a outra é negativa; a força passiva é neutra. Pensemos no Yang e Yin, e no terceiro elemento que é o círculo que formam; ou na alquimia que define o sulfúrio, o mercúrio e o sal como essas três forças. A força activa que seria a negativa, voltando aos trunfos, está entrelaçada na positiva, de maneira que as mencionadas cartas são ao mesmo tempo a fria e involutiva Corrente de Humboldt, relembrando que o crescimento e o decrescimento são as duas faces da mesma moeda e inseparáveis um do outro.
Temos, portanto, de nos despedir da idéia de a vida ser o contrário da morte quando trabalhamos com o tarot a esse nível cármico. O que significa também que temos de perceber que doenças ou condições físicas que nos incomodam ou fazem sofrer não são nem maléficas, nem injustas.
A terceira força no macrocosmos, que é passiva, é aquela que mantém, que preserva, e que está relacionada com os efeitos materiais, com estruturas que determinam e definem a energia. Essa força, que na alquimia é o sal, corre pelos trunfos através do número quatro, começando com o Imperador, passando pela Justiça, pelo Dependurado – onde se encontram as duas correntes e acontece o casamento alquímico entre o sol e a lua, criando o novo homem, o ouro e a saúde, que é o equilíbrio interior – pela Torre e acaba no Julgamento. Mais uma vez, não convém aqui entrar em detalhes, mas deveremos manter em mente que esta sequência está relacionada com a superação da matéria, o que significa em outras palavras que é nessas e com essas cartas que se mostram os resultados físicos de quaisquer impulsos energéticos sobrepessoais das esferas cármicas. E estão, por isso, também aqui os resultados das curas.
A Terceira Força
 
3. Imperador,   8. Justiça,   12. Pendurado,   16. Torre  e  21. Julgamento
Cartas do Tarot Rider-Waite
 
Entrando, e tendo tudo o anteriormente dito em mente, agora no campo do funcionamento do corpo humano, podemos ver que essas três forças macrocósmicas se mostram no físico como processos elétricos, químicos e mecânicos. Essas três forças, com os seus mecanismos distintos, mas analógicos, entrando no mundo daquilo que nós chamamos de humano, manifestam-se como os quatro elementos fogo, ar, água e terra.
O fogo está relacionado com os efeitos do macrocosmos manifestados, ou os que se querem manifestar nesta nossa realidade humana. Existem três tipos de fogo, como também dos outros três elementos: Aquele que cria, que destrói e que preserva.
O ar está relacionado com o mental, com as idéias e os conceitos analíticos; que, igualmente, podem trazer clareza, crescimento e organização ou desnorteio e confusão; ou que podem manter o mundo interior do ser humano num equilíbrio.
A água relaciona-se com o corpo emocional, com o intuitivo, as sensações e os sentimentos. A terra está associada ao corpo físico e ao material, à matéria tangível e ao concreto.
Se quisermos realmente saber algo de importante sobre a saúde de alguém, temos, portanto, como primeira pergunta a fazer às cartas a questão da razão, da raíz e da proveniência de um certo sintoma.
E somente a partir daí poderemos realmente compreender o que se passa com a pessoa, e unicamente assim será possível aconselhar e ajudar.
Assumindo, em resumo, que qualquer doença é a manifestação de um desequilíbrio, temos então sete portas, como os chacras, pelas quais uma energia desequilibrante pode actuar, sete raízes das quais podem crescer doenças, e sete plantas doentes que se nutrem através delas. Por isso, o primeiro passo terá sempre de ser a determinação das origens de uma doença: Vem ela de um desequilíbrio superior e cármico? E se isso for o caso, este desequilíbrio provém de qual das três realidades criativas e determinantes? Eléctrico, químico ou mecânico? Construção, decomposição, estagnação? Ou vem o desequilíbrio não das realidades do macrocosmos mas do microcosmos do nosso mundo exterior e interior? Nesse caso teremos de determinar o ponto de cura, que é o ponto-raíz do desequilíbrio.
Uma doença pode vir de uma deficiente tradução, uma desequilibrada entrada das forças macrocósmicas no microcosmo, mostrando-se como uma problemática de lidar com as energias fundamentais e fogosas da vida. Igualmente pode uma doença ter razões mentais, emocionais, como obviamente também mecânicas.
É de máxima importância determinar as raízes de uma doença se não quisermos ficar presos na mesma armadilha que já capturou a maioria dos médicos que já não se preocupam com as causas mas somente com os sintomas, chamando o desaparecimento desses de cura, ignorando que em breve nascerá uma nova cabeça ao monstro que passou despercebido.

O tarot pode e deve ajudar-nos a perceber que, afinal, esse monstro da doença não é nenhum monstro, mas que somos nós próprios, espelhados.

Lisboa, maio.2010
Contato com o autor:
Kimon - www.taroterapia.com.br
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