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28 de março de 2024

Responsável: Constantino K. Riemma


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Os Santos do Dia e o Tarô : Maio
9 de maio: São Pacômio e o Eremita
Simone Gomes Omega
São Pacômio nasceu em Tebaida no Egito em 290. Filho de pais pagãos e idólatras, aos 20 anos foi mandado para o exército imperial romano contra sua vontade. Tendo sido feito prisioneiro em Tebas recebeu, de forma escondida, alimentos de alguns cristãos, que, ao serem questionados sobre a ajuda concedida a Pacômio, responderam: "quem nos enviou foi Deus que está no céu".
Tocado pelo Evangelho, e pela solidariedade dos cristãos, converteu-se e foi batizado em 313. Embora rejeitado inicialmente por um ancião eremita por achar que Pacômio não suportaria a vida de solidão e orações, acabou vivendo durante sete anos na companhia do ancião.
São Pacomio e o Eremita
Pintura de São Pacômio e a carta do Eremita no Tarot de Oswald Wirth
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Inspirado por vozes que o seguiam quando fazia suas caminhadas, Pacômio construiu um mosteiro que receberia diversos religiosos. Aos poucos o número de eremitas, monges e religiosos foi aumentando: mais 8 mosteiros masculinos e 1 feminino foram construídos.
Pacômio inaugurou a vida monástica cenobítica, que tinha por características a prática de vida em comunidade com oração, contemplação, disciplina, pobreza, obediência e trabalho. Abandonou, então, a estrutura solitária. A vida comunitária fez que com que se aproximassem de Deus e seu Reino ainda mais. Até a data de sua morte, floresceram outros 3 mil mosteiros no Egito, chegando depois a 7 mil, tendo se espalhado pela Palestina, deserto da Judeia, Síria, norte da África e Europa.
Recebeu o dom da profecia. Morreu em 346 no dia 9 de maio, vítima de uma peste que assolava o Egito naquela época. Ganhou o epíteto de eremita: São Pacômio, o Eremita. Sua festa litúrgica é celebrada no dia 9 de maio.
Ressonâncias com o Tarô
No tarô, O Eremita é aquele que busca no isolamento o autoconhecimento e a meditação, o recolhimento necessário avaliar sua vida e seus objetivos. São Pacômio, adepto da vida em comunidade também buscava esse isolamento, porém no sentido de encontrar uma "luz" para guiar a comunidade em que vivia. Seu intuito não era pura e simplesmente se isolar de forma inacessível, mas para ter seu momento de oração, de iluminação, de aproximação com Deus.
Assim como nós também, algumas vezes procuramos "isolar-nos" do resto do mundo, ficar algum tempo sozinhos e colocar as ideias no lugar, assim também agia São Pacômio. Retirava-se para refletir e ter uma visão mais ampla da situação, e mais tarde reunir-se com os seus, fortalecido e com novas perspectivas, vislumbrando um caminho mais iluminado e espiritualizado.
Pelas ilustrações também podemos observar a forte correlação do ícone de São Pacômio com o Eremita da imagem. As vestes de ambos possuem a mesma tonalidade de coloração: a túnica de ambos é de um amarelo vivo e o manto é vermelho. No Eremita o manto o capuz são uma peça única, enquanto que em São Pacômio as peças são separadas, isto é, o capuz é azul. Ambos olham na mesma direção e têm as barbas com o mesmo comprimento e a tonalidade bem próxima.
Simone Gomes Omega
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Outros trabalhos seus no Clube do Tarô: Autores
Edit. CKR - 08/05/2021
13.maio: Nossa Senhora de Fátima e o Julgamento
 
Nossa Senhora de Fátima ou Nossa Senhora do Rosário de Fátima é uma das invocações à Virgem Maria, que surgiu com base nos relatos das aparições para três pequenos pastorinhos – Lúcia, Francisco e Jacinta – em Cova da Iria, na freguesia de Fátima, em Portugal.
Nossa Senhora de Fátima e o arcano Julgamento
O santinho católico de Nossa Senhora de Fátima ladeado pelo arcano do Julgamento nos tarôs Rider-Waite e de Marselha. É a carta que melhor evidencia o sentido devocional dos personagens à aparição de um ser celetial.
De acordo com os testemunhos das três crianças videntes de Nossa Senhora, a primeira aparição da Virgem Maria ocorreu no dia 13 de maio de 1917 e o fenômeno se repetiu durante seis meses seguidos, sempre no dia 13 (exceto em agosto, no dia 19), até 13 de outubro de 1917.
A aparição mariana se identificou como "a Senhora do Rosário", tendo sido, por esse motivo, feita a combinação dos seus dois títulos e o que deu origem a Nossa Senhora do Rosário de Fátima. Segundo os relatos, a mensagem que a Virgem Maria apresentou em Fátima foi, na verdade, um insistente pedido de oração do Santo Rosário.
O seu principal local de devoção é o próprio Santuário de Fátima, situado na cidade de mesmo nome, no concelho de Ourém, em Portugal.
CKR - 12/05/2021
22 de maio: Santa Rita de Cássia e a Rainha de Copas
Simone Gomes Omega
Santa Rita de Cássia, cujo nome de batismo era Margherita Lotti, nasceu da cidade de Cássia, na Província de Úmbria, Itália, em 1381. Já na infância manifestou sua vocação religiosa, pois diferentemente das crianças de sua época, passava o dia rezando em seu quarto.
Segundo as costumes do seu tempo teve um casamento arranjado com Paolo Ferdinando, que se no início era um homem bom e responsável, com o tempo mostrou seu verdadeiro caráter: rude, agressivo, infiel, violento e entregue à bebida. Na certeza de que abnegação e paciência os conduziriam aos preceitos cristãos, Rita permanecia incessantemente em oração pela conversão do marido, o que finalmente aconteceu. Este acabou por tornar-se bom marido e pai, porém suas atitudes do passado não foram esquecidas por seus inimigos, o que culminou com o seu assassinato. Tal acontecimento trouxe muita dor e sofrimento ao coração de Rita.
Rita dedicou-se, então, a cuidar dos filhos gêmeos pequenos Giangiacomo Antonio e Paulo Maria. Estes, quando adolescentes desejaram vingar a morte do pai. Rita não conseguiu convencê-los do contrário. Então, pediu a Deus que levasse seus filhos e assim se fez: em menos de 1 ano, ambos morreram em decorrência de uma peste que assolava a região em que viviam. Com isso teve fim uma onda de perseguições que acompanhariam sua família para sempre.
Santa Rita de Cássia - 22 de maio
Imagem de Santa Rita de Cássia e a Rainha de Copas no Radiant Rider-Waite Tarot
Vendo-se sozinha, Rita entregou-se a uma vida de obras de caridade, oração e penitência e decidiu seguir sua vocação de infância: tornar-se irmã Agostiniana. O fato de já ter sido casada, ter o marido assassinado e os filhos mortos pela peste, causou uma recusa da parte das freiras. Porém como estava determinada, pediu com tanto fervor a intervenção da graça divina, que os santos de sua devoção – Agostinho, João batista e Nicolau – apareceram e a conduziram de forma milagrosa para dentro do convento das freiras. Após esse milagre, Rita foi aceita pela ordem por volta de 1441, onde viveu por mais de 40 anos. E entregou-se a uma vida de orações e de penitências, de humildade e de obediência.
Rita operou muito milagres. O primeiro deles foi dar vida a uma planta morta ao regar-lhe os galhos secos. Após um ano a planta transformou-se em uma videira que não parou mais de dar frutos. Isso foi o suficiente para que as freiras Agostinianas mudassem de opinião.
Aos pés do crucifixo, Rita pediu e recebeu em sua testa um estigma – associado à Paixão de Cristo – que a acompanhou durante 14 anos, até o dia de sua morte. Durante esse período, Santa Rita teve que viver isolada, pois a ferida exalava um cheiro desagradável, o que incomodava as pessoas, fazendo com que se sentisse humilhada. O hábito na imagem de Santa Rita representa sua vida religiosa.
Santa Rita de Cássia morreu aos 76 anos, após uma dura enfermidade que a fez padecer por 4 anos, no dia 22 de maio de 1457. Nesse dia, o sino do convento começou a tocar sozinho. Sua ferida, de onde exalava o odor desagradável, curada foi e seu corpo começou a exalar um perfume de rosas, o que causou grande surpresa entre as religiosas.
Santa Rita de Cássia foi homenageada pelo cinema italiano com uma superprodução, filmada em Cássia, onde a santa nasceu e viveu sua trajetória de coragem, de fé e de milagres, desde o casamento, a morte do marido e dos filhos, a entrada para o convento até sua morte. Para assistir ao filme legendado, acesse: https://gloria.tv/post/pUwDLoAVdm8B2uMrXVEJczcMR
Ressonâncias com o Tarô
A Rainha de Copas é o arcano das emoções e dos sentimentos. Representa a dedicação e as afeições. É a figura da mãe devotada e dedicada à sua família, preocupada em manter o sentimento de amor e união. Sua natureza é amorosa e bondosa.
Da mesma maneira, Santa Rita de Cássia dedicou-se a unir sua família no amor de Deus. Intercedeu pelo seu marido para que este se tornasse uma pessoa melhor, e pela sua insistência e perseverança, obteve o favor divino. Ainda que futuramente seu marido e seus filhos não tivessem permanecido ao seu lado, Santa Rita nunca perdeu a fé e o amor Cristo. Santa Rita dedicou seu amor e seu perdão incondicional aos que a ela recorriam e viveu na prática o preceito cristão "amai-vos uns aos outros como Eu vos amei".
Na imagem, o olhar contemplativo de Santa Rita de Cássia ao crucifixo pode ser comparado ao olhar que a Rainha de Copas tem para o seu cálice. O hábito e a coroa de espinhos de Santa Rita estabelecem uma ligação com a coroa e o manto da Rainha de Copas.
Simone Gomes Omega
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Outros trabalhos seus no Clube do Tarô: Autores
CKR - 20/05/2021
30.maio: Santa Joana D'Arc e a Rainha de Espadas
Simone Gomes Omega
Joana d'Arc é uma heroína francesa e santa canonizada pela Igreja Católica, conhecida por seus feitos durante a Guerra dos Cem Anos. Nasceu na região de Lorena, em 1412, numa família camponesa, no nordeste da França. Era conhecida por todos por ser piedosa, muito devota. Joana dizia receber visões do arcanjo Miguel, de Santa Margarida de Antioquia e da Santa Catarina, que a instruíram a ajudar as forças de Carlos VII e livrar a França do domínio da Inglaterra governada por Henrique VI. Mal compreendida por causa de suas experiências místicas, foi tachada de louca inclusive por seus pais.
Santa Joana d'Arc - 30 de maio
A mais antiga pintura de Joana d'Arc (cerca de 1450) e sua representação
como Rainha de Espadas no Tarô dos Santos de Robert Place.
O Rei Carlos VII só aceitou os conselhos de Joana D'arc ao reconhecer que suas mensagens eram um verdadeiro sinal de Deus. Então, Joana vestiu uma armadura, portou uma espada e empunhou como arma uma bandeira com a cruz e os nomes de Jesus e Maria nela bordados, pedindo para que os comandantes lutassem naquela batalha pela pátria e por Deus.
Terminada a batalha com um resultado favorável aos franceses, Orleans foi libertada, elevando assim a reputação de Joana à condição de heroína nacional aos olhos do povo francês. Seguiu-se uma série de vitórias militares para as forças de Carlos VII, que permitiram sua coroação como rei na Catedral de Reims, em 1429. O mais surpreendente, foi o fato de que uma jovem mística sem conhecimento algum de guerra era a principal responsável por este feito, pois todas as estratégias foram por ela elaboradas.
Após liderar o fracassado Cerco de Paris, a popularidade de Joana caiu dentre a nobreza francesa. Ela foi capturada por um grupo francês que apoiava os ingleses e entregue ao governo da Inglaterra. Em seu julgamento levantaram contra ela diversas acusações: feitiçaria, heresia e bruxaria, seguir vozes diabólicas, se vestir como um homem, entre outras. Foi sentenciada a morte na fogueira em praça pública presa a um tronco, em 30 de maio de 1431, com apenas 19 anos de idade.
A festa de Santa Joana D'Arc, a "Donzela de Orleans", e padroeira da França, é celebrada pelas igrejas Católica e Anglicana no dia 30 de maio.
Joana D'Arc e a Rainha de Espadas no Tarô dos Santos
Na leitura das cartas, a Rainha de Espadas é aquela que usa sua intuição e concentração, habilidade e raciocínio diante das questões que devem ser enfrentadas para garantir a proteção dos que estão sob seu governo.
Este é o retrato exato de Joana D'Arc, que mesmo não sendo rainha, mas uma simples camponesa, desde muito cedo mostrou sua habilidade, bravura e capacidade para liderar e libertar seu povo do jugo inglês.
Joana D'Arc foi uma figura proeminente na história da França. Assim como a Rainha de Espadas da figura, com sua armadura militar e espada, saiu para cumprir sua missão espiritual e material. Seu poder de decisão e sua firmeza, sua inteligência e sua coragem foram algumas de suas inúmeras características. Uma verdadeira comandante no sentido pleno da palavra!
Robert Place, autor do Tarô dos Santos, acrescenta: "Esta carta significa otimismo, a convicção em uma crença e a habilidade de avançar e de fazer justiça".
"Santa Joana D'Arc é a padroeira dos prisioneiros, vítimas de estupro e rapto, soldados e da França."
Joana D'Arc como Cavaleiro de Espadas
Podemos também relacionar Joana D'Arc ao Cavaleiro de Espadas. Pois além de habilidosa e inteligente, a santa guerreira adotou todo um modelo masculino, que ia desde o cabelo curto, até seu uniforme militar e sua espada, característica dos soldados combatentes.
Santa Joana D'Arc - uma guerreira
Imagens de Joana D'Arc evocam claramente uma guerreira.
O Cavaleiro de Espadas é aquele que está no comando, de prontidão diante das batalhas e das guerras em que precisa lutar, posto que Joana D'Arc ocupou durante todas as suas missões. Joana D'Arc e o Cavaleiro de Espadas são, de fato, figuras proeminentes e corajosas!
Simone Gomes Omega
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CKR - 29/05/2021
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