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26 de abril de 2024

Responsável: Constantino K. Riemma


 
Curso de Tarô  por  Joana Trautvetter
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O Naipe das Moedas, Pantáculos ou Ouros
  Joana Trautvetter  
 
    O Pantáculo ou Moedas, ou ainda Ouros ou Diamante, manifesta o 2º He para as criaturas, o fenômeno resultante do Propósito da fecundação do Iud transcendental sobre a amorosa receptividade do He transcendental, filtrado pelo alcance progressivo, na consciência em evolução, do processo Vav, onde o GADU, insuflado em nosso existir no Universo, nos leva, por tentativa e erro, texto a construir as experiências físicas da nossa existência sobre o mundo manifesto, por enquanto, neste planeta maravilhoso, mas em qualquer dos outros mundos grandiosamente manifestos do Pai / Mãe.   O naipe de Ouros no baralho comum  
    É a dádiva da possibilidade de realizar a quarta virtude hermética, Saber. A criança em evolução dentro de nós realiza cabalmente um processo dentro de si ao experimentar, com todos os sentidos fenomênicos, mais experiência de emoção, sentimentos e cognição, o que reconhece no mundo manifesto, experimentado pelos sentidos.
    O segundo He da Primeira Família Rosacruciana é a primeira manifestação das emanações transcendentais, que criam o mundo fenomênico, o Universo Holográfico que está ainda além de toda compreensão racional do porquê se manifesta, enquanto estamos distantes do Saber de que existe um propósito por trás de cada folha que cai no outono. Assim como na criação dos mundos físicos, como conta o Gênesis, em sua poesia simbólica, também nós, criadores como o Pai/Mãe, criamos nossas vidas terrestres, e temos pela frente toda seqüência de episódios previamente construídos em nossas mentes, de forma a, com dor ou deleite, desfrutarmos da imensa dádiva de aprender, crescer, ampliar conhecimento, sabedoria e nos abrirmos, seja qual for o caminho escrito por nós, sob influência do Cosmos atento e Inteligente, para nossa própria plenitude.
    O poder condensador desse 2º He se reflete na feitura de todas as coisas físicas, no mundo material, que é uma sombra tosca do que está criado por nós nos mundos superiores. Mebes afirma: “O Transcendental manifestou-se pelo Transcendente; O Transcendente Se fez conhecer pela Forma; a Forma condensou-se fazendo surgir o denso... ” O denso é experimentado pelos sentidos físicos da criatura em evolução. O que toma forma física dá impressão de realidade aos sentidos e permite o desenvolvimento cognitivo, onde a mente dual interpreta, como “bom ou ruim”, “prazeroso ou doloroso”, “luz ou sombra”, “positivo ou negativo”, “aceitável ou rejeitável”, etc.
    O esforço da alma para sobreviver no mundo físico e controla-lo, domina-lo, faz a mente escrava dos sentidos físicos, como nos mostra a saga do Mahabarata e o Arcano VI, onde somos seduzidos pelos “olhos e ouvidos”, hieróglifo egípcio que representa a tentação das ilusões físicas. Pensamos que somos nosso corpo, pensamos que estamos seguros pelo que possuímos ou realizamos no mundo fenomênico... Esquecemos que tudo isto faz parte da impermanência, que tudo fica aqui, que este é apenas o palco das realizações internas.
    A mente não sutilizada se empenha em representar papéis, fazer figuras e manter atitudes visíveis aos demais, em que afirma identidade ou ego. Se apega à forma física de maneira visceral, esquecendo, tantas vezes inclusive, de tratar sua forma física com amor, tal avidez em se afirmar fenomenicamente... E briga com Deus, porque as coisas dão erradas, porque esbarra em limites, em frustrações, em perdas, em humilhações, em desamparos sem esperança, se agarra em delusões fenomênicas, luta por coisas que não realizam o mundo interno, enfim.
    A mente trabalhada traduz em integridade e honestidade sua contribuição e escreve, por meio de suas obras o enriquecimento do seu espírito, mesmo que não seja compreendido de imediato. Sua obra personifica seu espírito, assim temos, gravadas na história da humanidade a obra de centenas de Mestres, que só foram compreendidos muito depois que se foram, podemos citar uma lista interminável, o próprio Cristo, São Francisco, os Buddhas, na ciência Da Vinci, Kepler, Newton e tantos outros, na arte, Van Gogh, Amadeus Mozart, Ludwig Van Beethoven, enfim.
    As Moedas são ligadas ao elemento terra, que representa toda capacidade de concretização na natureza da psique humana em um dado momento fugaz, transitório, de sua existência manifesta. Mestres ascencionados nos ensinam que, no momento de nossa saída do planeta, nossa maior dor não é das bobagens e erros que cometemos, mesmo quando ferimos alguém com nossa identidade que se esforça por crescer, uma vez que egos têm dimensões diferentes, e só se sente ferido por nós quem projeta sobre nós o que está dentro de si mesmo. Nossa dor maior é de não termos realizado o que poderíamos alcançar por medo, preconceito, apego, preguiça ou ignorância de nossa importância no Universo.
    Este é o plano da manifestação. A história que cada um de nós escreve no mundo da matéria é um reflexo esmaecido de nossa morada em Keter, de nosso verdadeiro Ser divinal. Em vários níveis evolutivos, transformamos e atos e realizações o quanto damos conta, Deus não está ali com um livrinho nas mãos anotando nossos erros e pronto a nos condenar ao fogo eterno. Ele já nos ofereceu tudo, o Iud da programação e poder plenos, o He das condições para fazermos de nossa estrada uma vida Maior, e continua insuflando seu Amor e Sabedoria em todas as partículas de energia de seu Universo Tão Inteligente e Harmonioso. O Fogo dos infernos, sombra do Fogo de Azilut, só existe em nossa consciência que queima, infinitamente, enquanto nos afastamos do Divinal Amor, enquanto nos perdemos da dádiva da entrega e fabricamos, em nossas mentes impregnadas de delusões, sofrimentos que, ao fim de tudo, cansados, vamos descobrir que são nossas fabricações, apenas. Inúteis? Não, estamos aprendendo com elas. O fenômeno é holográfico e tem um propósito, construir nosso conhecimento e dilapidar o diamante que já somos, projetados e emanados pelo G.A.D.U. Universal.
    Pantáculo é o poder do saber, quarta virtude hermética, pois que manifesta, per si, o que formatamos astralmente. Por isso é a quarta, pois, quando alcançarmos a virtude de manifestar em nossas vidas Amor, Compaixão, Sabedoria, Felicidade e causas de felicidade, então teremos realizado as três anteriores, e tudo que veremos é luz, plenitude e Glória de Deus, por meio de nós, manifesta no mundo fenomênico.
As lâminas do naipe dos pantáculos ou moedas compõem as dez sefirot e os quatro poderes do mundo da feitura, Azyiah. Os Arcanos desse naipe permitem avaliar o desenvolvimento das realizações da criatura no mundo material, onde se cristaliza, para seu espanto, dor ou felicidade, o processo que se desenvolve em seu mental criador, o Filho de Deus gerador de toda realização. Neste nível temos o espelho do que estamos fazendo interiormente.
    Tentar modificar, manipular ou controlar problemas terrestres é como dizem os Lamas – “E como você ter uma mancha em seu rosto, olhar no espelho e tentar limpar o espelho para tentar fazer a mancha sair!” Quando compreendermos e realizarmos esse ensinamento, seremos livres, enfim, para realizar nosso propósito e toda nossa felicidade de divindades encarnadas. Aqui está o conhecimento da essência de todos os milagres.
    Há uma sabedoria única no Oráculo, que se expressa pela capacidade de se entender a mensagem desse Arcano. Interpretar seu significado é um desafio que deve ser abortado. É necessário apenas informar sobre seu poder formativo de idéias ou intenções astrais, que podem estar a serviço de um Propósito superior ou de intenções maléficas. O conjunto nem sempre esclarece, pois que o sabor de uma experiência pode ser doloroso ou prazeroso, e seu significado evolutivo não está condicionado a esse sabor.
    Para melhor compreender a distribuição dos Arcanos Menores, precisamos recorrer ao esquema da Árvore da Vida. No esquema abaixo, podemos ver que Bastões correspondem a Azilut, e representa os domínios do poder da figura do Rei. Taças corresponde a Beriah, domínios do poder da figura da Rainha. Gládios correspondem a Yezirah, domínios do poder da figura do Cavaleiro. Moedas correspondem a Aziyah, domínios do poder da figura do Pajem. Os números de um a dez nos Arcanos Menores correspondem às Sefirot. Cada um dos mundos se desdobra em dez sefirot e dez figuras, e estas, quatro por naipe, representam o poder de influência dos quatro mundos, em um naipe específico.
Atualizado: fev.09
 
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