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          |  | ____________ |  | Poemas para O Louco |  | _____________ |  |  | 
  
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    | O Louco e o brilho da  Lua sobre as águas | 
  
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                | Gostaria de estar livre, mas não estou. Pedaços de mim
 percorrem o seu caminho,
 tendo vida própria.
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                | Deverei buscar o que está além bem além da curva do rio?
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                |  |  
                | Este cálice transborda - beberei o líquido agora
 ou deixarei para depois
 quando o horizonte for claro,
 após esta chuva,
 e o rio ficar azulado com o cair da noite?
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                | Não sei, não sei, não sei.
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                |  |  
                | Aceitarei a mão estendida por enquanto. Logo mais será noite
 e gosto demais do brilho da Lua
 sobre as águas.
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    | Peregrinos - foto em www.pinterest.pt/pin | 
  
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                | Nosso movimento  precisa de reforço por isso caminhamos juntos
 ombro a ombro, braço a braço
 único coração.
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                |  |  
                | Há tropeços, quedas, visões particulares
 que na aparência nos levam a parar.
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                |  |  
                | Importante saber que quem se apressa fica mais adiante à espera.
 Importante saber que o que tropeça
 encontra repentino a mão que apoia,
 não há porque se envergonhar.
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                |  |  
                | Importante saber que juntos chegaremos e apenas juntos abraçaremos a luz
 que nos guia e... extrapola
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                |  |  
                | Levando-nos a voar!! |  |  |  |  | 
  
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    | Foto de Carola Trimano com o cão, pela artista chilena Carolina Oltra, no  coletivo de mulheres      Arsfactus em Los Vilos/Chile durante residência de arte  (Oceano Pacífico) em 2019.
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    | O poema 'O Louco' de Leo Prieto está inscrito sobre a foto do performer carioca Nathan Ferreira, em Paraty/RJ, durante a Flip pela Casa Philos em 2019 (Oceano  Atlantico).
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                |  |  
                | A vida me ensinou A não criar expectativas
 Sobre sentimentos, sobre pessoas,
 Sobre a própria vida.
 Porque a expectativa é mãe da decepção.
 "Perdeu a inocência!" – dirão.
 
 A vida me ensinou
 A não buscar quem me complete,
 Porque o que hoje me completa
 Amanhã será pouco
 Para preencher meu vazio.
 "Perdeu a esperança!" – dirão.
 
 A vida me ensinou
 A não procurar por alguém que me faça feliz.
 Porque estaria a procurar no lugar errado.
 Minha felicidade só pode ser encontrada
 Dentro de mim mesmo.
 "Perdeu a capacidade de amar!" – dirão.
 
 Nada perdi.
 
 Aprendi que devo abordar a vida
 Com a inocência de uma criança.
 Sem saber o que esperar.
 Sem medo de me ferir.
 
 Porque a felicidade não é algo a ser encontrado.
 É um estado que vem com o processo da descoberta.
 Descoberta não de uma esperança,
 Mas da certeza de me sentir pleno.
 Pleno de amor por esta mesma vida,
 Pelo simples fato de Ser.
 
 E porque as feridas não devem ser temidas.
 Elas me tornam mais forte e mais sábio.
 A cura para elas também está dentro de mim.
 Chama-se tempo. O meu tempo.
 E quando não for possível curá-las,
 É porque já não vale a pena viver.
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                    | Ponto Zero (Insensatez Calculada) |  |  |  
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                |  |  
                |  |  
                | Com ousadia e pouco  pensar subverto a segurança, instinto visceral.
 Empurro escada abaixo, num lance de quase loucura
 a rotina confortável
 o tédio crescente
 uma vida sem sentido.
 
 Desarrumo o futuro e giro a roda da vida...
 
 Rompendo o ponto estático,
 que não é começo nem fim,
 arrisco:
 agarro a mão do louco
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            | O Louco |  
            |  |  
            | Tarocchi di  Vetro |  |  |  | 
  
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        |  | e pulo segura, muito além do vazio. | 29.08.2013 |  |  | 
  
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            | Peço licença a todos para a história que vou contar
 história de uma vida
 história de um despertar
 Neste lar fui nascidoera outra casa
 lá  nos cafundós
 de um nordeste esquecido
 que tinha uma outra cara
 feia de fazer dó
 Minha mãe me deu a casa meu pai me deu o teto
 aqui andei e balbuciei
 aprendi as  primeiras letras
 e nos livros me afundei
 Na ausência de meus pais,quando muito pequeno,
 minha tia me criou,
 depois fui ficando distraído
 ensimesmado, esquecido,
 nem lembrava da família
 na minha loucura vivia
 Já  em Minas,no planeta dos mistérios,
 a rua era minha casa
 e na rua fiquei
 quando em São Paulo cheguei
 Só  estava em dois lugares,brincando fora de casa
 lendo ou xadrez jogando
 no mundo da Lua...
 A leitura me aqueciacom ela me esquecia
 deste mundo, desta lida
 desta vida tão comprida
 deste mistério profundo
 que me encasquetava
 perturbava
 no fundo, bem no fundo,
 O que fazia eu aqui? Música, conversa, madrugada,nada de viola enluarada,
 apenas samba, valsa e xaxado.
 A poesia, música, e a dança,que nunca fiz,
 não explicavam o mistério
 do viver aqui na Terra
 neste corpo, nesta forma.
 Até a matemática me desencantou,a busca embatucou
 e na ânsia do saber
 caí dentro do oculto,
 da tradição, do hermético.
 Ali me refugiei,como um náufrago numa ilha,
 perdido  neste espaço
 chamado universo.
 40 anos, ou mais, estive em busca,guiado por minhas mães e meu irmão,
 ao meu lado minha mulher e dois irmãos,
 mais tarde todos do grupo
 que me ajudaram a despertar o amor
 que me mostraram que além da dor
 existia a alegria
 aceita sem nostalgia
 de um passado que se perdia
 Outros ao grupo se agregaram,despertando-me  o cardíaco,
 - nesta quase me estropie –
 mas foi apenas susto
 um  primeiro despertar.
 Depois de muita prática de tropeços e quedas
 parti para novos rumos
 “A musa me beijou e me tornei poeta”
 abri um grande espaço
 que quase arrancou pedaços
 da minha cabeça e coração.
 Parei com quase tudo Nada Sou, Nada Sei.
 No fim a simplicidade,só  o amor importa,
 e, na base que me restou
 de novo aqui estou,
 nesta casa, neste lar,
 para abrigá-los em meu peito
 dizer com todo respeito
 “Só o sonho é realidade”
 e de tudo que aprendi
 de tudo que ficou comigo
 percebo que esta casa é meu abrigo
 um  reflexo do amor humano
 Sei com toda certeza que minha mãe, acima desta que amo
 é esta Terra que me sustenta
 que meu pai, que me conforta
 nos cafés matinais,
 é este Céu que me ilumina.
 Que todos os seres são meus irmãos Lembrem-se:e que esta família é abençoada
 por ter meu Irmão como guia
 mas cabe a vocês levar o Amor
 para fora desta casa
 pelos atos e trabalho,
 pois não se fala de Amor
 Amor implica em  ação,
 em  negar a morte da vida,
 que é o bem mais sublime.
 que na noite escura da Alma
 quando a solidão nos acolhe
 sempre resta o lugar onde nascemos
 pois nosso sangue não nega
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            | O Peregrino |  
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            | www.terre-basque.com |  |  |  | 
  
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            |  | somos Pais e Mães da nossa Terra. | dezembro.07  |  |  | 
  	
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                | Vindo para cá percebique o universo e a terra
 estão em minhas mãos como pratos
 numa bandeja.
 Posso escolher como usufruirdos extremos da vida
 mas perdido pelas sensações
 não sei como começar.
 Tudo me parece tão simples,Parece que o próprio universotudo é tão peculiar
 tudo me é tão completo
 apesar de ser tão difícil versejar!
 . . .
 Um cachorro correndo a meus pés
 e seus latidos surdos
 me assustam!
 zomba de mim
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          |  | e de meus pobres pensamentos! | 18.04.2006 |  |  | 
  
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    | Flávio Alberoni - odontologista, coordena grupos de 
      estudos esotéricos nos quais utiliza os arcanos do tarô.  
      Poeta, colabora na seção de Poemas  e no Fórum . 
      Outros trabalhos seus no Clube do Tarô : Autores 
      Contatos: alberoni@uol.com.br | 
  	
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                | Foi pela manhã que me descobri como transgressor.
 E assim fui toda vidapor captar a imagem incompleta
 e ver a árvore da família apenas como uma copa
 de onde busco voar.
 Esqueci suas raízesou seu troco forte que ajudei a formar!
 Queimei minhas lembranças em labaredas
 próximo ao ramo que toca o Sol nascente,
 e larguei as cinzas em displicência
 no chão, na relva, joguei no mar.
 Ainda habito o ramo mais altoApenas alço vôocomo uma ave de rapina
 e perscruto a escuridão.
 quando árvore complacente permite...
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                |  |  
                | Se meu olharlhe diz alguma coisa, aproveite,
 pois nem sempre transmito
 aos sentidos.
 Não falo para os que ouvemcomo quem respira distraído
 nem com a boca,
 nem com os olhos ou mesmo com os gestos
 dispersos que gritam por mim.
 - Como dizer algoque não pode ser dito
 se não fico por aqui?
 Se disse algo que gostem realmentedesconfiem.
 Mas, falo ao seu primeiro sentimentoe embora ele nem sempre ouça -
 como é costume
 num grupo feito pela vida -
 de alguma maneira,(e até pela proximidade
 com que espreito seus atos escondidos)
 sempre aceita, contempla
 e muitas vezes aprende.
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                      |  Flávio Alberoni C. Farias  |  |  |  
                |  |  
                | Por tudo passei e nada sou.Talvez apenas sombra
 em meu próprio mundo.
 Nada existe à minha voltaque não me pertença.
 Tudo sou, indivisível ou nulo.
 A quem escutar neste final obscuro?o outro eu, também sou eu
 e nada percebo além de mim.
 Penetro no resto de luze me solto no abismo infindo.
 Confio no impulso em mim.
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          |  | Em outro nível, retorno. | 17/09/1981 |  |  | 
  
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          |  | __________ |  | Leituras e Pensamentos |  | _________ |  |  | 
  
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        |  | 
          
            | Das Buscas Profundas |  
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            |  |  
            | Quando não se está com os olhos de dentro bem afinados com os olhos que espiam tudo,
 
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            |  |  
            | Quando não se ouve a voz interior, sufocada pela consciência crítica
 |  
            |  |  
            | Ou quando o peso dos fatos esmaga os vestígios que o coração prescruta
 
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            |  |  
            | É que a alma caça os seus símbolos mais antigos, e essa busca desemboca numa consulta de tarot...
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            | O Trabalho Mágico |  
            |  |  
            | Jaime E. Cannes |  
            |  |  
            | Talvez a Poesia seja a maior de todas as magias,
 pois que mostramos o que
 não se vê com os olhos
 deste mundo...
 
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            |  |  
            | Janelas abertas, luares profundos, ruas desertas, uma cantoria do vento,
 e pronto!
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            |  |  
            | Ouvimos a súplica da alma que habita o âmago das coisas,
 e tudo fala conosco, muitas vezes
 com a musicalidade de rimas.
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            |  |  
            | Talvez a poesia seja a maior de todas as magias, mas
 sem velas, nem mágicos círculos,
 incensos, abluções ou ritos...
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            |  |  
            | Só contemplação e silêncio, enquanto dentro de tudo
 a alma das coisas aguarda
 o poeta ouvir-lhe
 os acordes íntimos!
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            | Oráculo |  
            |  |  
            | Jaime E. Cannes |  
            |  |  
            | Desde cedo eu ouço o segredo
 das coisas
 
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            |  |  
            | Os símbolos falam comigo, as pessoas me pedem conselhos
 e em segredo, nos meus sonhos,
 eu danço com a lua...
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            |  |  
            | Eu sou um descendente dos velhos oráculos,
 das conchas do mar,
 das grutas, dos diários
 e dos corações maternos
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            |  |  
            | Eu sou a flauta oca onde o infinito
 toca - desde sempre -
 a sua canção!
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            | Fortunetelling de Venetsianov |  |  |  | 
  
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        |  | 
          
            | Caminhos do Tarô |  
            |  |  
            | Flávio Alberoni |  
            |  |  
            | Por percorrer os 22 caminhos, encarei de frente
 minhas vidas.
 
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            |  |  
            | Cada portal me atraindo e cada trilha e seus requintes
 olhando para mim.
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            |  |  
            | Todos encontrei nesta busca inaudita e o fim foi igual ao começo, escondido
 no tempo e nas trevas sem fim.
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            |  |  
            | Nada percebi que merecesse esta ânsia
 e os conflitos que me procuravam
 sem eu pedir.
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            |  |  
            | Na contemplação saí da roda e da escravidão,
 refleti minha alma
 em cada acidente da jornada
 outrora percorrida
 sem a devida atenção.
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            |  |  
            | — Venha comigo: largue o que não é seu
 e faça como eu:
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            |  |  
            | Dê a cada ponto de seu andar suavisado
 este único olhar - igual ao meu:
 maravilhado!
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            |  |  
            | O resto não tem importância deixe fluir, deixe partir,
 deixe ser.
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    | Flávio Alberoni - odontologista, coordena grupos de 
      estudos esotéricos nos quais utiliza os arcanos do tarô.  
      Poeta, colabora na seção de Poemas  e no Fórum . 
      Outros trabalhos seus no Clube do Tarô : Autores 
      Contatos: alberoni@uol.com.br | 
  
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                | A vida em 22 letras O mundo transcrito em cartas
 Mistérios do inconsciente
 Tão somente arquétipos da mente?
 
 Se da árvore sefirótica viestes
 Síntese de todo conhecimento cabalístico
 Tens mistérios do qual até Deus desconhece
 Pois dela emana toda a sua tese.
 
 Minha intenção nunca foi subjulgar
 Nenhum destes arcanos majestosos
 O que me entristece é seu conhecimento
 Tão velado e inutilizável a todos
 
 Ah, se cada um contivesse,
 A representação da árvore da vida
 Emergida harmoniosa nos mistérios inciáticos
 No âmago de nossos corações,
 Seriamos pois, felizes, sem restrições!
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                | Aleph de Adam Rhine
 www.HebrewArt.com
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    | junho.11 | 
  
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    | dezembro.10 | 
  
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                      | Após o arcano 21, uma contemplação ao 15,
 reverenciando o 17
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                | Após o momentorepousamos na luz azul
 que cobria o seu corpo nu.
 Notei o respirar ofegantee o suor formando um rio no vale entre os seios
 e essa luz brilhar como estrêla
 em cada gota formada e espalhada
 quase como um pulsar.
 Meus olhos percorriamcom delicadeza o que já é delicado
 ao meu toque e ao piscar
 de seus próprios olhos em meu corpo exausto.
 O arfar dos seiospareciam pedir outra atenção –
 a de meus lábios, mais que o de meu olhar.
 Contive-me. Contemplei simplesmentea cor tornar-ser dourada
 na penugem entre as pernas,
 onde nossos fluidos eram um só,
 
 e como som, ouvia da cor
 um suave acorde – violoncelo
 na penumbra do quarto...
 Mais uma vez eu me segureiMais uma vez,para não explorar com os lábios
 essa umidade provinda
 de um amor em êxtase.
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          |  | eu me contive. Contemplei. | abril.07 |  |  | 
  	
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                      | Os Salmos de Davi e os Arcanos |  |  |  
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                      |  Paulo Albernaz,encaminhado por Douglas Marnei
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                |  |  
                | 1. O Mago Sê em tuas obras, como és em teus pensamentos.
 3. A Imperatriz
 Tecendo estás teu tecido; tecidos para teu uso... e tecidos que não hás de usar!
 4. O Imperador
 Ao trabalho de tuas mãos, dá Bendição e coloca em teus Pensamentos, o Coração.
 5. O Hierarca
 De ouvido eu te escutava; mas agora meus olhos te vêem e meu Coração te sente!
 7. O Carro
 Quando a Ciência entrar em teu Coração e a sabedoria se tornar doce à tua Alma, pede e te será dado!
 8. A Justiça
 Edifica um altar em teu Coração, porém não faça de teu Coração um altar!
 9. O Eremita
 A noite passou e chegou o novo dia. Veste-te, portanto, com as armas da Luz!
 10. A Roda da Fortuna
 Gostoso é saber que compras com o fruto de tua experiência! E mais gostoso ainda é o que te falta por comprar!
 11. A Força
 Ditoso na esperança, sofredor nas atribulações, sê constante na Oração!
 12. O Sacrifício
 Ainda que o Sol te fatigue o dia e a Lua ter constrite a noite, não leves teu pé a beira de um despenhadeiro, nem durmas quando fazes guarda!
 13. O Ceifador
 Sobe ao monte e contempla a Terra Prometida, mas não digo que entrarás nela!
 14. A Temperança
 Não sejas como a palha diante do vento, nem como o vento diante da palha!
 15. O Diabo
 Fizeram-me guarda de vinhas. E a minha vinha, que me pertence, eu não guardei.
 16. A Casa de Deus
 Luz ao amanhecer, Luz ao meio dia, Luz ao entardecer, o que importa é que seja Luz!
 17. A Estrela dos Magos
 Uns homens pedem sinais para crer e outros pedem sabedoria para obrar; o coração esperançado reúne tudo em sua esperança!
 18. A Lua
 Seja tua caridade celeiro inesgotável e tua paciência não menos inesgotável que teu celeiro!
 19. O Sol
 Flor na macieira, fruto na vinha, semeados com prudência!
 20. O Julgamento
 Toma o escudo de tua fé e avança com passo decidido, seja a favor dos ventos ou contra todos os ventos!
 21. A Volta ao Divino
 Sai o Sol e põe-se o Sol. E outra vez volta a seu lugar,
 de onde torna a nascer!
 22. O Mundo
 Em teu segredo não entre a minh’alma,
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          |  | nem em teu porto meu navio! | setembro.08  |  |  | 
  
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          |  | ______ |  | Poemas para Os arcanos menores |  | ______ |  |  | 
  
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    | Rei, Valete e Rainha de Ouros; Rainha e Dez de Copas. In Benedetti Tarot 
      by Marco Benedetti | 
  
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    | fev.07/dez.11 | 
  
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                | O tigre do medo Agora
 É minha cavalga
 De sucesso
 Domei-o
 Para andar pelo mundo
 Vivendo
 Todas as aventuras
 Todos os riscos
 Que um dia
 Ele me roubou
Agora sou
 uma festa
 
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          |  | de acontecimentos... | março.07 |  |  | 
  
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                      | Ahana * (Rainha de Ouros)
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                | A linha dourada do horizonteDefine quem eu sou de leste a oeste
 E de oeste a leste toda essa altura
 E toda essa largura sou eu.
 O sol que desponta vivifica-me E me mata todos os dias e respiro
 Com o vento e com a chuva e o ocre
 Odor da terra é meu perfume de vida.
 E quem não tiver essa obsessão íntimaProfunda e voraz pela terra jamais
 Entenderá meu canto e minha súplica...
 Na lua imaginária – e não na lua Profanada – guardei o saber dos meus
 Arcanos queimados pela aurora.
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                | Rainha de Ouros |  
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                | Osho Tarot |  |  |  | 
  
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          |  | * Ahana, em sânscrito, significa
 “amanhecer” e também alude ao
 despertar da consciência espiritual.
 | fevereiro.09 |  |  | 
  	
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                      | Sofrimento (9 de Espadas)
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                | Tudo o que chorei Rasgou a terra
 Do meu corpo
 Toldou o céu
 Do meu pensamento
 E abriu no centro
 Do meu peito
 O claustro límpido
 Da gruta interna
 Para a meditação
 
 Onde cada lança
 Que me feriu
 Abriu espaço para
 Que eu plantasse
 A semente
 Do conhecimento
 
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                | Nove de Espadas |  
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                | Tarot de Crowley |  |  |  | 
  
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          |  | E da libertação... | março.07 |  |  | 
  	
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              | Eu e tu Somos dois
 Somos no coração
 De Deus apenas um
 Mas no caminho
 De volta
 Somos sós
 Andamos
 Cada qual ao seu próprio modo
 Na sua própria estrada
 Onde finda e principia
 A caminhada
 
 Em nós mesmos
 Em silêncio
 Somos um
 Em nossos coraçõesSomos dois
 Mas para sempre
 Em nossas caminhadas
 
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