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26 de abril de 2024

Responsável: Constantino K. Riemma


 
Curso de Tarô  por  Joana Trautvetter
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Introdução aos Arcanos Menores e aos Naipes
  Joana Trautvetter  
 
    Os Arcanos Maiores representam os 22 Caminhos Psíquicos entre as Sefirot da Árvore da Vida, enquanto os 56 Arcanos Menores representam as próprias Sefirot, recipientes, preciosidades, safiras, realizações divinais, espirituais, astrais e físicas.    
Do ponto de vista oracular, cada Arcano Menor indica uma experiência, uma conquista, um fato astral cuja manifestação já ocorreu ou que está em vias de cristalizar no mundo fenomênico. Todo clichê astral pode ser modificado, por isso não há “adivinhação” de futuro, mas antes, uma análise de clichês que podem ser modificados com o esclarecimento e com a mudança interior de postura, mesmo os clichês mais densos.
    Os Arcanos não foram desenvolvidos com o objetivo oracular, mas sim com a perspectiva de orientar as iniciações vividas pelos neófitos nas escolas ocultistas.
    Neste trabalho não aprofundaremos a abordagem iniciática,  mas que poderá ser apreciada em toda sua profundidade com a leitura do livro que traz  transcrições dos ensinamentos de G. O. Mebes, Os Arcanos Menores do Tarot, para aqueles que dominarem
 
O Cavaleiro de Copas no Tarot de Joana Trautvetter
Tarot Joana Trautvetter
 
a linguagem desse Mestre martinista, maçom e rosa-cruz.
 
A cartomancia
    A cartomancia utilizou por séculos os Arcanos Menores sem contar com sua decodificação hermética, devido ao obscurantismo do medievo, à destruição dos livros antigos de sabedoria e à matança dos mestres que detinham conhecimentos mais profundos sobre o conhecimento profundo de nossa origem, sobre o propósito de nossa existência, sobre nosso poder realizador independente de credos e sobre o fato de que somos os construtores do nosso caminho, à medida em que nos trabalhamos interiormente para isso.
    A sabedoria popular, imersa no inconsciente pessoal e coletivo se manifesta nas abordagens aos símbolos com grande propriedade, mas despida da Gnose original. Daí toda a influência cultural dessas práticas, que postulam a existência de um “destino” e exilam, com tolerância de potentados que preferem seres dependentes e tementes, do que mentes esclarecidas e atuantes, astralmente. A compreensão de que geramos nosso caminho, ao trilha-lo, se perde no obscuro do medievo e nos torna pedintes de graça divina, quando já a possuímos, em essência, somos seus executores, jamais seus replicantes!
    Portanto, a busca de análise de tendências sutis, em vias de manifestação, mas passíveis, totalmente, de intervenção de nossa Mente Superior, Fruto Divino, é o verdadeiro propósito da criação dos Arcanos Menores do Tarot, como caminho de esclarecimento para que possamos formatar nossas experiências de forma cada vez mas consciente e luminosa. Por este fato é que a abordagem hermética não considera a existência de destino, mas sim da relação entre causa e conseqüência, que se desenvolve de acordo com o esquema tetragramático.
    Podemos dizer que no naipe dos Bastões, azilutiano, encontramos a formação mais sutil de todas a causas de todos os demais processos de nossa existência. Para realizar em uma vida ou em uma vivência, a experiência interior do ideal ou dos ideais a serem vividos esse poder atua sobre nós de forma muitas vezes insondável, enquanto trilhamos os caminhos dos três mundos subseqüentes, mais ao alcance de almas ainda não libertas dos véus do fenômeno, que ainda não realizaram o estado búdico ou crístico. Por essa razão, muitas vezes entendemos o porquê de experiências e episódios que vivemos nos demais mundos, mais perto de nossa consciência como alma encarnada, só depois, por vezes, muito depois dos episódios consumados em Azyiah, manifestação fenomênica. Por isso se diz que tudo tem um sentido, nada está fora da perfeição da sincronicidade do Universo Inteligente, emanação do Totalmente Harmonioso e Imanente.Essa é a diferença principal do emprego dos Arcanos no hermetismo, o que difere profundamente da cartomancia, que avalia, em seu alcance limitado a linguagem simbólica e sua relação com fatos, mas cujo emprego popular é extremamente simplista, criando associações diretas dando-nos a impressão de que o destino está “escrito”. Esse saber simplório, embora encontre grande relação com o contato com o poder de manifestação do sutil, e seja mais assertivo com relação ao passado, clichês já manifestos, é totalmente destituído do conhecimento da grande lei hermética da atração universal (atraímos o que formatamos no nível astral – na mente e no coração – Hod e Netzah, como aprendemos no Arcano XVII, A Estrela da Magia).
 
A Árvore da Vida
    Vamos avaliar a aplicação oracular dos Menores à luz dos postulados de Mebes para cada Arcano, e utilizando os ensinamentos de Z’ev Ben Shimon Halevi, quanto à estrutura da Árvore da Vida. Na medida do possível, tentaremos entender o significado oracular de acordo com seu significado hermético, e faremos uma correlação com as interpretações das duas maiores linhagens de cartomancia, que surgiram na Europa a partir do século XVII. Essas práticas, pelos registros correntes em nossa cultura, utilizam apenas parte dos Arcanos Menores, dependendo da influência da cultura onde floresceu. Não utilizam o pajem, nas linhas espanholas e não utilizam o cavaleiro, nas linhas francesas. Não existe na cartomancia autêntica a utilização dos Arcanos Maiores, pois que seu conhecimento se manteve velado pela igreja de Roma, como vimos no histórico do início do livro, e devido a várias deformações dos Maiores, apenas poucos grandes buscadores, como Papus, Eliphas Levi e depois, a Golden Down, puderam nos restituir fragmentos da compreensão deles, o que encontramos com mestria no incomparável Mebes.
A Árvore da Vida, os Quatro Mundos e os quatro Naipes do Tarô
A Árvore da Vida, os Quatro Mundos
e as correspondências com os Quatro Naipes e as Figuras da Corte.
 
    Os Arcanos Menores são 56 lâminas, divididas em quatro séries, ou naipes, correspondentes aos quatro mundos da Grande Árvore da Vida. Esses naipes têm entre si uma relação que opera de acordo com a dinâmica tetragramática Iud - He - Vav - He. Neste esquema, os Bastões são Iud; as Taças, He; os Gládios, Vav e as Moedas, o 2º He. Mebes estabelece uma relação entre os Naipes e as quatro pessoas da Primeira Família Rosacruciana.
    O esquema acima pode ser aplicado a cada um dos naipes dos Arcanos Menores: as 10 esferas (sefirot) correspondem às cartas numeradas do Ás ao Dez. Cada mundo representa uma das figuras: Rei, Rainha, Cavaleiro e Pajem. No conjunto de quatro árvores teremos, portanto, quatro figuras em Bastões, em Taças, em Gládios e Moedas, compondo as dezesseis figuras menores. Os quatro conjuntos completos de números de 1 a dez, para cada mundo ou naipe, comporão as quarenta lâminas numeradas do conjunto de Arcanos Menores.
Atualizado: fev.09
 
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